Edição #41

Andreas Marschall – Talvez, a maioria dos leitores da Roadie Crew conheça Andreas Marschall como “o cara que faz as capas do Blind Guardian”. Uma parte menor, deve saber que ele fez a capa do Violent Revolution (mais recente CD do Kreator), do Tunes Of War (Grave Digger) e do Nexus Polaris (Covenant, atual The Kovenant), entre outras. Agora, garanto que uma parte ínfima sabe que ele foi o diretor dos videoclipes Rebellion e The Dark Of The Sun também do Grave Digger, de um home vídeo do Kreator e, pasmem, acha muito legal a banda brasileira Pavilhão 9! Hoje, está muito ocupado dirigindo filmes para o cinema, mas, claro que ainda faz capas como a do disco novo dos brasileiros do Dragonheart. Além de talentoso e trabalhador, Andreas Marschall mostrou-se muito simpático e solícito quando a nossa equipe teve a oportunidade de conhecê-lo no ano passado na Alemanha. Na entrevista a seguir, Andreas conta um pouco de sua brilhante carreira.

Black Label Society -Desde o seu primeiro álbum com Ozzy Osbourne, No Rest For The Wicked (1988), substituindo o incrível Jake E. Lee, o guitarrista norte-americano Zakk Wylde teve a chance de ficar em evidência e ser considerado, com todo o merecimento, um dos mestres do instrumento em todo o mundo. Após sair e voltar para a banda do “Madman”, Zakk leva adiante, paralelamente, sua carreira com o Black Label Society fazendo um Heavy Metal sujo e pesado, tendo como principais armas riffs de extremo bom gosto e solos com um ‘feeling’ que poucos ainda mantêm nos dias de hoje. Amante de guitarras Gibson Les Paul, cerveja e cachorros Rottweiler, Zakk Wylde, figura notória e polêmica, nos fala tudo a respeito do mais recente lançamento do Black Label Society, 1919 Eternal.

A Califórnia sempre foi um grande celeiro de bandas de Thrash Metal e a mais nova promessa é o Brick Bath que acabou de assinar um contrato com a gravadora Pavement. A conquista de novos fãs tem sido árdua, mas com o mais recente álbum, I Won’t Live The Lie, a banda conseguiu muitas apresentações pelos pubs americanos e uma repercussão notória. Conversamos com o guitarrista Eric Meyer que além de ser o produtor do álbum, manda muito bem com riffs poderosos.

The Company Of Snakes surgiu em meados de 1999, tendo em seu line-up músicos experientes e com um ‘background’ respeitável. Liderada por três ex-integrantes do Whitesnake, – os guitarristas Bernie Marsden (também ex-U.F.O., Hammer, Babe Ruth, Paice Ashton & Lord, Tilt, Alaska e The Moody Marsden Band) e Micky Moody (também ex-The Titans, Tramline, Juicy Lucy, Snafu, Graham Bonnet e The Moody Marsden Band), e o baixista Neil Murray (também ex-Hammer, Gary Moore, Black Sabbath, Phenomena, Gogmagog, Forcefield, Brian May e Peter Green Splinter Group), a banda ficou estabilizada com a entrada do vocalista Stefan Berggren (ex-One Cent, Snakes In Paradise, John Norum e Foursticks), o baterista John Lingwood (ex-Axis, Manfred Mann’s Earth Band, Roger Chapman) e, como convidado especial, o tecladista Don Airey (ex-Hammer, Babe Ruth, Gary Moore, Rainbow, MSG, Ozzy, Alaska, Whitesnake, Jethro Tull, Thin Lizzy, ELO, The Cage, Micky Moody, Uli Jon Roth). O primeiro lançamento foi o CD ao vivo Here They Come Again – Live, gravado no “Wacken” em 2000, e que contém somente clássicos do Whitesnake. Todos gostaram do ao vivo, mas faltava um trabalho com músicas inéditas para provar a habilidade dos “velhinhos” em fazer o bom e velho Rock and Roll com o tempero inglês que os fizeram mundialmente conhecidos com o Whitesnake. A resposta veio com Burst The Bubble, lançado recentemente no Brasil pela Century Media, que certamente irá agradar os velhos fãs e fará com que o The Company Of Snakes seja descoberto pela nova geração. O guitarrista Bernie Marsden dá os detalhes sobre mais este projeto de sua carreira e relembra o digno passado ao lado de David Coverdale.

Dragonheart – Depois do lançamento do segundo álbum, Throne Of The Alliance (HTR), os curitibanos do Dragonheart (www.dragonheart.com.br) podem ser considerados o maior expoente do Power Metal brasileiro e sem dúvida uma das grandes promessas mundiais do estilo. Investindo no True Metal aplicado por lendas como Running Wild e Grave Digger, atualmente são considerados o Blind Guardian brasileiro, sustentando ainda assim a personalidade própria de suas maravilhosas composições, marcadas pela perfeita combinação de Heavy Metal dos anos 80, com muita melodia, climas medievais, repleto de refrãos e coros épicos que, sem dúvida, são a maior característica e marca registrada do trabalho executado por Eduardo Marques (vocal e guitarra), Maurício Taborda (vocal e baixo), Marco Caporasso (guitarra) e Marcelo Caporasso (bateria). Masterizado na Finlândia no renomado estúdio Finnvox, Throne Of The Alliance ainda teve capa desenhada por ninguém menos que Andreas Marschall, produção de primeiro mundo e grandes composições, arranjos e poderosos coros, provando que o profissionalismo demonstrado pela banda desde o início da carreira lhe rendeu amadurecimento e reserva um grande futuro pela frente. Conheça tudo sobre o Dragonheart e o poderoso Throne Of The Alliance.

Horned God – Aliar técnica, brutalidade e velocidade extremas se tornou uma especialidade brasileira! E para a nossa sorte o número de boas bandas adeptas do Death Metal Extremo não pára de crescer. Uma das mais promissoras e novas bandas do estilo é paulistana e atende pelo nome Horned God. Tive a oportunidade de conversar com o grupo, recentemente reduzido a quarteto, para nos falar de seu primeiro lançamento, o aclamado Absit (Tumba Records). Um petardo executado por Hudy (guitarra), Erico (vocal), Bruno (bateria) e Ângelo (baixo), um time que surpreende pela pouca idade e razoável experiência.

A história do Iron Savior teve início em Hamburgo (ALE) no ano de 1978, quando os guitarristas e amigos Piet Sielck e Kai Hansen se uniram para formar o Gentry. A banda foi crescendo, mudou o nome para Second Hell e depois Iron Fist. Como as coisas não estavam dando muito certo, Piet resolveu sair e foi substituído por Michael Weikath. Com a nova formação a banda passou a se chamar Helloween. Piet, depois de alguns anos de inatividade, passou a investir na carreira de produtor e engenheiro de som, trabalhando com grandes nomes como Uriah Heep, Saxon, Grave Digger, Blind Guardian e Gamma Ray. Porém, em 1996, movido por uma grande vontade de voltar à ativa como músico (guitarrista e vocalista), convidou seu velho amigo Kai Hansen e o grande baterista Thomen Stauch (Blind Guardian), para formar o Iron Savior, que já lançou o álbum de estréia auto-intitulado no ano seguinte. Mudanças ‘de line-up’ aconteceram nos trabalhos seguintes, Coming Home (1998), Unification (1999), Interlude (1999), I’ve Been To Hell (2000) e Dark Assault (2001), até que, em maio de 2001, Kai Hansen resolve sair para se dedicar unicamente ao Gamma Ray. Os fãs se assustaram com a notícia, porém o Iron Savior volta, em 2002, mais forte do que nunca no excelente álbum Condition Red, mostrando uma sonoridade mais pesada e próxima do Metal Tradicional. O ‘line-up’ foi estabilizado com Piet Sielck (vocal e guitarra), Joachim “Piesel” Küstner (guitarra), Jan-S. Eckert (baixo), Thomas Nack (bateria) e Andreas Kück (teclado). Confira tudo sobre a grande transição do ano passado e o novo álbum através das palavras do simpaticíssimo, e fanático por Judas Priest, Piet Sielck.

Após o lançamento de seu segundo trabalho solo, o experiente vocalista Mark Boals (ex-Savoy Brown, Ted Nugent, Yngwie Malmsteen) formou a banda Ring Of Fire, com um ‘line-up’ de primeira. Trabalhando ao lado de George Bellas (guitarra), Virgil Donati (bateria, ex-G3 e Planet X), Vitalij Kuprij (teclado) e Philip Bynoe (baixo, ex-G3 e Steve Vai), Mark conseguiu criar em The Oracle (Hellion Records) uma sonoridade na linha do Power Metal Melódico mesclado ao AOR e ao Hard Rock, revivendo os bons tempos de sua fase na banda de Yngwie Malmsteen, com quem gravou o clássico Trilogy (1986) e também os medianos Alchemy (1999) e War To End All Wars (2000). Na entrevista a seguir, o vocalista nos conta passagens de sua carreira e também como conseguiu formar este super-time chamado Ring Of Fire!

Em 1976, quando formou a banda Granite Heart em Hamburgo (ALE), o vocalista, guitarrista e compositor Rolf Kasparek, o “Rock’n’Rolf”, não tinha consciência de que sua criação seria tão aclamada pelos fãs de Heavy Metal ao redor do mundo. De 1980, quando o nome da banda mudou para Running Wild, até o mais recente trabalho, The Brotherhood (2002), passando por clássicos como Gates To Purgatory (1984), Branded And Exiled (1985), Under Jolly Roger (1987), Port Royal (1988), Death Or Glory (1989), Blazon Stone (1991), Pile Of Skulls (1992), Black Hand Inn (1994), Masquerade (1995), The Rivalry (1998) e Victory (2000), Rolf e os inúmeros músicos que passaram pela banda conquistaram uma enorme legião de fãs, apaixonados pelo som tradicional e pela imagem de piratas que foi adotada a partir do lançamento do aclamado Under Jolly Roger. Na entrevista a seguir, o líder Rock’n’Rolf fala tudo sobre a carreira da banda, algo que os fãs brasileiros estavam aguardando há muito tempo.

A promoção e a turnê do álbum Poets And Madmen renderam ótimos resultados para o Savatage, mesmo com os problemas que antecederam esse lançamento. Num curto espaço de tempo a banda perdeu o vocalista Zak Stevens e o guitarrista Al Pitrelli. A coisa só não desabou porque o líder Jon Oliva junto com Chris Caffery mantiveram a essência e a vinda dos excelentes músicos Damond Jiniya e de Jack Frost foi bem acertada. Tanto isto é verdade, que o show em São Paulo foi marcante. Tempos depois, eis que é anunciado o fim do Megadeth e então rapidamente Al Pitrelli, que havia entrado para a banda de Mustaine, retorna ao Savatage para a alegria geral dos fãs da banda. Mas e Jack Frost? Bem, foi despedido. Para esclarecer isso e saber sobre sua passagem meteórica pelo Megadeth, conversamos com Al Pitrelli.

O Siebenbürgen foi formado em 1994 pelos suecos Marcus Ehlin (vocal e guitarra) e Anders Rosdahl (bateria). Mais tarde entraram Fredrik Brockert (baixo) e Linus Ekström (guitarra), além da convidada especial Lovisa Hallstedt (vocal e violino). Com tudo pronto, colocaram em prática uma sonoridade pesada, sombria e com temática voltada ao vampirismo, que muitos classificam como Vampyric Black Metal, com duas DTs, que renderam um contrato com a Napalm Records. Por esta gravadora lançaram os álbuns Loreia (1997), Grimjaur (1998) – que marcou a estréia da vocalista fixa Kicki Höjertz -, Delictum (1999) e o novo Plaged Be Thy Angel, licenciado para o Brasil pela Hellion Records. Após a finalização deste novo álbum ocorreu uma drástica mudança no ‘line-up’, com a saída de Linus Ekström e Kicki Höjertz, substituídos por Fredrik Folkare e Turid Walderhaug. Saiba mais sobre a trajetória do Siebenbürgen através das palavras do ‘frontman’ Marcus Ehlin.

A maturidade atingida pela banda alemã Squealer em seu mais recente CD, Under The Cross (Hellion Records), chega a ser impressionante. A ousadia e desenvoltura em mesclar o Power Metal com o Thrash, Melódico e até o Gótico demonstra que Henner (vocal), Lars Döring e Michael Schiel (guitarras), Michael Kaspar (baixo) e o baterista convidado para a gravação, Mike Terrana (atual Rage), estão no caminho certo. Com este CD mostram que podem vingar, visto que foram bem recebidos pelo público durante a recente turnê pela Alemanha e França ao lado do Judas Priest, quando tiveram Martin Buchwalter como baterista. O guitarrista Michael Schiel, presente no Squealer desde 1995, comenta sobre o CD que deve levar a banda a um patamar mais alto na cena.

O Stormwind foi formado em Estocolmo (SUE), em 1996, quando o guitarrista Thomas Wolf – campeão sueco de Karate Kyokushin e sparring do ator Dolph Lundgren – resolveu investir em sua carreira solo sob o nome Thomas Wolf’s Stormwind. Assim foram lançados os álbuns Straight From Your Heart (1996) e Stargate (1998) contando com a participação de músicos convidados. Foi então que Thomas resolveu convidar um ‘line-up’ estável e transformar o Stormwind em uma banda, deixando de ser um projeto solo e voltando o som para o Heavy Metal. Os álbuns Heaven Can Wait (1999) e Resurrection (2000) mostraram que tal mudança foi muito bem aceita pelos fãs e resultaram em um grande crescimento para a banda. Com o novo álbum, Reflection, Tomas, acompanhado por Thomas Vikstöm (vocal), Partik Johansson (bateria, que no final de 2001 deixou a banda para se juntar a Yngwie Malmsteen e foi substituído por David Wallin), Kaspar Dahlqvist (teclado) e Andreas Olsson (baixo), mostra extremo bom gosto nas composições e uma excelente produção, fazendo deste um dos melhores trabalhos da banda…

O The Crown apareceu em 1990 na Suécia e na época se chamavam Crown Of Thorns. Foram convidados para uma coletânea local, gravaram a primeira demo e então conseguiram alguns shows com o Entombed até chegarem a gravar o primeiro álbum, The Burning. De lá para cá a banda amadureceu muito e o ápice dessa evolução está nesse novo trabalho batizado de Crowned In Terror, o primeiro com o vocalista Tomas Lindberg (Lock Up, ex-At The Gates). Conversamos com o baterista e um dos fundadores da banda, Janne Saarenpaa, que mostrou ser um grande fã de música em geral e especialmente de Mötley Crüe. Confira!

Os alemães do Vanden Plas já têm seu nome consolidado na cena mundial do Prog Metal, principalmente na França e Japão, onde desfrutam do status de banda de grande porte, com shows sempre lotados. Recentemente Andreas “Andy” Kuntz (vocal), Stephan Lill (guitarra), Torsten Reichert (baixo), Andreas Lill (bateria) e Günter Werno (teclado) lançaram seu 5º CD, Beyond Daylight (InsideOut), um trabalho menos pesado em relação ao anterior, Far Off Grace. Segundo Andy, esta mudança se deu porque os músicos estão mais melancólicos, mas isto não significa que o Vanden Plas abandonou o peso característico do Metal. Na entrevista a seguir, o vocalista conta detalhes sobre o mais recente trabalho e dá uma repassada na carreira da banda…

Vision Divine – Em 1998 na Itália, movidos pela vontade de voltarem a tocar juntos, o guitarrista Olaf Thörsen (Labÿrinth) e o vocalista Fabio Lione (Rhapsody, ex-integrante do Labÿrinth) criaram o Vision Divine, acompanhados por Andrea “Tower” Torricini (baixo) e três membros do Labÿrinth, Andrew McPauls (teclado), Mat Stancioiu (bateria). Após a gravação de uma Demo-Tape, em 1999, enviaram-na para diversas gravadoras, até que viabilizaram o lançamento do ‘debut’ auto-intitulado, que no Brasil saiu pela Rock Brigade/Laser Company Records. Em novembro de 2000 fizeram, ao lado do Labÿrinth, uma bem sucedida passagem pelo nosso país, onde os fãs (também os do Rhapsody) puderam ter um primeiro contato com a voz de Lione que, no ano seguinte, retornou ao lado de Luca Turilli & Cia. Cansados de serem encarados como um simples projeto, o Vision Divine está de volta com Send Me An Angel, álbum que serve para consolidar de uma vez por todas a palavra “banda”, para aqueles que ainda pensavam o oposto. As novas músicas mostram uma grande variedade, com mais agressividade e progressões mais “viajantes” que anteriormente. Saiba detalhes sobre este novo CD através das palavras de Fabio Lione, um dos mais saudados vocalistas da atualidade.

Primeira parte da história da carreira de uma das maiores bandas do mundo – AC/DC

Vitão Bonesso escreve esta página e é o apresentador do programa BACKSTAGE na RÁDIO BRASIL 2000FM (107.3 Mhz) em São Paulo. www.programabackstage.com

LUIZ MAURÍCIO (HEAVEN´S GUARDIAN) tenta identificar o som de dez bandas, escutando uma música de cada grupo, e faz comentários livres a respeito do que está ouvindo…

Garage Demos – ROADIE CREW CAIXA POSTAL 43015 CEP 04165-970 – SÃO PAULO/SP Envie material completo: Fita-K7 ou CD, release e foto. Bandas de boa qualidade musical, dentro do seu estilo, serão selecionadas para figurarem nas páginas da Roadie Crew.

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As notícias mais importantes do mundo do metal, com ilustrações.

Resenhas dos principais eventos dedicados ao Heavy Metal, com cobertura da equipe Roadie Crew no Brasil e no mundo.

Cobertura detalhada do No Mercy Festival 2002, na Alemanha, o maior festival europeu de Metal Extremo com os principais nomes do Thrash, do Death e do Black Metal.

Edição #41

Sete páginas, totalmente ilustradas, com resenhas dos lançamentos em CDs e DVDs, mais a Roadie Parade com os álbuns mais vendidos comentados pela equipe Roadie Crew