Edição #79

Por Alexandre Oliveira O Absolute Disgrace foi formado em 1999, mesclando influências de nomes consagrados do Death/Splatter Metal mundial, como Carcass e Cannibal Corpse, além de flertar com a brutalidade de bandas do naipe de Hate Eternal, Nile e Exhumed. Um amálgama de boas influências que, aliadas à criatividade da banda, contribuíram para o nascimento de um dos maiores ícones do cenário Death Metal mineiro.

Por Ricardo Campos Formado em meados de 1992 por Tear (vocal) e Flame (bateria), o Desire construiu um forte nome na cena Metal portuguesa, explorando uma sonoridade que mescla elementos do Gothic, Doom e Black Metal e usa uma temática de nostalgia e desolação, fortemente influenciada pela obra do também português Fernando Pessoa. Apesar de muitos anos de carreira, lançaram apenas dois álbuns ‘full length’, sendo eles Infinity… A Timeless Journey Through An Emotional Dream (1996) e Locus Horrendus – The Night Cries Of A Sullen Soul (2002), este último disponibilizado agora no mercado brasileiro pela Rock Machine Records. Nesta entrevista, Flame nos conta mais sobre a trajetória da banda e os planos para o futuro.

Por Ricardo Campos O multi-instrumentista alemão Henning Pauly cresceu em uma família de músicos e depois se radicou nos Estados Unidos. Apesar de nunca ter integrado uma banda de renome, Henning trabalhou em diversos projetos e ganhou reconhecimento mundial com o Frameshift, ao lançar o álbum Unweaving The Rainbow (2004), que contou com a voz única de James LaBrie (Dream Theater). Agora o projeto está de volta com An Absence Of Empathy, e contando com ninguém menos que Sebastian Bach (ex-Skid Row) ao microfone. Nesta entrevista, Henning nos conta mais sobre a trajetória do Frameshift, os fundamentos do projeto e tudo envolvendo o novo álbum e a participação de Sebastian Bach.

Por André Dellamanha Como todos já sabem, o verão europeu é infestado de festivais, eventos e shows relacionados ao Heavy Metal, portanto a disputa é acirrada entre os promotores para atrair a maior quantidade de fãs, pois é fato que os ingressos não são necessariamente baratos mesmo para os padrões do primeiro mundo. No ano passado, as duas grandes bandas da temporada eram o Priest e o Metallica e, em 2005, com a Donzela de Ferro em turnê, não preciso dizer quem estava liderando a corrida para vendas de tickets.

Por Luciano Krieger Kari Rueslatten é uma artista muito versátil e especial. Ela possui uma das mais belas vozes da música hoje. Marcou seu nome com uma importância definitiva na música norueguesa durante sua passagem na banda The 3rd And The Mortal e no projeto de Folk Metal Storm. Carismáticas e ao mesmo tempo enigmáticas, suas canções são repletas de diversidade, alguma vezes profundas, algumas vezes dotadas de pura leveza, rodeadas por criativas construções musicais. Lançando seu quarto álbum solo (disponível no Brasil via Hellion Records), Other People’s Stories, Kari fala sobre a repercussão deste material, fatos importantes de sua carreira e detalhes referentes a este trabalho e seus planos.

Por André Dellamanha Quando aquela onda de bandas de Heavy Metal Melódico assolou o mundo em meados dos anos 90, muitos acharam bom para dar um empurrão na cena do Metal, que não andava lá tão forte. É claro que a nova tendência ajudou sim a resgatar o estilo e trouxe novos fãs para o “lado escuro da música”, mas o surto de clones dos clones dos clones gerou um certo asco ao Melódico até em pessoas que eram grandes fãs do estilo, assim como em bandas consideradas grandes nomes do mesmo. Muitos nomes começaram a mudar o estilo, a exemplo de uma vertente do Angra, que deixou a banda para montar o Shaaman, fazendo um som mais cru, e também o Labyrinth. Formado na Itália em 1991, somente em 1994 o Labyrinth lança sua primeira Demo, Midnight Resistance, que se transformaria em um item cult do estilo. De lá para cá, criou nome dentro do cenário, e uma grande legião de fãs, lançando álbuns clássicos do estilo em evolução, como No Limits, de 1996, e Return To Heaven Denied de 1998. Desde 2003, com o lançamento de Labyrinth, a banda vem mudando cada vez mais, buscando alcançar uma musicalidade mais madura, e a prova disto está no novo lançamento, Freeman, que irá dividir alguns fãs. Confira o porquê!

Por Ricardo Campos Após o polêmico álbum Enemies Of Reality, produzido por Kelly Grey, que foi reprovado pelos fãs em geral e pela banda, e acabou tendo que ser remasterizado, remixado e, então, relançado, os norte-americanos do Nevermore decidiram restabelecer a fórmula perfeita de Dead Heart In A Dead World (2000) e tiveram Andy Sneap como produtor do novo material, This Godless Endeavor. Este não apresenta apenas uma qualidade sonora fantástica, mas também a banda investindo em seu melhor, com músicas pesadas, técnicas, variadas e contagiantes, que celebram o bom momento vivido pelo line-up Warrel Dane (vocal), Jeff Loomis (guitarra), Steve Smyth (guitarra), Jim Sheppard (baixo) e Van Williams (bateria). Nesta entrevista Warrel nos conta tudo sobre o novo álbum e ainda comemora a oportunidade do Nevermore participar da “Gigantour”, uma turnê/festival organizada por Dave Mustaine (Megadeth), rodando os Estados Unidos com bandas como Megadeth, Dream Theater, Fear Factory, Symphony X e muitos outros.

Por Thiago Sarkis É isso mesmo, o título não está errado. Após sete anos de muito sucesso, o Pain Of Salvation chega ao Brasil no próximo mês de setembro, esperando tocar para um dos maiores públicos de sua história. A notícia não poderia ser melhor, certo? Errado! Pra completar, a banda não virá sozinha, e realizará em território brasileiro um encontro mundialmente inédito com o Evergrey. Estes dois titãs do Metal vêm ao nosso país numa das melhores fases de suas carreiras. O grupo liderado por Tom S. Englund comemora o estrondo do DVD e CD duplo ao vivo A Night To Remember, primeiro lugar nas paradas suecas por duas semanas. O conjunto de Daniel Gildenlöw traz a grandiosidade de Be, lançado também em DVD e CD ao vivo. Ambos prometem preparar um set list completo, incluindo todos os clássicos que marcaram suas trajetórias. Na edição anterior trouxemos as palavras de Englund; agora conversamos com Gildenlöw e levantamos todos os detalhes do novo lançamento, e as expectativas do Pain Of Salvation para a turnê na comemoração dos quinze anos da Hellion Records.

Por Ricardo Batalha O Scorpions, formado atualmente por Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker e Matthias Jabs (guitarras), James Kottak (bateria) e Pawel Maciwoda (baixo), é o maior nome do Hard Rock alemão em todos os tempos. Atualmente em turnê de promoção de seu mais recente álbum, Unbreakable (2004), a banda está escalada para se apresentar novamente no Brasil, no festival “Live ‘N’ Louder”, que acontecerá no dia 12 de outubro, em São Paulo (SP). Nosso entrevistado, o guitarrista Matthias Jabs (ex-Lady), estava fadado ao sucesso, pois mesmo tendo entrado quando a banda estava com o nome consolidado e com seis álbuns lançados – Lonesome Crow (1972), Fly To The Rainbow (1974), In Trance (1975), Virgin Killer (1976), Taken By Force (1977) e Tokyo Tapes (1978, ao vivo) -, conseguiu fazer com que até os fãs mais ardorosos de Uli Jon Roth e Michael Schenker reverenciassem seu carisma e o domínio nas seis cordas. É bem verdade que sua estréia foi até certo ponto sem muito impacto no álbum Lovedrive (1979), mas Jabs pegou justamente a fase de maior expansão do nome Scorpions, em trabalhos aclamados mundialmente, iniciando por Animal Magnetism (1980) e efetivado com Blackout (1982) e Love At First Sting (1984). Já com status de megabanda e tendo vendido milhões de cópias, a participação nos maiores festivais do mundo foram de extrema importância para a carreira, pois alguns destes eventos, como o “US Festival” (1983), a primeira edição do “Rock In Rio” (1985) e o “Moscow Music Peace Festival” (1989), ficaram marcados na história da música. E o “Moscow Music Peace Festival” – já na turnê do álbum Savage Amusement (1988) – emocionou tanto o vocalista Klaus Meine, que resultou no hino da “glasnost”, a balada Wind Of Change, faixa do álbum Crazy World (1990), e que ficou em primeiro lugar nas paradas de singles em diversos países.

Por Alexandre Oliveira Lançando seu quinto trabalho de estúdio, os mineiros do Silent Cry aparecem cheios de novidades: nova vocalista, nova gravadora, e um direcionamento musical mais elaborado, mas sem abrir mão da tradicional melancolia de suas composições. Uma nova fase para a banda, que pretende alcançar patamares ainda mais altos com Darklife.

Por Ricardo Campos Mudanças bombásticas. Esta expressão pode resumir a carreira dos finlandeses do Stratovarius nos dois últimos anos. Conflitos internos sucederam uma separação traumática, que deu lugar a uma vocalista, Miss K, e um suposto novo álbum, a revelação de que o guitarrista Timo Tolkki, líder da banda, tinha problemas mentais e, finalmente, o retorno da formação clássica com Timo Kotipelto (vocal), Jari Kainulainen (baixo), Jens Johansson (teclado) e Jörg Michael (bateria), ao lado de Tolkki. Tudo isso e detalhes preciosos sobre o novo álbum, Stratovarius, são minuciosamente explicados por Kotipelto nesta entrevista. Porém, poucos dias depois que ela foi realizada, foi anunciado que Jari deixava a banda, alegando que não houve nenhum problema de relacionamento, apenas o fato de que não queria mais fazer longas turnês. Para o posto vago foi recrutado Lauri Porra, bem conhecido por integrar bandas como Kotipelto, Sinergy e Warmen. Sem mais delongas, vamos ao que o vocalista tem a dizer…

Por Vitão Bonesso OS BEATLES VÃO AO CINEMA Ao chegarem dos Estados Unidos, tudo estava pronto. Os Beatles iriam para o cinema. Antes gravaram novas músicas que iriam fazer parte da trilha sonora, entre elas estavam: Tell Me Why, I Should Have Known Better, Any Time At All, I’ll Cry Instead, When I Get Home e You Can’t Do That. Gravadas as músicas, as filmagens começaram em 2 de março de 1964 no Twickenham Studios, em Londres (ING), durando apenas seis semanas. Quase no final das filmagens, ainda sem nenhum nome em mente, John, Paul, George e Ringo se reuniram com o diretor do filme, Dick Lester, e demais pessoas envolvidas no projeto como Walter Benson, Bud Orstein, entre alguns assistentes, para decidirem o nome da fita.

Por Vitão Bonesso Em tempos de “Live 8”, sempre vem a memória dos shows beneficentes que, de uma forma ou de outra, tentaram amenizar os apuros dos mais necessitados…

“A produção é meio barata e parece uma guitarra meio ‘plastificada’. A mixagem nem é tão boa. Cadê o vocal? Quantas partes distintas e nada acontece…”

Envie material completo (CD-Demo ou Fita-K7, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” – CAIXA POSTAL 43015, CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP. Nesta Edição: Carnal Desire, Thunderdome, Black Horseman, Nevralgia, Cavalar, M26, Christmess, Agressor, Elevare, Eternal Flame, Child Of Flames, The Past, Ignea.

Slaski Stadium – Chorzow, Polônia 29 de junho de 2005 Por André Dellamanha – Fotos: Christoph Müller Não é todos os dias que se tem a oportunidade de assistir a um festival na Polônia, portanto, quando estávamos fazendo nosso itinerário do verão europeu, e descobrimos um certo “Mystic Festival”, assinalamos mais uma bola vermelha em nosso mapa rodoviário do velho continente. Desta vez, bem mais para o leste do que o habitual. Para os europeus do ocidente, a Polônia é considerada uma espécie de Paraguai de seu continente, com uma reputação de ser desorganizada, totalmente subdesenvolvida, pobre e violenta, o que fez com que nos dirigíssemos até lá sem saber o que esperar, ficando sempre de olhos abertos.

Por Lucas Rocha – Fotos: Ricardo Zupa Mais um ano de vários e excelentes eventos de música pesada no Brasil. Foram bandas de Death, Thrash, Melódico, Gótico e uma infinidade de reverberações do estilo “Heavy Metal”. Há muitos anos, o Brasil já figura no rol das nações mais atrativas para as bandas internacionais. Mas nenhum evento deixa o Metal nacional tão vivo quanto o “Brasil Metal Union”. Esta 5ª edição do festival, tradicionalmente com cast escolhido por votação no site do zine on-line Heavy Melody, mostra a maturidade de uma marca e de um empreendimento que já faz parte do calendário anual dos fãs do estilo no Brasil. Uma prova de que a qualidade do produto brasileiro é verdadeira. “Invistam no Metal nacional! Nunca esqueçam disso”, sempre diz o idealizador do festival, Richard Navarro. E é com esta vontade que o “BMU” foi pelo segundo ano consecutivo realizado no CIE Music Hall (antigo DirecTV Music Hall), casa de shows normalmente “mainstream”. “A casa está de portas abertas pra nós e, enquanto conseguirmos colocar fãs lá dentro, assim ela continuará”, explica Richard.

Para quem gosta de viajar e, ao mesmo tempo, curte o bom e velho (não só velho) Heavy Metal, antes de começar a fazer seus planos, a principal sugestão é dar uma olhada no calendário dos showsdos mais diversos países, pois todos eles estão lotados de surpreendentes atrações…

Por Carlo Antico e Carlos Chiaroni Fotos: Carlos Chiaroni O que é, o que é? Acontece todo ano, em um dos países mais ricos e desenvolvidos do mundo, melhora com o passar do tempo e cresceu de forma assustadora de dois anos pra cá? Resposta: “Sweden Rock Fest”!!! Mais uma vez os organizadores do festival do país das belas loiras se superaram e montaram um line-up inacreditável para o evento de 2005. E é por essa e outras razões, que a equipe da Roadie Crew marcou presença mais uma vez em terras suecas pelo terceiro ano consecutivo. Antes de falarmos do festival deste ano propriamente dito, é interessante dizer como ele se tornou, talvez, o grande evento deste tipo no mundo atualmente. Você vê pelas camisetas de edições passadas, que no início ele tinha apenas duas noites. Depois, passou a ter três, mas a primeira era mais um aquecimento, como em 2003, por exemplo (primeiro ano da nossa cobertura), em que o headliner da quinta-feira era o Demon. Já no ano passado, a primeira noite passou a ter o mesmo tamanho das outras duas e a banda principal era o Judas Priest. E esse ano era o Accept em turnê de reunião! Percebe o crescimento em pouco tempo?

Edição # 79

Cinco páginas de resenhas ilustradas com os principais lançamentos.

Resenha dos principais DVDs lançados. Na edição deste mês: Doro, Rob Zombie, Pain of Salvation, Dismember, Desaster

Por André Dellamanha Heavy Metal Joke o cartoon de Marcio Baraldi

Resumo das principais notícias do mês.

Por Ricardo Batalha Roadie Profile com Tiago Torres (Mad Dragzter) e Roadie Crusader – o jogo de palavras cruzadas para especialistas em Heavy Metal

Por André Dellamanha Sem limites talvez seja uma expressão que defina realmente o que é a entidade Mötley Crüe. Sim, o Mötley Crüe é uma entidade de quatro nomes e, mesmo as pequenas alterações na formação da carreia da banda não fizeram isso mudar…