Edição #85

Por Carlo Antico Não é fácil conseguir reconhecimento artístico neste mundo de hoje, em qualquer esfera. Na do Hard/Heavy não é diferente, como já dizia o Kiss na sua versão da letra de God Gave Rock And Roll To You (a original é do Argent e a letra não tem nada a ver): “Man, you gotta sweat or you won’t get far” (“Cara, você tem que suar ou não chegará longe”). Imagine, tendo nascido e crescido em um país sem nenhuma tradição no estilo como a Bulgária. É o caso de Nikolo Kotzev, guitarrista, líder e criador do Brazen Abbot, que agora vive na Finlândia. Depois de dois álbuns com o Baltimoore, ele fundou a banda e suando muito vem conseguindo reconhecimento e até um tempo para projetos solo como a Ópera Rock Nostradamus e uma outra que já está sendo feita. Foi para falar sobre tudo isso e também a respeito do novo álbum, My Resurection (Big Rock Music), que batemos um papo com ele…

Por Thiago Sarkis Em cerca de três anos o Amazon se formou, preparou um álbum completo e se apresentou em eventos de alto porte, abrindo para bandas de grande alcance dentro do Metal. O lançamento do ‘debut’ Victoria Regia, porém, foi atrasado e inúmeras dificuldades surgiram para o quarteto de Valinhos (SP). Apesar disso, 2006 começa bem para Sabrina Todt (vocal, flauta), Danilo Angelo (baixo), Renato Angelo (guitarra e teclado) e Marcelo Freitas (bateria), com o disco nas lojas através da Hellion Records. Confira mais detalhes em conversa com o líder, Renato Angelo.

Por Claudio Vicentin O novo álbum do Annihilator, Schizo Deluxe, é uma verdadeira obra-prima do Thrash Metal. O guitarrista Jeff Waters mais uma vez prova que, quando quer, cria ótimos riffs com facilidade… E todos surpreendentes! Mas, infelizmente, a carreira desta banda canadense é muito irregular, caso contrário ela estaria facilmente entre as maiores do Thrash Metal de todos os tempos, ao lado de monstros como Slayer ou Metallica. Na verdade, o Annihilator é “a carreira solo” do guitarrista Jeff Waters e, dessa forma, ele faz as trocas de formação (que são muitas) e escolhe o direcionamento à sua maneira. Mas, desta vez, estamos falando de um dos melhores álbuns que Jeff já compôs e nada melhor do que o próprio para falar conosco…

Por Ricardo Campos Na ativa desde 1993, os noruegueses do Dimmu Borgir revolucionaram a cena do Black Metal, apostando em uma fórmula mais melodiosa e soturna, e hoje figuram entre as principais bandas do estilo, conquistando o mundo. Mas nem sempre foi assim… Tiveram um início difícil, com os álbuns For All Tid (1994) e Stormblåst (1996), pois ambos apresentavam ótimas músicas, porém com uma qualidade de gravação insatisfatória e um suporte que não proporcionava destaque para a banda. As coisas começaram a mudar após o início da parceria com a gravadora alemã Nuclear Blast e evoluíram, gradativamente, com Enthrone Darkness Triumphant (1997), Godless Savage Garden (1998) e Spiritual Black Dimensions (1999). Porém, a grandiosidade veio nos dois mais recentes trabalhos de estúdio, Puritanical Euphoric Misanthropia (2001) e Death Cult Armageddon (2003), que renderam para a banda uma legião de novos fãs e a conquista de novos territórios, principalmente a América do Norte. Mas se engana quem pensa que a banda deixou o passado de lado. Tendo sido planejada há um bom tempo, finalmente foi colocada em prática a regravação do álbum Stormblåst, por muitos considerado um clássico do Black Metal, porém, até então praticamente inacessível para os novos fãs.

Por Carlo Antico Danny Vaughn é um dos nomes mais importantes na história do Hard Rock. Foi a voz do Tyketto, uma banda que, apesar de ter surgido no início dos anos 90, quando a praga Grunge já começava a se alastrar, ainda conseguiu boa repercussão com os fãs e fazer boas turnês. Mas, antes disso, Danny estreou no Waysted, banda de Pete Way, baixista do UFO, em 1986, e o álbum que gravou teve grande repercussão, inclusive no Brasil. Agora, além de sua banda, o Vaughn, Danny participou do projeto From The Inside em 2004, que teve seu álbum lançado no Brasil no ano passado pela gravadora Big Rock Music. Foi para falar de tudo isso que batemos um papo com ele, confira!

Por Ricardo Campos Formada em 1996, esta banda de New Jersey (EUA) trilha um caminho bem sucedido, apostando na mistura entre o Thrash Metal, Death Metal, Hardcore e Melodic Death Metal, que resulta em algo bem particular e cativante. Agora, o line-up formado por Byron Davis (vocal), Doc Coyle (guitarra e vocal), Dallas Coyle (guitarra e vocal), John Outcalt (baixo) e Corey Pierce (bateria), lançam o quarto álbum de estúdio, intitulado IV: Constitution Of Treason, que apresenta uma qualidade musical inquestionável e uma temática catastrófica, porém muito interessante e repleta de mensagens. Nesta entrevista, Doc Coyle nos conta um pouco sobre a trajetória da banda e revela tudo sobre o novo e promissor material.

Por Mitch Lafon Existem bandas na cena do Rock que estabelecem uma reputação inabalável e uma carreira tão sólida que faz com que dispensem apresentações, caso típico da norte-americana Journey, que recentemente lançou seu novo álbum de estúdio, Generations. Formado atualmente pelos fundadores Neal Schon (guitarra, ex-Santana, Bad English, Hardline) e Ross Valory (baixo, ex-Fumious Bandersnatch), além de Jonathan Cain (teclado e guitarra, ex-The Babys, Sammy Hagar, Bad English, Stan Bush), Steve Augeri (vocal, ex-Tyketto e Tall Stories) e Deen Castronovo (bateria, ex-Wild Dogs, Bad English, Ted Nugent, Ozzy Osbourne, Steve Vai, Hardline e outros), o Journey iniciou sua trajetória em meados de 1973 e mesmo passando por diversas e severas mudanças no line-up, conseguiu superar todas as adversidades e manteve-se no topo com seu som mesclando Hard Rock, Blues, AOR e Jazz. Os três primeiros trabalhos – Journey (1975), Look Into The Future (1976) e Next (1977) – serviram para criar uma boa imagem e o gosto do sucesso começou a partir de Infinity (1978), com os músicos Gregg Rolie (teclado), Neal Schon (guitarra), Aynsley Dunbar (bateria), Ross Valory (baixo) e Steve Perry (vocal) criando hits como Lights, Wheel In The Sky e Anytime. Com a troca de baterista, com a entrada de Steve Smith, a boa fase seguiu com os lançamentos de Evolution (1979), Departure (1980) e Dream, After Dream (1980 – que saiu só no Japão), destacando novos clássicos como Lovin’, Touchin’, Squeezin e Any Way You Want It. Com isto estava aberto espaço para o primeiro duplo ao vivo, Captured (1981), que vendeu cerca de quatro milhões de cópias. Após a entrada de Jonathan Cain (teclado e guitarra) no lugar de Gregg Rolie, veio Escape (1981), que, impulsionado por faixas como Don’t Stop Believin’, Who’s Cryin’ Now, Stone In Love e Open Arms, obteve o topo das paradas. Frontiers (1983) também manteve o Journey nas alturas, com mais três grandes sucessos – Separate Ways (World’s Apart), Faithfully, Send Her My Love e Edge Of The Blade. Em 1986 foi a vez de Raised On Radio, e mesmo com a banda sofrendo com as tensões internas e a pressão por provar a força de mais uma formação diferente (com Randy Jackson no baixo e Larrie Londin na bateria), colocou mais hits nas paradas – Be Good To Yourself, Girl Can’t Help It, Suzanne e I’ll Be Alright Without You. A tensão seguiu durante a turnê de promoção e em fevereiro de 1987 os músicos se separam. Nove anos se passaram e enfim ocorre o retorno com Trial By Fire, que destacou faixas como Message Of Love e When You Love A Woman. Dois anos depois o ‘frontman’ Steve Perry – que sofria de artrite devido a um acidente sério no Havaí enquanto praticava alpinismo – anuncia oficialmente sua saída. Como não havia feito um show após o retorno, a banda resolve chamar Steve Augeri para o lugar de Perry. Em estúdio, a estréia da nova formação deu-se com a música Remember Me, que saiu na trilha sonora do filme “Armageddon”. Até chegar a Generations, ainda foram lançados Arrival (2000) e o EP Red 13 (2002). Na entrevista a seguir, o renomado Neal Schon fala sobre o recente lançamento e de passagens de sua carreira paralela, confira!

Por Carlo Antico Apostando em um Hard Rock bem no estilo anos 70, mas dotado de muita personalidade, a banda paulistana King Bird chegou ao seu ‘debut’, Jaywalker, após um CD-Demo (The Gods’ Train) muito bem recebido e várias apresentações ao vivo em seus quatro anos de carreira. Formado atualmente por João Luiz (vocal), Silvio Lopes (guitarra), Fábio César (baixo) e Marcelo Ladwig (bateria), o King Bird aposta na paixão pelo que faz e na sua evidente competência para alçar vôos mais altos. Confira mais detalhes na entrevista a seguir…

Por Mitch Lafon Vinte e seis anos se passaram desde a formação do L.A. Guns, um dos maiores nomes do Sunset Strip de Los Angeles (EUA). Nem mesmo as constantes trocas de músicos, os problemas com drogas, as mudanças de gravadoras, os modismos do mercado norte-americano e a decaída do Hard Rock, foram capazes de fazer com que o nome da banda fosse esquecido. Atualmente promovendo seu mais recente trabalho, Tales From The Strip (2005), o vocalista Phil Lewis (Philip Francis Lewis) nos concedeu uma entrevista onde fala a respeito do ótimo momento vivido pelo L.A. Guns, dos planos futuros e desmente mais uma vez o boato do retorno do fundador Tracii Guns (atual Quiet Riot).

Por Thiago Sarkis Formado em 1996, o Manticora foi conquistando reputação no Power Metal desde o MCD Dead End Solution (1997), combinando a veia européia do estilo à norte-americana, além de vários toques de Thrash e Progressivo. Do mesmo modo, o nome de seu líder, Lars F. Larsen, ganhou força pelo trabalho como empresário de vários conjuntos. Num bate-papo sem firulas, conversamos com ele sobre a turnê que realizaram com o Angra em 2005, o trabalho com Finn Zierler do Beyond Twilight, as polêmicas com Jorn Lande, e o lançamento no Brasil de seu mais recente álbum, 8 Deadly Sins.

Por Ricardo Campos Poucas semanas após a última passagem pelo Brasil, em outubro no “Live ‘N’ Louder Rock Fest”, os finlandeses do Nightwish surpreenderam aos fãs daqui e de todo o mundo com o anúncio da demissão da vocalista Tarja Turunen. Até aí isso não seria grande surpresa, afinal, se dependesse dos falsos rumores de Internet, ela constantemente teria saído da banda nos últimos quatro anos. Mesmo assim, foi um grande choque para os fãs, ainda mais pela forma como foi feita. Após o último show, ocorrido no Hartwall-Arena, em Helsinque (FIN) – onde inclusive foi gravado o DVD End Of An Era -, os integrantes Tuomas Holopainen (teclado), Emppu Vuorinen (guitarra), Marco Hietala (baixo e vocal) e Jukka Nevalainen (bateria), entregaram à vocalista sua carta de demissão, que simultaneamente foi disponibilizada para os fãs de todo o mundo através do site oficial da banda. O grande problema mesmo foi o conteúdo contundente dela, que mostrou um relacionamento pra lá de desgastado entre a vocalista e a banda, uma Tarja muito diferente da que todos os fãs e membros da imprensa costumavam ver, muitas acusações e, ainda, envolveu o nome do marido e empresário da cantora em questão. Como previsto isso gerou um tremendo racha entre os fãs de todo o mundo e, uma outra carta, posteriormente escrita por Tarja, e declarações à imprensa da agora ex-vocalista desmentindo vários dos argumentos apresentados, deixaram tudo ainda mais confuso. Teria sido acertada a decisão da banda demitir Tarja desta maneira? O que aconteceu de tão ruim com a banda para o relacionamento com a vocalista chegar a este ponto? Como de fato aconteceram os eventos mencionados na carta? E a gravadora, como reagiu? Qual será o futuro do Nightwish? Estas e muitas outras perguntas são respondidas nesta entrevista por Tuomas, que fala diretamente aos fãs brasileiros.

Por Ricardo Batalha A banda catarinense Perpetual Dreams, formada em 1995 e que atualmente conta com Eduardo D’Avila (vocal), Deny Rodrigo Bonfante (guitarra), Jan P. Findeiss (teclado), Chris Link (baixo) e Fabio Passold (bateria), chega ao seu segundo álbum, Arena, mostrando maturidade. Unindo de forma coesa suas referências e estilos – que variam entre o Metal Tradicional, o Hard Rock e o Melódico -, os músicos certamente irão conseguir grande acolhida dos fãs. Com a palavra o virtuoso guitarrista Denny!

Por Alexandre Oliveira Com a Demo Waiting For The Nightfall (2001) o Perpetual Dusk iniciou sua jornada no underground mineiro. Mas foi com a bem sucedida, e igualmente bem produzida, Demo Incarnated Darkness (2003) que a banda saltou vários degraus rumo a um grande reconhecimento do público e da mídia no Brasil. Logo vieram shows ao lado de Dark Funeral, Gorgoroth e Enthroned. Não demorou para que a Cogumelo Records apostasse no potencial da banda, investindo em mais um promissor nome do Metal mineiro. Praticantes de um Black Metal ríspido, e ao mesmo tempo lapidado, o Perpetual Dusk consolida-se de vez no Metal negro nacional, com o lançamento do soberbo álbum Supreme Black Victory.

Por Claudio Vicentin A banda santista Shadowside chega ao seu primeiro álbum, Theatre Of Shadows! Esse trabalho está sendo lançado de forma ampla pela parceria da Seven Music com a ‘major’ Universal Music. Não faz muito tempo que esses músicos se juntaram para criar algo em cima do Heavy Metal Tradicional com muita melodia, mas a resposta tem sido rápida por parte dos fãs que os viram em shows passados e aberturas para bandas de grande porte. A voz grave da vocalista Dani Nolden é um diferencial e conversamos com ela para saber mais detalhes dessa carreira que já começa consistente e administrada de forma bastante profissional.

Por Claudio Vicentin A história da banda inglesa Pink Floyd pode ser dividida em duas etapas: a que começou em 1965 e durou cerca de dois anos – tendo à frente o vocalista Syd Barret; e uma outra que, após a vinda do guitarrista David Gilmour, deu continuidade à trajetória até que fizesse com que o grupo se tornasse um dos maiores de todos os tempos. Igual a tantas outras bandas psicodélicas dos anos 60, a razão para essa carreira esquizofrênica e produtiva seguia o lema “viver rápido e morrer jovem”. O Pink Floyd também emergiu a partir da união de dois grupos de amigos: um que era baseado nas proximidades de Cambridge/ING, onde Roger Waters (George Roger Waters, nascido em Great Bookham, Surrey/ING, a 6 de setembro de 1943), Syd Barret (Roger Keith Barret, nascido em Cambridge, a 6 de janeiro de 1946) e David Gilmour (David Jon Gilmour, nascido em Cambridge a 6 de março de 1946) costumavam circular; e um outro da escola de arquitetura Regent Street Polythechnic, localizada em Londres, onde estudavam Roger Waters, Nick Mason (Nicholas Berkeley Mason, nascido em Birmingham/ING, a 27 de janeiro de 1944) e Richard Wright (Richard William Wright, nascido em Londres/ING, a 28 de julho de 1945).

Por Vitao Bonesso Logotipos: Até onde eles ajudam

“Muito bonito. Adoro o piano nesse começo, mas acho que nunca ouvi essa música. Estou tentando reconhecer o vocalista, posso escutar um pouco mais? (RC: Claro). Seria o Brainstorm?…”

1976 Álbum “Presence” – Led Zeppelin – por Ricardo Batalha e 1986 Álbum “Somewhere in Time” – Iron Maiden – por Ricardo Campos

Envie material completo (CD-Demo, release e foto legendada e com crédito do fotógrafo) para: ROADIE CREW “GARAGE DEMOS” – CAIXA POSTAL 43015, CEP: 04165-970 SÃO PAULO/SP. Nesta Edição: Ass Flavour, Ancestral, Venereal Sickness, Pulverizing, In Nomine Belialis, Kundal, Betrayal, Ricardo Primata, Ynis Vitrin, Vartroy, Dark Opus

METAL DEVASTATION FEST 2 Clube Anchietinha – Vitória/ES 10 de dezembro de 2005 Por Yuri d’Ávila Fotos: Carolina Corres Lopes,Igor d’Ávila e Yuri dÁvila Começou pelo meio da tarde, em Vitória no Espírito Santo, o evento no qual se apresentaram hordas como o Unearthly, Delicta Carnis, Await Rottenness, Catacumba, Blasphemical Procreation, Saevus, Abantesma, Wardeath e Evictus. O “Metal Devastation Fest 2”, muito bem organizado pelo Metal Devastation Webzine e pela Condessa da Noite Produções, contou com uma ótima estrutura de palco, som, iluminação e profissionais envolvidos que fizeram com que o evento fosse tão grandioso quanto o foi.

Edição # 85

Cinco páginas de resenhas ilustradas com os principais lançamentos.

Resenha dos principais DVDs lançados

Por Ricardo Batalha

Por Ricardo Batalha Heavy Metal Joke por Márcio Baraldi Ranking Crew

Resumo das principais notícias do mês.

Por Ricardo Batalha Roadie Crusader – o jogo de palavras cruzadas para especialistas em Heavy Metal.

Salve, salve, headbangers! É um grande prazer poder trazer para vocês um pouco mais do que é o Stay Heavy. Esta seção tem como objetivo mostrar o espaço e a força que o Heavy Metal vem conquistando dentro de um dos maiores meios de comunicação, que é a televisão. E nós, os apresentadores e produtores do programa Stay Heavy -Vinicius Neves e Cintia Diniz – vamos contar aqui um pouco do que rola nos bastidores e nas gravações do programa, além de um resumo das atrações que passaram pelo programa e também do que vai rolar durante o mês. Para começar, vamos fazer um breve…