Durante sua longeva trajetória na música, o guitarrista DOUG ALDRICH tocou com uma série de artistas e bandas. Um de seus trabalhos mais notórios se deu com o DIO, banda do vocalista RONNIE JAMES DIO, entre 2002 e 2003 — além das voltas temporárias em 2005 e 2009.
A parceria rendeu o álbum de estúdio Killing the Dragon (2002), além de registros ao vivo. Apesar das lembranças serem positivas no geral, o músico não teve uma boa experiência quando contou ao saudoso cantor, falecido em 2010, a respeito de sua entrada para o WHITESNAKE — grupo do qual fez parte entre 2003 e 2014.
Em entrevista à rádio americana 96.7 KCAL FM (via Blabbermouth), ALDRICH relembrou a ocasião. Inicialmente, ele situou:
“Nos intervalos dos ensaios após minha entrada para o WHITESNAKE, eu estava indo para a casa de Ronnie para compor, começando a escrever o que acabou sendo Master of the Moon (2004) — cuja versão final não tem qualquer contribuição minha.”
Em dado momento, DIO mencionou ter agendado uma turnê abrindo para o IRON MAIDEN. Foi quando DOUG lhe deu a notícia.
“Um dia ele disse: ‘Oh, temos uma turnê com o IRON MAIDEN chegando no verão’. E eu disse: ‘Oh, RONNIE. Você está falando sério? Tem certeza?’. Ele disse: ‘Sim’. Eu falei: ‘Porque acabei de me comprometer com DAVID COVERDALE em relação a uma turnê na mesma época’. Ele ficou muito irritado, cara. Tipo: ‘Que p#rra é essa?’. Fiquei muito triste.”
Irritado, RONNIE JAMES DIO simplesmente expulsou DOUG ALDRICH de sua casa, conforme relatado pelo guitarrista.
“Ele meio que me expulsou de casa. Foi tipo: ‘A sessão de composição acabou’. Ele ficou p#to e eu me senti horrível.”
RONNIE JAMES DIO e DOUG ALDRICH
Felizmente, este não foi o último capítulo da parceria. DOUG ALDRICH fez as pazes com RONNIE e tocou com a banda DIO em 2005 e 2009.
“Tive uma grande oportunidade de trabalhar com COVERDALE e, no final, valeu a pena fazer muitas músicas novas para o WHITESNAKE. E voltei para RONNIE algumas vezes. Em 2005, ele me pediu para voltar e participar de uma turnê pela Europa. Acabei fazendo outra turnê pela Europa com ele em 2005, que acabou sendo o DVD Holy Diver Live.”
Em entrevista anterior ao site Igor Miranda, DOUG revelou que a reconexão com RONNIE serviu de incentivo para o WHITESNAKE trabalhar em músicas inéditas — algo que o grupo não fazia desde Restless Heart (2007). Afinal, era a única forma de segurar o guitarrista na banda.
“Eu estava substituindo alguém no DIO na mesma época, em 2005, e eu estava no WHITESNAKE há três anos. RONNIE falou: ‘quero você de volta’. E eu falei pro DAVID: ‘se vou continuar com você, a gente precisa fazer músicas novas’. Não dava para ficar dependendo do passado. Vamos fazer música nova pra falar de coisas novas. Havia um grupo enorme de jovens que estavam descobrindo o WHITESNAKE. Então quando fizemos as quatro primeiras canções no disco ao vivo (Live… in the Shadow of the Blues) e então Good to Be Bad. Foi ótimo criar música junto com ele. E a gente entrou no embalo.”
Além de Good to Be Bad (2008), ALDRICH trabalhou com o WHITESNAKE em estúdio no álbum Forevermore (2011).
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