Intenso, extremo, sombrio e angustiante. Reflections Upon Darkness é daquelas joias com brilho diferenciado. Não tão somente pela perícia lírica, como também pela destreza em irrigar com as águas do progressivo e do doom às terras férteis do death metal dos ingleses do Rannoch. Uma combinação que se vê instaurada nas 12 faixas deste segundo full-length do grupo formado por Ian Gillings (vocal, guitarras e sintetizadores), Richard Page (guitarra) e Paul Lloyd (baixo e vocal) – Alex Micklewright foi o responsável pela bateria do álbum. De Heptarchia Mystica, Despair e The Hanged Man desfilam vocais ora brutais, ora limpos, arranjos complexos, pluralidade musical e passagens etéreas.
Da sexta – Prelude – a última faixa – Postlude –, o fã é intimado a adentrar na suíte “Darkness”, uma peça de quase 40 minutos, composta pelo poema homônimo escrito em 1816 por Lord Byron. Ali, você vai encontrar antagonismos como a tempestuosa The Dream e a quase gótica The Devoured. Produzido por Gillings, Reflections é um trabalho seminal que merece atenção a cada detalhe, incluindo a arte de capa de Kishor Haulenbeek.
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