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RED FANG

Apesar de ter os videoclipes engraçados e bem produzidos, o Red Fang passa pela primeira vez pelo Brasil deixando a boa impressão de que quem lotou o Inferno Club foi lá porque queria mesmo curtir a banda e não por um simples modismo. A frente da casa já estava movimentada horas antes do show começar. Uma fila de fãs aguardava naquele calor de sábado pós-feriado e foi recompensada com a presença de dois dos ‘red fangs’ circulando por ali e puderam garantir autógrafos e fotos.

Com a fila grande e dentro a casa já praticamente lotada, a abertura ficou a carga da banda Grindhouse Hotel. Anda pouco conhecida, agitou o público com sons próprios como “The Rock And Roll Kids Are Coming”, faixa que dá título ao EP de estreia, e “Chosen One”, que deverá estar no próximo disco, a sair em formato 7 polegadas pela Monstro Discos, como anunciou Leandro Carbonato (voz e guitarra), também conhecido como sócio do Inferno Club e ex-Fim do Silêncio. Uma que levantou a galera foi o ótima cover de “Children Of The Grave” do Black Sabbath.

Numa troca rápida de palco, nos últimos ajustes deu pra ver que o que boa parte que acompanha a banda principal sabe: eles não são ligados a mega tecnologia, não usam skype ou qualquer outro aparato moderno e vieram para esses dois inéditos no Brasil (tocaram também em Brasília, sendo este de SP o segundo e último show em terras nacionais) com equipe reduzida. Acredito que mais por falta de cacife pra bancar do que por estrelismo, eles mesmos faziam parte da montagem e regulagem dos instrumentos.

Com o som ambiente ainda rolando, o Red Fang começou tocando “Reverse Thunder”, faixa do disco homônimo de estreia, para gritaria total. Desde essa, a galera já mostrou que estava com os sons na ponta da língua. Isso animou ainda mais Bryan Giles (vocal e guitarra), que disse que é um sonho poder tocar para o público brasileiro. Quem leu a entrevista exclusiva dos caras na ROADIE CREW de agosto sabe da expectativa que tinham de estar aqui, mesmo que ainda pouco conhecidos.

Aaron Beam (baixo e vocal), já sem a longa cabeleira que detinha meses atrás, pede para ajustar o som. “Dirty Wizard” começa sem o microfone de Bryan e Aaron improvisa no vocal. Essa abre a sequência de músicas do badalado “Murder The Mountains”, disco lançado em 2011 e no qual boa parte do set foi baseado. Foi praticamente tocado inteiro.

Com um ‘circle pit’ aberto na raça já que o espaço disponível era mínimo, a galera agitou ao som de “Painted parade”, “Number Thirteen”, “Malverde” e o hit “Wires”, executado com pegada e mais pesada que a original. Enquanto o público gritava o nome da banda, emendaram em “Into the eye”.

Bryan então falou novamente que estava orgulhoso e em estar ali compartilhando aquele momento. E Aaron emenda com um “Eu gostaria de recomendar drogas, mas como vocês dizem ‘vocês são foda’”. Essa última falou em português e disse ter aprendido de tanto escutarem os brasileiros falando para eles.

Em cada música se via por que os caras são conhecidos como o grande destaque do Stoner Rock e não só, mas também por trilha sonora do povo que gosta de ser manter ‘high’ e viajando. “Humans remain human remains”, a única mais lenta, longa e visceral do set abriu a sequência antes de “Good to die” e “Sharks”, que encerraram a primeira parte do show.

Os músicos voltaram para o bis com Bryan dizendo que antes de rolar essa oportunidade de fazerem esses shows, muita gente entrou em contato com eles e, vendo a casa cheia, podia entender o porquê desse interesse. Se o melhor fica para o fim, levaram a galera à loucura com (finalmente!) “Prehistoric Dog”, “Hank is dead” e fechando definitivamente com “Throw up”.

Se para eles a primeira impressão foi das melhores, para quem os viu ao vivo pode comprovar porque, mesmo com apenas dois discos, sem quase nenhuma mídia, mais contidos no palco do que as estripulias que aprontam nos vídeos, conquistaram antes e, mais ainda depois desse show animal, definitivamente muitos fãs no Brasil. Que voltem logo!

Set list:
Reverse Thunder
Dirt Wizard
Bird on fire
Painted Parade
Number Thirteen
Malverde
Wires
Into the eye
Humans remain Human Remains
Good to die
Sharks
Prehistoric Dog
Hank is Dead
Throw up

 

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