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ROB ZOMBIE

O dia 10 de maio de 2017 reservava aos gaúchos dois shows que prometiam muito e que criavam expectativas diferentes entre os fãs. A primeira, era em relação ao show do Ghost. Afinal a banda não é daquelas consideradas unanimidade entre os bangers, e recentemente esteve envolvida em algumas polêmicas com relação à saída de integrantes. Também pela teatralidade de seus shows, visto que o grupo (pelos vídeos na Internet) se mostrava um tanto quanto estático no palco. Já com relação a Rob Zombie, a expectativa era a de vermos em ação uma banda afiada, contando com músicos de excelente técnica, além da performance sempre insana de Rob.

Ao chegar ao local, logo deu pra perceber que não teríamos um grande público. O que de certa forma era compreensível, tendo em vista que no dia seguinte, teríamos o show mais esperado do ano pelos gaúchos, e também, no mesmo dia, estava acontecendo outro show (Rhapsody, na sua turnê de despedida com sua formação clássica – exceção ao guitarrista Luca Turilli) e no dia anterior, tivemos o show do Sonata Arctica. Haja bolso! Dito isso, vamos ao que interessa: os shows! Ao entrar no Pepsi On Stage, no palco havia uma mesa e um DJ. Sim, havia um DJ. E com uma “performance” de dar inveja á David Ghetta. Sejamos sinceros. Em um show de heavy metal, qual a necessidade de um cara ficar em cima do palco, colocando músicas nada a ver com o evento (Franz Ferdinand, Pearl Jam, Rage Against The Machine – que deve ter tocado umas 56 vezes -, entre outras menos cotadas), e que ainda por cima, ficava mexendo á todo momento na tal mesa de som, como se estivesse fazendo aqueles insuportáveis scratches em músicas como The Trooper? Teria sido MUITO MELHOR se alguma banda local tivesse se apresentado, nem que fosse ao menos por 30 minutos. O que o tal DJ conseguiu foi é irritar a galera que já não agüentava mais a falta de noção do cidadão em questão.

Mas, pra lavar a alma, às 21h, sobe ao palco o Ghost! E de cara, logo após a introdução, mandam ver a faixa de abertura de seu mais recente trabalho, o EP Popestar (2016). “Square Hammer”, que ao vivo ficou ainda melhor. As guitarras da banda ganham um peso extra ao vivo, o que deu mais dinamismo à música. Papa Emeritus III (sem o traje tradicional, usando a mesma roupa do clip da referida faixa) e seus Nameless Ghouls, interagiram com o público desde o começo. Público esse que eles tinham nas mãos.

O grupo se apresentou sem a presença de um baixista no palco, mas não ficou muito claro se havia algum músico tocando o instrumento “ás escondidas” ou se as bases eram gravadas. Mas isso não influenciou em nada a performance, que logo na sequência trouxe a pesada “From The Pinacle to the Pit”, presente em Meliora (2015). E aqui, aquela dúvida que ainda pairava sobre muitos se dissipou: a banda é muito boa de palco sim! E os novos músicos, se movimentam bem mais do que antes, o que acaba criando uma atmosfera bem mais interativa. “Ritual”, faixa de Opus Eponymous (2010), primeiro álbum do grupo se mostrou forte e intensa ao vivo. E essa foi a única faixa do trabalho a ser executada, infelizmente.

“Cirice”, outra faixa de Meliora trouxe novamente o peso das guitarras do grupo, que mostraram excelente entrosamento ao vivo. Sombria e densa, a faixa acabou trazendo a atmosfera mais obscura que a música do grupo por vezes apresenta. Papa Emeritus com classe e “elegância” conduziu a apresentação de forma comunicativa, o que parece ser uma nova direção apontada pelo “personagem”. Afinal, a batina causava limitações à sua performance. “Year Zero” trouxe Infestissumam (2013) ao culto, e mostrou que a faixa é uma das preferidas do público que entoou “Belial, Behemoth, Beelzebub, Asmodeus, Satanás, Lucifer” como se estivesse invocando os citados demônios. “Absolution”, mais uma faixa de Meliora, se fez presente.

“Do you want a HEAVY song”, indagou Emeritus e logo veio “Mummy Dust”, uma das faixas mais pesadas da banda (senão a mais pesada) e que ao vivo ganhou contornos ainda maiores. Riffs bem trabalhados e bateria mais agressiva que o habitual (em se tratando do grupo) mostraram que o Ghost é uma banda de Heavy Metal sim! E os teclados deixaram um clima sombrio em sua execução. No encerramento, Emeritus pediu que todos tivessem ao final da noite um orgasmo. Era a deixa para “Monstrance Clock”, cantada em uníssono por todos. Assim, acabava apresentação do grupo, que infelizmente contou com apenas 40 minutos de show. E deixou em todos os presentes (mesmo naqueles que não estavam lá para assisti-los) uma sensação de precisamos urgente de um show completo da banda por aqui, pois faltaram muitas músicas dos primeiros dois álbuns. Fica a dica e uma constatação: A banda é muito boa ao vivo!

 

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