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ROCK NA CASA 3 PIT PASSAREL – A VIPER EXPERIENCE / KING OF BONES / SIOUX 66 / MISS PEPPER

Assim como o “Rock Na Praça”, o “Rock Na Casa” – outro dos diversos eventos que o idealizador Fabricio Ravelli tem realizado na cidade de São Paulo -, chegou a sua terceira edição. O nome refere-se à Casa de Cultura Chico Science, que antes era conhecida como Casa de Cultura do Ipiranga, já que se localiza no tradicional bairro paulistano de mesmo nome. E apesar da boa divulgação que teve, alguns fatores afastaram muita gente do evento. Um deles foi o frio e a tarde chuvosa. O outro foi o fato de que, na mesma data, a Seleção Brasileira de Futebol enfrentaria a indesejável seleção alemã, ambas disputando a inédita Medalha de Ouro na grande final da Olimpíada do Rio 2016. Levando isso em consideração, é possível dizer que, ainda assim, a quantidade de pessoas que compareceu até que foi razoável.

Quem abriu os trabalhos foi a banda feminina de Hard Rock Miss Pepper, que realizou uma apresentação empolgante. Paolla Arcanjo (vocal), Mel Sant’Ana (guitarra), Gabi Lima (baixo) e Lynda Bz (bateria) tocaram todas as músicas de seu EP de estreia, “Road, Roses And Time” (2015) – incluindo “Drive”, que é conhecida por seu videoclipe -, além de covers de Rolling Stones, Led Zeppelin, Vixen, Johnny Cash, ZZ Top e Joan Jett.

Além destas, o show trouxe as inéditas “The Devil In Me” e “I’m In The Band” – música que integrará a coletânea da Gang da 13, coletivo de bandas que apoia os eventos de Fabricio Ravelli. Em conversa com a ROADIE CREW, Paolla comentou a participação: “Foi maravilhoso tocar nessa edição do ‘Rock Na Casa’, não só pelo fato de termos dividido palco com grandes bandas, mas também por termos feito parte deste projeto que possui uma iniciativa tão interessante.” E a vocalista comemorou: “Para nós, como banda autoral, foi extremamente gratificante recebermos um feedback tão positivo em relação às nossas músicas, principalmente porque havia muitas pessoas que sequer tinham ouvido falar da Miss Pepper e, ao final do show, elas nos parabenizaram e se interessaram em conhecer melhor o nosso trabalho. No final do dia, sem dúvida alguma, isso é o que faz o nosso esforço valer a pena.”

Pouco antes das 17h, a segunda atração a pisar no palco foi o Sioux 66, grupo que há cinco anos tem rodado o cenário paulistano. Igor Godoi (vocal), Bento Mello e Mika Jaxx (guitarras), Fábio Bonnies (baixo) e Gabriel Haddad (bateria) abriram com música nova, “Caos”, que deixou escancarada a influência do Guns N’Roses na banda. Com uma apresentação energética e boa movimentação em palco por parte de Bonnies, Godoi e, principalmente, Bento Mello – que em alguns momentos chegava a subir na caixa de retorno, enquanto executava as bases de guitarra -, o Sioux ia mostrando seu Hard Rock com pegada Rock And Roll através de várias músicas de seu primeiro álbum, “Diante Do Inferno” (2013). Entre elas estavam as pesadas “Diante Do Inferno”, “Porcos” – que conta com um clipe hilário, que alfineta a postura trivial de muitos dos governantes do nosso país -, “Mentiras” (com cara de Faster Pussycat em certas passagens mais pesadas), “Você Não Pode Me Salvar” e a balada “Seus Olhos Não Brilharão Mais”.

A banda também tocou alguns covers, e claro que entre eles havia Guns N’ Roses, no caso, “Nightrain”, que antecedeu o breve solo de guitarra de Jaxx, que foi emendado com trecho de uma versão bem bacana e inusitada de “Black Or White”, hit do saudoso rei do Pop, Michael Jackson. Falando em cover inusitado, a banda ainda mandou a pesada “Calibre” do Paralamas do Sucesso e “O Tempo Não Pára” de Cazuza (com Godoi ao violão e voz), só que, logicamente, ambas com a pegada do Sioux 66. Outras três músicas novas foram apresentadas, “Tudo Que Restou”, “Meu Lugar” e “Minerva”, até que o quinteto encerrasse sua apresentação com “Outro Lado”, única representante do homônimo EP de estreia, que a banda lançou em 2012. Algo que prejudicou um pouco o grupo foi a qualidade do som, que estava bastante “vazado”, certamente devido à estrutura local e ao fato de o lugar ser grande e não estar cheio. Além disso, a pele de resposta da caixa do bom baterista Haddad, ressoava um “pim” bem agudo a cada batida.

Quase meia hora após o Sioux 66 deixar o palco, a introdução mecânica preparou terreno para o King Of Bones, que recentemente participou também da primeira edição do “Rock Na Porta”, outro importante evento realizado por Fabricio Ravelli, na frente da lendária loja Woodstock Discos. O grupo entrou em cena tocando uma dobradinha de músicas novas de seu repertório, “No Way Out” e “Hold Me Closer”. Contando com uma regulagem de som melhor, o grupo não foi tão prejudicado quanto a banda antecessora e isso deu clareza ao vocal de Julio Federici e à guitarra de Rene Matela e ao baixo de Rafael Vitor, assim como também para os vocais de apoio dos dois instrumentistas e de Renato Nassif (bateria), que acabaram soando tão bons quanto no álbum de estreia da banda, “We Are The Law” (2013). Na sequência, foi a vez de “Find Your Salvation”, uma das mais legais do ‘debut’. Após “No More Lies”, outra das novas, Federici perguntou: “Quem aqui está preocupado com o jogo do Brasil ou com as Olimpíadas?”. Com a negativa do público, o vocalista afirmou: “Hoje o dia é de Heavy Metal!”.

Falando em Heavy Metal, é essa a linha de som que o King Of Bones segue, tanto que em “Blinded By Faith”, o próprio vocal de Federici mostrou semelhanças com o de Bruce Dickinson. No entanto, há linhas vocais em algumas músicas da banda que flertam diretamente com o AOR, enquanto que outras, como a ótima “Black Angel”, por exemplo, são Hard Rock puro. Os riffs e a levada dessa lembravam muito o Hard do início dos anos 90, principalmente, devido ao peso. Falando nisso, parte do peso do grupo tem a ver com a pegada do baterista Renato Nassif e aos riffs de Matela. No geral, além da citada “Find Your Salvation”, o King Of Bones tocou apenas outras duas de seu primeiro álbum, já que preferiu apresentar várias do novo, que está prestes a ser lançado, sob o título “Don’t Mess With The King”. Ao final da apresentação, o mestre de cerimônias do evento, Marcelo Pimentel, da Gang da 13, rasgou elogios à banda e em particular à Júlio Federici.

A grande expectativa da noite para a maioria das pessoas presentes, era para o primeiro show de Pit Passarell com seus novos companheiros. Como o Viper está parado, o baixista não perdeu tempo e se reuniu recentemente com o vocalista Leandro Caçoilo (Eterna, Soulspell e Seventh Seal), com os guitarristas Ricky Mourão (Ricky Mourão Band) e Diego Bortot (Damata Rock) e com o baterista Marcelo Campos (Salário Mínimo, ex-Trayce), para tocar o material de sua consagrada banda. A euforia tomou conta quando a introdução instrumental “Illusion”, do clássico álbum “Theatre Of Fate” (1989), do Viper, começou a rolar no som mecânico. E antes mesmo dela acabar, a Pit Passarell – A Viper Experience entrou no palco sem Caçoilo. Após um breve, “bem vindos”, de Pit, a banda deu início com a Punk “Coma Rage”, com ele mesmo fazendo o vocal. Na sequência, duas do aclamado “Evolution” (1992), “Dead Light” e a própria “Evolution”, que agitaram à todos, principalmente os fãs, que cantavam entusiasmados, já que muitos ali estavam matando saudade de ver músicas desse álbum sendo cantadas por Passarell, que já entrou em cena bem agitado.

Na primeira pausa, Pit trouxe ao palco a sua filhinha e, brincando, a apresentou a todos, dizendo que ela era a nova vocalista do Viper. Assim que a garotinha se retirou, Pit finalmente chamou ao palco o tarimbado Leandro Caçoilo, que chegou assumindo o microfone e mandando muito bem em “To Live Again” e em “A Cry From The Edge”, ambas também de “Theatre…”. Daí então, Leandro passou a vez novamente para Pit Passarell, que puxou a estrofe da balada “The Spreading Soul”, sendo seguido pelo restante da banda. O curioso é que em “Evolution” essa música foi gravada de maneira acústica, apenas violão e voz. Mas o resultado até que ficou interessante. Vale dizer que como Pit estava um tanto quanto “aéreo”, deixava de cantar algumas partes, e então o atento Ricky Mourão prontamente cobria os “buracos” deixados por Pit. Como sempre aconteceu nos shows do Viper, uma das mais comemoradas pelo público foi “Living For The Night”. Após o dedilhado inicial, em que apenas o público cantou, Pit parou a música e pediu permissão aos fãs, para que deixassem a banda recomeçá-la, para Caçoilo cantá-la.

Depois dessa, Pit apresentou a banda e anunciou “Rebel Maniac”, um dos hinos do Viper, que em “Evolution” já dava mostras da pegada Punk que viria ainda mais forte em “Coma Rage”. Ao final dessa, Fabricio Ravelli foi chamado ao palco. O responsável pelo “Rock Na Casa” chegou avisando que o Brasil havia conquistado o Ouro no futebol masculino, com a vitória nos pênaltis sobre a Alemanha, mas a reação do público foi um tanto quanto indiferente à notícia dada (que moral, hein CBF?). E Ravelli aproveitou a ocasião para comentar sobre todos esses eventos que têm realizado na capital paulistana e também da fundamental importância da presença do público neles, para que tais eventos continuem acontecendo e fortalecendo a Cultura Rock na cidade. Assim que se despediu, o próprio Fabrício incumbiu-se de anunciar a próxima música que a banda de Pit tocaria, “H.R.”, única representante do disco de estreia do Viper, “Soldiers Of Sunrise” (1987). Dali para frente, veio uma sequência de covers, que começou com um ‘medley’ entre “Running Free” (Iron Maiden) e “Breaking The Law” (Judas Priest) – que não estava programada, e sim “I Fought The Law” (The Clash) e “We’re Not Gonna Take It” (Twisted Sister) -, e a imortal “Ace Of Spades” (Motörhead), que encerrou a terceira edição do “Rock Na Casa”. Ao final do show, Pit garantiu que essa formação é, sim, o novo Viper, e que em breve eles começarão a pensar em músicas novas para um próximo trabalho.

Algo que incomodou e atrapalhou as bandas foi o exagero no uso da fumaça cenográfica, que em vários momentos prejudicava o público de enxergar o palco. Apenas no show do King Of Bones a fumaça não foi usada. Algo que as pessoas também comentavam e reclamavam entre elas, era o fato de não haver nenhum estabelecimento de alimentação próximo do Centro Cultural Chico Science. Seria interessante se nas próximas edições fosse providenciada alguma barraca ou automóvel específico para isso, assim como foi feito no “Rock Na Porta”. Porém, a boa notícia é que quando Fabricio Ravelli subiu no palco no meio do show da banda Pit Passarell – A Viper Experience, ele aproveitou para anunciar a quarta edição do “Rock Na Praça”, que acontecerá em novo local, agora no Vale do Anhangabaú, no próximo dia 04 de setembro, tendo como atrações as bandas Glória, Kisser Clan, Korzus e Angra (que contará com a participação de convidados). E nós estaremos lá!

PIT PASSAREL – A VIPER EXPERIENCE – Setlist:
Intro – Illusions
Coma Rage
Dead Light
Evolution
To Live Again
A Cry From The Edge
The Spreading Soul
Prelude To Oblivion
Living For The Night
Rebel Maniac
H.R.
Running Free (Cover do Iron Maiden) / Breaking The Law (Cover do Judas Priest)
Ace Of Spades (Cover do Motörhead)

KING OF BONES – Setlist:
Intro
No Way Out
Hold Me Closer
Find Your Salvation
Walking On The Edge
No More Lies
Blinded By Faith
Black Angel
Heroes
Dry Your Eyes On Me
Wherever You Are
Point Of No Return
We Are The Law

MISS PEPPER – Setlist:
Drive
I Hate Myself (Cover da Joan Jett)
Sympathy For The Devil (Cover do Rolling Stones)
Drowning
Immigrant Song (Cover do Led Zeppelin)
Ring Of Fire (Cover do Johnny Cash)
The Devil In Me
Edge Of A Broken Heart (Cover do Vixen)
On The Way
Gimme All Your Lovin’ (Cover do ZZ Top)
I’m In The Band
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