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ROCK NA PRAÇA 4.9

Uma bela notícia para os headbangers paulistas foi a volta do festival Rock Na Praça, evento que já nasceu grande e tem como pilares e mestres de cerimônia Fabricio Ravelli e Marcello Pompeu (Korzus). Essa edição de retorno de foi um pouco diferente, pois contou com seis bandas de abertura, cuja participação se deu por conta de uma votação via Facebook ocorrida dias antes do evento, cujas vencedoras foram Attractha, Kamboja, Armahda, Valvera, Eutenia e Trayce. E o sexteto de bandas está participando de uma segunda votação (via Instagram), sendo que a mais votada participará da próxima edição do evento, que será comentado no fim da resenha. Junto a esse time, o evento contou dessa vez com dois headliners: o Voodoopriest e a instituição do rock’n’roll Made in Brazil.

Previsto para as 12h, os shows tiveram início uma hora depois com o Attractha. Nem o fato do público ainda estar chegando e um calor digno de um deserto. Praticantes de um som que se situa entre metal tradicional e o prog, com toques de formações como Adrenaline Mob e Stone Sour, Cleber Krichinak (vocal), Ricardo Oliveira (guitarra), Guilherme Momesso (baixo e backings) e Humberto Zambrin (bateria) enfrentaram problemas no set, desde problemas na pedaleira do guitarrista e nos microfones dos backings. Mas isso não ofuscou o show e os músicos mandaram sons de toda sua carreira, com destaque para a trinca “231” e seus solos virtuosos, “Victorious”, dona de bela interpretação vocal e o groove de “Payback Time”, todas do seu já vitorioso álbum “No Fear to Face What’s Buried Inside You” (2016). “Poder participar de um festival com a iniciativa do Rock na Praça é sensacional, ainda mais emocionante pra nós porque fomos escolhidos por voto popular, com isso podemos ver que o projeto está se consolidando e ficando melhor a cada edição”, declarou o baterista Humberto Zambrin.

Às 13h50 a segunda banda do dia, Kamboja, iniciou seu set com seu rock’n’roll pesado, divertido, bem sacado e com letras “para maiores”. Bem aceitos pelo público, o quarteto mostrava a sua nova formação, que conta com Fabio Maka (vocal), Marcelo Araujo (guitarra, Motorguts, ex-Firebox), Mauro Catani (baixo) e o lendário Paulão Thomaz (bateria), tivemos um set marcado pela diversão e pelos discursos de Maka, que dividem opiniões. “Viúva Negra”, a energética “Contagem Final”, “Batendo de Frente”, “Se Deus Pudesse Me Ouvir”, “Loco Motiva” e “Virtual” foram as músicas que saciaram os camisas pretas, que já estavam em ótimo número no espaço. “Foi um passo a frente para o Kamboja, um troféu depois de tantas dificuldades que passamos, muita luta, mudança de integrantes e tudo mais. Estar nesse palco foi uma vitória. Estamos muito felizes, foi perfeito, esse projeto nasceu perfeito”, comentou Paulão Thomaz.

A metade da seletiva teve início às 14h40 com o Armahda. Representante do “Levante do Metal Nativo”, movimento que retrata a história do Brasil, Maurício Guimarães (vocal), Renato Domingos (guitarra), Alê Dantas (guitarra), Paulo Chopps (baixo) e João Pires (bateria) mandaram seu metal tradicional de pegada germânica. Descrição vista e ouvida logo na abertura com “Ñorairô” e com a pesadíssima “Echoes From the River”. Porém, “Canudos” e “Paiol em Chamas” foram os pontos altos do show. A primeira, com a sua levada regional fundida ao peso, e a segunda um massacre para bangear. Set memorável, onde no intervalo das músicas, os presentes bradavam o nome da banda. “A sensação foi incrível para o Armahda. Tocamos na frente de um local histórico que é a Galeria do Rock, no tradicional evento que é o Rock na Praça. Levar a História do Brasil com metal para um publica variado e de forma gratuita não tem preço. Todas as tribos reunidas num só palco foi incrível. Agradecemos muito a todos que votaram, estiveram presentes e pediram músicas, é assim que percebemos a força que a cena tem e não vai morrer nunca”, declarou Maurício Guimarães.

O nível musical continuou alto com o Válvera. Apostando em músicas fortes, visual e muita energia, Glauber Barreto (guitarra e vocal), Rodrigo Torres (guitarra), Jesiel Lagoin (baixo) e Rafa Hernandez (bateria) começaram quebrando tudo (no bom sentido) em “Cidade em Caos” e “Extinção”, ambas redondas e que ganharam um brilho a mais com a performance do grupo, em especial do baixista, à la Steve Harris (Iron Maiden). A nova “Demons of War”, que estará no novo álbum, “Back to Hell”, encerrou o curto set do quarteto, que agradará em cheio fãs de Metallica, Black Label Society e The Almighty. “É difícil explicar com palavras a sensação de tocar em um festival como o Rock Na Praça. Até agora ainda tem adrenalina correndo nas veias, ao lembrarmos o momento, em cada foto e vídeo que vemos ou em cada mensagem que recebemos da galera”, comentou Glauber Barreto.

Após o show do Válvera tivemos uma mudança de estilos. O metal dava espaço ao metalcore com a galera do Eutenia. Mesclando peso, vocais limpos e rasgados com refrãos que esbarram no pop, Andre Navacinsk (vocal), Diego Inhof (guitarra), Bruno Ricardi (guitarra), André Perucci (baixo) e o novo batera Jon Levischi (bateria, ex-Rygel e Seventh Seal) cumpriram sua missão fazendo a galera agitar bastante. Principalmente em “Cólera”, com seu refrão viciante e a pesadona “Dríade”, que fechou o set do jovem quinteto. “Estivemos em todas as edições anteriores acompanhando o festival, imaginando quanto tempo demoraria estarmos lá em cima, e nem os mais otimistas imaginaram que dali um ano estaríamos lá! Nada de brigas, confusão, só uma boa galera esperando ouvir um bom e velho Rock e Metal passeando pelas suas vertentes, e que, nessa edição foi muito bem servida”, disse Diego Inhof.

A primeira fase do evento chegava ao fim com a apresentação do Trayce, às 17h. Com novo disco, “Miragem”, nova formação e agora cantando em português, o quinteto, que conta hoje com Raphael Castejon (vocal), Alex Gizzi (guitarra), Fabricio Modesto (guitarra e vocal), Rafa Palmisciano (Baixo) e Cadu Gomes (bateria), focou o set no novo trabalho. Mais densa, sombria e pesada, a nova fase foi representada por sons como “O Culto”, “Corpo Fechado” e “Domadores”, que encerrou o show, mostrando que a entrada de Castejon foi certeira, mostrando versatilidade e boa performance de palco. “O público compareceu em peso, as bandas se doaram de corpo e alma, a produção e equipe foram impecáveis e nossos queridos fãs cantaram as músicas conosco do começo ao fim. Um show que ficará para sempre em nossas memórias. Foi, sem dúvida, uma de nossas melhores experiências como banda!”, comemorou Alex Gizzi.

Encerrada a fase das bandas de abertura, às 18h o primeiro headliner da noite entra ao palco: o Voodoopriest. É incrível a energia que emana que o quinteto formado por Vitor Rodrigues (vocal), Cesar Covero (guitarra), Renato De Luccas (guitarra), Bruno Pompeo (baixo e backings) e Edu Nicolini (bateria) fizeram um set pesado, enérgico e intenso. Mesclando sons do seu EP e do já clássico álbum, “Mandu”. “Dominate and Kill”, “Aftermath (Of Mass Suicide)” deram início a pancadaria. O nível elevou ainda mais com “Eye For an Eye”, cuja narração em português é de arrepiar e o maior clássico do grupo, “Mandu”, com seu groove e linha vocal que gruda na mente e a energética “Juggernaut”, que coroou o belo show do grupo, que é um dos melhores do país no estilo.

A festa chegava ao final com o Made In Brazil. Com 50 anos de estrada ininterruptos, Oswaldo “Rock” Vecchione (baixo, guitarra, voz e gaita), Celso “Kim” Vecchione (guitarra, baixo), Ivani ‘Janis’ Venâncio (backing vocals), Rubens Nardo (backing vocals), Guilherme Ziggy (guitarra), Octavio ‘Bangla’ Lopez (sax) e Rick Vecchione (bateria) deram uma aula de como se faz rock and roll. “Vou te Virar de Ponta Cabeça”, com suas guitarras deliciosas e a dançante Gasolina foram apenas o começo. A intimista “Amanhã é Outro Dia” foi um dos pontos altos da noite, que contou com uma atuação inspirada de Rubens Nardo. “Anjo da Guarda” e “Jack o Estripador” foram outros destaques, evidenciando mais uma vez que música boa não tem prazo de validade. Infelizmente a festa chegou ao fim com “Minha Vida É Rock and Roll” e “Uma Banda Made In Brazil” coroaram essa edição do Rock na Praça.

Excelente público e apesar do problema no som de algumas bandas, principalmente nos microfones dos backing vocals, iniciativas como essa devem ser incentivadas. Comparecendo, sem tretas, sem patifaria, mostrando que queremos condições justas para ver e ouvir (e cultuar) a nossa música. Vale lembrar que a próxima edição do evento já tem data, local e novidades. Acontecerá no dia 8 de outubro, no Vale do Anhangabaú, com dois palcos e três headliners, que serão anunciados nos próximos dias.
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