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ROCK NA PRAÇA

A cidade de São Paulo recebeu (ou proporcionou) no último domingo, dia 13 de dezembro, a primeira edição do “Rock na Praça“, um evento ‘open air’ gratuito, que agitou a famosa Rua 24 de Maio, em frente ao tradicional edifício da Galeria Do Rock, o que atraiu um público estimado entre três a cinco mil pessoas. O projeto foi idealizado pelo renomado Fabrício Ravelli, músico que atualmente é vocalista e guitarrista do Imbyra, e que fez seu nome como baterista do lendário Harppia e do grupo norte-americano de Thrash Metal Hirax, além de apresentar o programa Contraponto, da AllTV. Porém, até que visse a sua ideia se transformar em realidade, Ravelli teve de lidar com diversas reuniões, mas ao menos tudo acabou dando certo, graças não somente ao seu empenho, como também ao apoio da Prefeitura de São Paulo e da CIATA (Centro de Inclusão Através da Tecnologia Assistida), e da realização por parte da Muqueta Records.

Alguns dias antes, Ravelli divulgou a seguinte nota: “Este é um sonho que tenho há muitos anos e que, finalmente, consegui tornar realidade. Vamos começar a incluir a cultura Rock no calendário de eventos da cidade e promover grandes ações para que o público se divirta de forma alegre e segura. Nosso objetivo é sempre trazer nomes relevantes da música, além de dar oportunidade para que os novos talentos se apresentem para um grande público. Obrigado a todos que acreditaram e seguem trabalhando para levar não só um show, mas várias edições. Agradeço também ao meu amigo e parceiro Marcello Pompeu, que acreditou e chancelou esse projeto. Portanto, vamos mostrar a todos que a nossa cena representa a cultura de paz, o social, a amizade e, acima de tudo, a vontade de mudar o que vemos de errado, por meio da música, da arte e, cada vez mais, conquistarmos nosso merecido espaço”. Quanto ao cast escalado para essa primeira edição, Fabrício explicou que foram escaladas bandas consagradas, no caso, Project 46, Nervosa, Worst e Pompeu & Amigos, para ajudar na divulgação. Mas a partir da próxima – que deverá ocorrer em abril de 2016, ainda sem lugar definido -, o espaço será dado aos grupos independentes, que terão a chance de dividir o palco com outros de maior expressão.

E quem ficou incumbido de dar início ao evento foi justamente Marcello Pompeu & Amigos. Pontualmente às 15h00, o tarimbado vocalista do Korzus e também produtor musical subiu ao palco e antes de tocar fez as honrarias, convidando Fabrício Ravelli para ficar ao seu lado, enquanto ele explicava a todos que foi graças ao esforço do idealizador que aquilo estava acontecendo. Também esclareceu que o sucesso e a permanência do evento dependiam da organização de todos, pedindo que não usassem de violência e nem vandalizassem o local. Marcello, inclusive, solicitou que se alguém ali presenciasse alguma pessoa desrespeitando tais solicitações, que conversasse e pedisse que segurasse a onda. Dito isto, Pompeu convocou seus amigos ao palco, o guitarrista Heros Trench (seu companheiro de Korzus e de produção), o baixista Fabio Romero (Threat), e seus ex-colegas de Korzus da época do álbum “KZS” (1995), Marcelo “Soldado” Nejem (guitarra, atual Coração de Heroi) e Fernandão Schaefer (bateria, Worst).  E os cinco começaram detonando com uma trinca impecável de “KZS”, com “Internally”, “Sadness” e “Namesake”.

Na primeira pausa, Pompeu deu a triste notícia da morte de Sandro “Bongiovi”, figura bastante conhecida da noite paulistana devido aos seus trabalhos como vocalista de bandas covers de Bon Jovi, Poison, Mötley Crüe, Black Label Society, entre outras. Sandro havia falecido durante a madrugada, vítima de um ataque cardíaco e foi homenageado com o hino “Breaking The Law”, do Judas Priest. Na sequência foi a vez da inusitada “War Machine” do Kiss, que ganhou viradas de bateria monstruosas de Fernandão. Em dado momento, Romero desceu do palco para tocar e agitar próximo do público, próximo a grade que separava as pessoas e o palco. Pompeu avisou que era hora de prestar outra homenagem e dos headbangers abrirem rodas, sendo prontamente atendido quando sua banda iniciou “Beber Até Morrer”, do Ratos de Porão. Os cinco não poderiam abandonar o palco sem outra dose de pancadaria, e a missão foi cumprida em dose dupla de Slayer: “South Of Heaven” e “Reign In Blood”.

Ao final de cada apresentação, integrantes das bandas deixavam o palco e atendiam a ROADIE CREW para falar sobre o “Rock na Praça”, começando pelo próprio Marcello Pompeu: “Não se esqueçam do nome do Fabrício Ravelli. Mais para o final de 2016 vocês saberão o porquê que a gente tanto está falando nele. É um headbanger que veio me procurar e eu estou junto dele, pra darmos continuidade na nossa cena. Existem muito mais coisas que envolverão o ‘Rock na Praça’ e que a gente não pode falar ainda. Nesse momento são apenas shows, mas há uma profundidade nesse projeto que será muito longa”, disse. “Para mim, é algo que faltava em São Paulo, e estamos lutando muito, porque não é fácil defender o Rock perante a Prefeitura. Se fossemos do Funk tudo seria mais fácil, mas estamos fazendo por amor à cena e como uma forma de perdurar para que as próximas gerações tenham contato direto com a cultura. Neste âmbito é algo sensacional e todos devem apoiar o Fabrício para que não fique só nessa primeira edição e de cara esse projeto se estenda pra mais quatro anos”, acrescentou.

Ravelli retornou ao palco, agora acompanhado por três deficientes visuais, sendo um deles Cássio Santos, presidente da CIATA, que é uma instituição que cuida de crianças com a mesma deficiência, capacitando-as para o mercado de trabalho. Ele e Cássio ressaltaram a proposta de inclusão social e fomentação cultural que o “Rock na Praça” tem como uma de suas metas. Após agradecer, Cássio e seus dois amigos se sentaram na ala dos fotógrafos em frente ao palco para acompanharem a próxima atração.

A jornada era dupla para Fernandão Schaefer, que estava de volta ao seu kit de bateria, dessa vez com sua própria banda, o Worst, que colocou a fúria de seu Hardcore a disposição dos presentes, dando início ao massacre sonoro com “Vencedores”. E já que falamos de inclusão social a portadores de deficiência, vale ressaltar que essa música tem um refrão muito forte que diz “Vencedores vencem dores” e, além disso, ela recebeu um videoclipe onde alguns cadeirantes que são atletas de Basquete Adaptado, aparecem ao fundo jogando enquanto a banda toca. No final do vídeo, todos eles relatam o motivo que os levou a cadeira de rodas e também o ingresso no esporte. Experiente por suas passagens por Korzus, Rodox, Pavilhão 9, Paura, The Silence e Treta, Schaefer está muito bem acompanhado por músicos que também têm bastante bagagem: Thiago Monstrinho (vocal – Medellin, RHD, Presto? e Chorume), Tiago Hospede (guitarra – Dead Fish e Chorume) e Ricardo Brigas (baixo – Musica Diablo e Broken Heads).

O grupo estava divulgando seu terceiro álbum, “Instinto Ruim”, e mandou mais uma dele na sequência, a impiedosa “Conquistar”. As letras do Worst não aliviam para nada e nem para ninguém, sendo assim, Monstrinho aproveitou a primeira pausa após a execução de “Transbordando Ódio” para esbravejar sem dó contra o momento atual da política brasileira, sendo ovacionado pelo público. Além de perfeito domínio do palco, o vocalista tinha o público nas mãos, sendo assim, a cada manifestação sua de ódio e repúdio contra tudo o que apontava ser errado em nosso cotidiano, as pessoas reagiam positivamente.

Aliás, as letras estavam na ponta da língua de muita gente, e músicas como “Conquistar”, “Que Se Foda”, “Guerra” e “A Violência É Incrível”, mostraram um pouco mais da fúria inserida no novo álbum. Mas os antecessores, “Te Desejo Todo O Mal Do Mundo” (2012) e “Cada Vez Pior” (2014), não foram esquecidos, tendo em vista que deles a banda tocou petardos como “Não Pode Ver Paz”, “Enterrado”, “Vícios”, e “Sem Dó”. O Worst teve boa reciprocidade dos fãs e durante toda a apresentação eles abriram diversas rodas, principalmente quando o grupo tocou “Acreditar”, tendo Alex Palaia do La Raza e Fernando Vitti do Addiction dividindo os microfones com Monstrinho.

Um dos melhores momentos aconteceu quando a banda mandou sua versão de “Urban Discipline” – presente no último disco – do icônico grupo nova-iorquino de H.C., Biohazard. Infelizmente, não deu tempo de tocarem “Precipício”, então, respeitando o cronograma, o Worst se despediu com a música que dá nome ao seu álbum de estreia.

Sob uma leve garoa que começava, Marcello Pompeu voltou para elogiar a todos que estavam na plateia e pediu que complementassem o nome do evento a cada vez que ele gritasse “Rock”. Também pediu que ninguém se esquecesse de Ravelli, salientando sua passagem pelo Hirax e pelo Harppia. Por sua vez, Fabrício perguntou se todos ali queriam que o projeto continuasse acontecendo em todo último domingo de cada mês. Obviamente que a resposta foi positiva. Cris e Ramirez da Muqueta Records e integrantes da banda Muqueta Na Oreia também fizeram seus elogios e cumprimentos.

Feito isso, convocaram as integrantes do Nervosa que estavam visivelmente cansadas devido ao show realizado na Bolívia na véspera do “Rock na Praça”. Porém, Fernanda Lira (vocal e baixo), Prika Amaral (guitarra) e Pitchu Ferraz (bateria) não mediram esforços e entraram detonando com “Twisted Values”. Ao final, o público mostrou reconhecimento e gritou o nome da banda. Mas o som estava baixo, principalmente o da guitarra de Prika, então algumas pessoas das primeiras filas começaram a pedir para que aumentassem. A guitarrista atendeu aos pedidos e tudo ficou nivelado a partir de “Invisible Oppression”, música que faz parte do EP “Time Of Death” (2012). Contando com a experiência obtida, principalmente na recente turnê de divulgação do álbum de estreia “Victim Of Yourself” (2014), que passou por 16 países da Europa, o trio se mostrou mais a vontade e com simpatia Fernanda ia conversando e cumprimentando os fãs nos intervalos das músicas.

Após a execução da música que nomeia o ‘debut’, Fernanda fez elogios ao público e a produção, e sob as luzes do palco que começavam a serem acesas mandou “Nasty Injury”. A partir de “Envious”, a vocalista passou a sofrer com microfonias constantes, e a todo instante ia até o técnico de som pedir que ele abaixasse o volume de seu microfone, a fim de evitar tal falha, porém, custou para que o mesmo resolvesse o problema. Assim que foi resolvido, Fernanda Lira aproveitou para apresentar suas companheiras de banda e ao anunciar o nome de Pitchu, a baterista fez um breve solo, mostrando sua pegada pesada. O final do show veio com duas das músicas mais celebradas pelos fãs, “Urânio Em Nós” e “Masked Betrayer”, também do EP e que ficou famosa por seu bem visualizado videoclipe.

A banda se despediu sendo bastante saudada e Fernanda e Prika, respectivamente, deixaram suas impressões à ROADIE CREW. “Estamos felizes por termos acabado de tocar no “Rock Na Praça”. Essa foi uma das ideias mais geniais dos últimos tempos: Rock em um domingão à tarde pros metaleiros loucos… Não tem coisa mais legal e acho que a cena estava precisando de algo assim para motivar a todos. E a maior prova de que a cena está viva e fervendo foi dada aqui, com algumas bandas levantando a bandeira do Metal, do Rock e do Hardcore e trazendo milhares de pessoas em um domingão pra bater cabeça. Tem que ter mais, tem que ter todo mês e pra sempre, porque a gente curte pra caralho! Pra nós foi uma puta honra esse convite!” – comemorou Fernanda. Prika complementou: “É do caralho poder tocar em casa e não dever nada pra show nenhum na Europa. Isso é maravilhoso, a galera vir, apoiar e a gente ver que a cena não está morta. Precisamos de caras como o Fabrício pra dar a cara a tapa e representar toda essa galera. Temos que incentivá-lo e apoiá-lo porque a cena do Brasil, principalmente a de São Paulo, me enche de orgulho. A galera lá fora pira muito no Brasil e é muito bom poder fazer parte de tudo isso. Estou sem palavras, não consigo nem me expressar, pois estamos vivendo um sonho”. A guitarrista também falou sobre os projetos do Nervosa para 2016: “Dia 7 de janeiro embarcaremos para os Estados Unidos para começar a gravar o nosso novo disco, e em fevereiro faremos uma turnê por lá, que deverá durar um mês ou um mês e meio”.

Já estava ameaçando cair a noite, mas ninguém arredava pé do local, com o intuito de conferir a atração principal, o Project46. Então, Fabrício subiu para anunciar a banda e com a afirmativa do público ao perguntar se todos queriam assistir a maior sensação do Metalcore nacional no momento, teve uma sacada genial ao dizer “Que Seja Feita A Nossa Vontade” – nome do novo álbum do grupo, que foi lançado em 2014. Com participações em eventos grandiosos como “Monsters Of Rock”, “Maquinaria Chile” e “Metal All Stars”, Caio MacBeserra (vocal), Jean Patton e Vinicius Castellari (guitarras), Rafael Yamada (baixo) e Henrique Pucci (bateria, ex-Paura) se consagraram após uma performance elogiada no mega festival “Rock In Rio”. Dessa forma, o grupo que é, talvez, o maior nome da nova geração do Metal nacional, entrou com o jogo ganho, tocando a pesadíssima “Erro +55” de seu novo álbum. O curioso é que logo nessa primeira música a banda já contou com um convidado, que foi ninguém menos do que Thiago Monstrinho do Worst.

A euforia que o grupo causa é tanta, que o setor reservado para os fotógrafos simplesmente foi invadido por várias pessoas que não estavam credenciadas e que foram agitar. Alguns mais afoitos, e outros embriagados, esbarravam nos profissionais que ali trabalhavam. Mas a coisa logo foi resolvida quando Pompeu apareceu no setor pedindo que entendessem o espaço reservado. Em nome do bom senso, as pessoas compreenderam e liberaram a área sem nenhum problema. A agressividade sonora continuou com “Caos Renomado”, música de abertura de “Que Seja Feita A Nossa Vontade”. O grupo não deixou passar batido o álbum de estreia “Doa A Quem Doer” (2011), e começou a revisitá-lo através da dobradinha com “Impunidade” e “Capa De Jornal”. Daí para frente, a brutalidade comeu solta com a banda equilibrando seu show com músicas de ambos os álbuns, aí vieram tijoladas como “Empedrado”, “Atrás Das Linhas Inimigas” e “Violência Gratuita”.

Falando nas atuações individuais do grupo, MacBeserra mostrava bastante atitude, soltando os cachorros quando se referia a questões político-sociais; A dupla Patton e Castellari mandava riffs graves vigorosos, compensados por muita melodia nos solos; Yamada não só multiplicava o peso, mas mostrou que sua função é fundamental nos vocais de apoio; E lá atrás, Henrique Pucci aliava ‘punch’, técnica e precisão. O cara simplesmente mostrou o porquê de estar entre os grandes bateristas do país. Sem dúvida, o ponto alto do show do Project 46, como sempre, se deu com “Foda-se (Se Depender De Nós)”, já que o refrão é sempre cantado com sangue nos olhos por Caio e pelos fãs. “Acorda Pra Vida” colocou ponto final em quase seis horas de muito Thrash Metal e Hardcore e também na primeira edição do “Rock na Praça”.

Integrantes de todas as quatro bandas se juntaram no palco para a foto final, enquanto Fabrício agradecia a todas as pessoas, rasgando elogios a elas não só pela presença, mas pelo comportamento exemplar. O baterista do Project 46 Henrique Pucci, revelou à ROADIE CREW a sensação que sentiu ao final do evento: “Foi uma ideia audaciosa, porque existem forças contra, não por maldade, mas porque para muitas pessoas, entender a linguagem desse tipo de evento é como se estivessem ouvindo alguém falar em chinês. Muita gente tem o pé atrás, achando que o público de Rock vai destruir tudo, e esse foi um puta exemplo que a galera se portou. E olha que nem precisou de segurança. Faço elogios tanto na questão de limpeza, quanto de sociabilidade, todo mundo se dando bem aqui. Pô, se o primeiro já foi assim, com as pessoas trabalhando sem querer dar passos maiores que a perna, conseguindo fazer um evento na rua em São Paulo e dar certo, certamente iremos lembrar disso aqui. Isso ainda vai melhorar muito, porque as pessoas envolvidas estão dando o sangue. Quem não veio aqui e ler isso, irá se arrepender porque foi foda”.

Não podíamos deixar de ouvir o responsável pelo evento. Bastante contente, Fabrício Ravelli falou aliviado: “A emoção está lá no topo. Não direi que não esperávamos esse resultado, porque a equipe que trabalhou se empenhou bastante. Mas não imaginávamos que fosse tão bom, com tanta gente. Estou feliz pela organização. Todas as bandas respeitaram os horários, não tivemos nenhuma incidência relatada pela polícia, milhares de pessoas abrindo o ‘circle pit’ e fazendo o ‘wall of death’ sem nenhuma briga… Enfim, isso mostra muito a quem não conhece, quem é a nossa cena. Esse projeto é pra isso, pra marcar a nossa cena e ocupar a cidade de São Paulo com a nossa cultura que é da paz e politizada. Me falaram aqui, que um capitão da Polícia Militar comentou que quando tem show de Rock na cidade, ele baixa o contingente, porque quase não tem brigas”. Confiante por esses exemplos, Fabrício finalizou ressaltando: “Já que é assim, vamos proliferar isso, fazer que a nossa cena tenha espaço na cidade, assim como outras culturas merecidamente também têm. Vamos mostrar em muitos setores, inclusive na política, que isso é possível e que merecemos o mesmo espaço, pois é só isso que queremos. Enfim, estou muito feliz, então vamos pra cima, pra outras edições acontecerem”. Parabenizamos a todos, público, organizadores e apoiadores, e ficamos na torcida para a continuidade do “Rock na Praça”.

PROJECT46 – Set list:
Erro +55
Caos Renomeado
Impunidade
Capa De Jornal
Vergonha Na Cara
Em Nome De Quem?
Na Vala
Empedrado
Atrás Das Linhas Inimigas
Violência Gratuita
Foda-se (Se Depender De Nós)
Acorda Pra Vida

NERVOSA – Set list:
Twisted Values
Invisible Oppression
Into Mosh Pit
Victim Of Yourself
Nasty Injury
Envious
Time Of Death
Death
Justice Be Done
Morbid Courage
Urânio Em Nós
Masked Betrayer

WORST – Set list:
Vencedores
Conquistar
Transbordando
Pesadelo
Que Se Foda
Acreditar
Guerra
Enterrado
Não Pode Ver Paz
A Violência É Incrível
Eu Te Odeio Também
Vícios
Urban Discipline (Cover do Biohazard)
Sem Dó
Te Desejo Todo Mal Do Mundo

POMPEU & AMIGOS – Set list:
Internally
Sadness
Namesake
Breaking The Law (Cover do Judas Priest)
War Machine (Cover do Kiss)
Beber Até Morrer (Cover do Ratos de Porão)
South Of Heaven (Cover do Slayer)
Reign In Blood (Cover do Slayer)

 

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