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ROGER HODGSON

Quer um exemplo de um trabalho bem feito? Mais do que isso, uma lição de como um verdadeiro artista tem que se comportar diante de um público que ama sua arte? Pois bem, isso foi demonstrado na plenitude durante o show apresentado por Roger Hodgson em São Paulo.

Num momento em que o mundo discute a crise que atinge os sistemas públicos de previdência, um senhor que completa 67 anos de idade no dia 21 de março próximo nem pensa na possibilidade de se aposentar. Ele demonstra um prazer e uma empolgação quase juvenil em fazer o que faz. Comunica-se o tempo todo com a plateia, fazendo comentários sobre cada música que vai tocar e até arrisca alguns comentários sobre fatos que afetam a vida das pessoas no seu dia a dia – como o transito complicado do dia do show por causa de greve dos transportes em São Paulo.

O espetáculo teve o que precisa ter para ser considerado ótimo: um cenário de palco simples, mas de muito bom gosto e iluminação magnífica; qualidade de som impecável; casa lotada; uma banda extremamente competente; e um repertório com músicas que venceram o desafio do tempo e causam arrepios nas pessoas há mais de quatro décadas, mescladas com composições mais recentes que trazem a mesma marca da inspiração de um gênio do rock.

E esse GÊNIO do rock merece essa referência com todas as letras maiúsculas porque, além do imenso talento musical como vocalista, multi-instrumentista e compositor, dá provas da sua grandeza também como pessoa, é daqueles que têm consciência do seu valor e não precisam ser arrogantes nem ter ataques de “estrelismo” como acontece com algumas celebridades de personalidade frágil. Durante o show, no momento em que iniciava a música “Child of Vision”, houve um problema técnico com seu teclado que é conectado a um computador. Roger não se abalou, pediu desculpas à plateia, fez até um comentário bem-humorado em relação ao fato “computador é bom, quando funciona”, aguardou alguns instantes e decidiu tocar outra música que não precisava daquele teclado. Enquanto isso técnico continuou tentando solucionar o problema. Quando terminou “Love Is a Thousand Times” voltou ao teclado, mas, novamente, o instrumento “travou”. Me lembrei imediatamente de um conhecido, e muito chato, bossa-novista brasileiro que, numa situação dessa, teria chutado tudo pro ar e abandonado o palco desrespeitando todo mundo que estivesse a sua volta. Mas Roger Hodgson não é desse tipo de gente, anunciou uma outra música (“Know Who You Are”) e depois, finalmente conseguiu voltar à sequência normal do seu setlist.

É natural que as músicas da fase do Supertramp causem maior agitação no comportamento da audiência, pois são clássicos de uma época em que a qualidade da programação das emissoras de rádio e TV na área musical era infinitamente superior ao que ocorre hoje. Mas é inegável que as composições da sua fase solo mantém o nível elevado que caracteriza toda sua obra.

Algo que merece ser festejado pelos fãs brasileiros é a simpatia que Roger sente pelo Brasil – manifestada de forma que me parece muito sincera – o que garante que ele continuará visitando nosso país com suas turnês. Quem tiver oportunidade de assistir aos seus shows pode ter certeza que não vai se arrepender.

Line up:
Roger Hodgson (vocal, guitarra, violão, piano, teclado)
Aaron Macdonald (saxofone, harmônica, teclado, backing vocals)
Bryan Head (bateria)
Armen Chakmakian (teclados, backing vocals)
David J. Carpenter (baixo, backing vocals)

Setlist
1. Take the Long Way Home  (Supertramp)
2. School (Supertramp)
3. In Jeopardy
4. Lovers in the Wind
5. Breakfast in America (Supertramp)
6. Hide in Your Shell (Supertramp)
7. Along Came Mary
8. The Logical Song (Supertramp)
9. Lord Is It Mine (Supertramp)
10. Death and a Zoo
11. If Everyone Was Listening (Supertramp)
12. Even in the Quietest Moments (Supertramp)
13. Love Is a Thousand Times
14. Know Who You Are (Supertramp)
15. Child of Vision (Supertramp)
16. Dreamer (Supertramp)
17. Fool’s Overture (Supertramp)
Encore:
18. Had a Dream (Sleeping With the Enemy)
19. Give a Little Bit (Supertramp)
20. It’s Raining Again (Supertramp)

 

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