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SATYRICON

Seis anos após sua histórica primeira passagem pelo Brasil, o duo norueguês Satyricon voltou ao solo tupiniquim e a Roadie Crew esteve presente no show da Capital Paulista. Assim, na noite de sábado, 11 de novembro, os fãs se dirigiram ao Fabrique Club, com a pista da casa já começando a encher pouco antes das 19h para acompanhar a apresentação da banda Patria. É certo dizer que o Patria é a maior banda de Black Metal atualmente no Brasil, tanto por sua qualidade de composições, quanto por suas produções, merchandising, divulgação, etc. Liderada por Mantus (guitarrista, Mysteriis) e o time que compõe a banda com o guitarrista Ristow, o baixista Vulkan, o baterista Abyssius e o vocalista e parceiro de Mantus, Triumphsword.

O quinteto começou a tocar pouco antes das 19h, horário anunciado para o início da apresentação da banda. A nova Now I Bleed abriu o set, seguida de Outrage, representando um dos melhores discos da banda: Individualism. Com o palco apertado por conta do set de bateria do Satyricon, já montado ali para os noruegueses, a banda mal cabia frente ao palco, fazendo com que Mantus assumisse um lugar mais ao fundo por conta de seus pedais. Mas ainda que com aperto, Triumphsword mostra como vem evoluindo enquanto frontman, se comunicando com público até mesmo através dos olhares e de suas reações. Sua interpretação também traz mais nitidez atualmente, com boa dicção da língua inglesa. Ponto para o vocalista!

O set ainda contou com Heartless, Nyctophilia, a grudenta Axis, Death’s Empire Conqueror e Culto das Sombras, clássico do EP Nox Aeterna. Estranhamente, foram apenas 30 minutos de apresentação, quando o previsto beirava a uma hora. Com isso, hinos como Infidels, Blood Storm Prophecy, e Orphan of Emptiness passaram longe do set. Ainda assim, uma abertura representando bem nós brasileiros mediante ao headliner norueguês.

Às 20h02 a dupla Satyr (vocal) e Frost (bateria) subiram ao palco acompanhados de Anders Hunstad (teclado), Neddo (baixo), além de os guitarristas Atilla Vörös e Steinar “Azarak”, músico que está com a banda desde 1999. O set começou com Midnight Serpent, já do novo álbum Deep Called Upon Deep, sequenciada por Our World, It Rumbles Tonight. Um ínicio de show musicalmente moron, mas com a banda bastante agitada e o público eufórico na pista já cheia.

Black Crow on a Tombstone deu mais gás e tudo seguia perfeitamente com um som perfeito da casa, mas uma iluminação claramente não pensada para o show da banda, deixando as músicas sem ambiência visual devida. Deep Called Upon Deep, faixa-título do novo álbum, divulgado nessa turnê, teve seu refrão cantando em massa, mostrando que a maior parte do público segue acompanhando a evolução da banda e não apenas parada em seu passado noventista.

Em palco era nítida a animação do líder Satyr, tanto cantando quanto em sua interação com o público e, após Walker Upon the Wind, a acelerada Repined Bastard Nation e Commando, o hit Now Diabolical mostrou o poder de domínio do frontman sobre o público, chamando todos a cantar o refrão e sendo atendido. To Your Brethren in the Dark impressiona pela execução de bumbos duplos de Frost, mas soa desnecessária ao vivo e seguida da instrumental Transcental Requiem of Slaves, deixa esse um momento do show moroso.

Porém, é interessante por mostrar Satyr tocando guitarra, mesmo o meio da música tendo uma passagem completamente sampleada. E ainda com tudo isso, a empolgação dos presentes era tanta, que o público respondia à música com coro e palmas. Para quebrar o momento morto do show e alegrar a todos, o hino Mother North foi tocado com maestria e, mais uma vez, o coro do público foi inevitável e arrepiante.

Breve pausa e a banda retorna para o encore, com Satyr mais uma vez empunhado sua guitarra e tocando The Pentagram Burns. Para Fuel For Hatred, Satyr convoca o público para agitar à pista e é atendido. A figura de Frost sai de trás da bateria e presencia os agradecimentos do público ovacionando o nome da banda. Satyr fala sobre o privilégio de viajar o mundo com a banda e agradece por estar mais uma vez em São Paulo. A banda encerra o show com K.I.N.G., mais uma vez com a pista cantando junto ao vocalista. É triste a banda não abordar mais músicas antigas daquele Black Metal ríspido, veloz e obscuro, com exceção de Mother North, mas ainda assim, são cerca de uma hora e meia de um Black Rock tocado com perfeição e com a empolgação de uma banda jovem. Belo show!

Setlist:
Midnight Serpent
Our World, It Rumbles Tonight
Black Crow on a Tombstone
Deep Calleth Upon Deep
Walker Upon the Wind
Repined Bastard Nation
Commando
Burial Rite
Now, Diabolical
To Your Brethren in the Dark
Transcendental Requiem Of Slaves
Mother North
The Pentagram Burns
Fuel for Hatred
K.I.N.G.

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