A maior banda alemã de todos os tempos anunciou sua despedida dos palcos com uma grande turnê ao redor do globo, a “The Final Sting Tour 2012”. Saímos de Curitiba (PR) e chegamos à Califórnia no dia 20 de junho, após quase trinta horas de viagem. E eis que fomos conferir um dos maiores espetáculos que o Rock já nos proporcionou. Como o Scorpions faria um show no Valley View Casino Center, em San Diego/CA, pegamos o carro e viajamos mais de duas horas para conferir o espetáculo. Dois dias depois, lá estávamos para ver o maior show desta parte da tour.
Os fãs dos Scorpions aguardavam muito esse show e, com todos os ingressos vendidos antecipadamente, o Staples Center de Los Angeles estava pronto para receber os alemães. A abertura ficou por conta da banda Tesla, que entrou no palco às 19h30 quebrando tudo com “Cumin’ Atcha Live”. Sem tempo a perder, emendaram com “Edison’s Medicine (Man Out of Time)” e “Hang Tough”.
O vocalista Jeff Keith então apresentou a banda e perguntou se todos estavam prontos para ver o Scorpions. Com os lugares quase todos tomados, a massa reagiu prontamente e o set seguiu com “Heaven’s Trail (No Way Out)” e “Signs”, que não diminuíram a intensidade do show. No entanto, a sequência com “Love Suzy”, “Modern Day Cowboy” e “Little Suzy” foi matadora. E assim, após quarenta minutos, o Tesla deixou seu recado.
Exatamente às 20h30 as luzes se apagaram e o Staples Center – casa do Los Angeles Lakers – estava completamente tomado pelos vinte mil fãs. Explosões e fumaça para todos os lados saudaram a entrada do Scorpions na Arena, que abriu o show com “Sting In The Tail”, faixa título do último álbum de estúdio. Klaus Meine então deu suas saudações aos presentes, agradecendo e demonstrando a felicidade de poder estar retornando a essa capital mundial do Rock.
“Make it Real”, com seus belos riffs, e o balanço de “Is There Anybody There” deram um belo início ao show e quando todos os telões da arena anunciaram “The Zoo”, a massa foi à loucura. As bases “pinga-fogo” mais marcantes do Hard Rock, com Rudolf Schenker e Matthias Jabbs, foram para frente do palco fazer a famosa coreografia com suas guitarras. Em “Coast to Coast” foi a vez de Klaus Meine e o baixista Pawel Maciwoda chegarem junto para formar o famoso quarteto de cordas e executar uma das melhores músicas instrumentais de todos os tempos. Por sinal, é muito mais legal uma instrumental a ver longos solos de guitarras, baixo ou bateria.
“Loving You Sunday Morning” emocionou, mas a matadora “Rhythm of Love”, do superproduzido “Savage Amusement” (1988) e que ganhou nova roupagem no álbum “Comeblack”, fez muitos irem às lágrimas. Então foi a vez de uma das melhores ‘power ballads’ e que sempre funciona bem ao vivo. Levando o show como um maestro, Klaus Meine contou uma breve história e apresentou “Wind Of Change”, uma das mais importantes músicas da história da banda. Todos cantaram em voz única com luzes, celulares e isqueiros apontados ao céu.
“The Best is Yet to Come”, que já nasceu um hit, teve uma receptividade incrível, com todos cantando-a do início ao fim… Que festa! O set acalmou com “Holiday”, com sua linda introdução acústica com violões Flying V. Todos continuaram cantando e então vieram “Raised on Rock”, de “Sting in the Tail”; “Tease Me Please Me” e “Hit Beetween the Eyes”, de “Crazy World”, que incendiaram a arena.
O solo de bateria de James Kottak, conhecido como “Kottak Attack”, tem interação com vídeos e parte de músicas como “Animal Magnetism”, “I’m Leaving You”, entre outras. O músico fez questão de citar que estava muito feliz de tocar na sua cidade natal, na sua casa!
A banda então voltou ao palco para a segunda parte do show e este retorno não poderia ser mais triunfante. Com todo o palco apagado, Rudolf Schenker usando os garfos nos olhos e sua guitarra ‘fumaçeando’, todos entram por baixo da bateria de Kottak para a execução de “Blackout”.
“Six String Sting”, solo de guitarra de Matthias Jabs, talvez seja o único momento não tão legal no palco, uma vez que o Scorpions tem centenas de hits e poderia usar o tempo para tocar um clássico como “Bad Boys Running Wild”, “Dynamite” ou “Don’t Believe Her”.
Com o nome da cidade de Los Angeles em letras garrafais estampada no telão, “Big City Nights” fez com que todos voltassem a vibrar, cantar e se divertir como nunca, encerrando a segunda parte do set. Todos sabiam que o melhor estava por vir e a balada “Still Loving You” foi cantada por todos. Após a abertura emocionante do ‘encore’ veio a excepcional “No One Like You”, que também ganhou versão no álbum “Comeblack” e fez o Staples Center tremer e vir abaixo. A empolgação seguiu com “Rock You Like a Hurricane”, um ‘gran finale’ do show de uma banda com tanta história e que emplacou tantos hits em seus anos de estrada. Após “Rock Like You Hurricane”, Matthias, Rudolf e Klaus foram se despedindo e agradeceram os presentes.
No dia seguinte partimos a Las Vegas para ver o terceiro e último show no Thomas and Mack Center. E, claro, eles quebraram tudo novamente! E isso é só uma pequena amostra do que está por vir em São Paulo nos dias 20 e 21 de setembro, com produção da Top Link Music. Certamente será um show imperdível para quem é fã da banda, de Rock ou simplesmente da boa música. Scorpions ROXXXXXXXXXX!