No decorrer de 2020, com a ausência de shows ocorrida por conta da pandemia do novo coronavírus, bendita seja a internet que possibilitou com que muitos artistas compensassem os fãs entretendo-os com eventos transmitidos virtualmente. O Sepultura, por exemplo, que não pôde excursionar para promover seu novo álbum, Quadra, criou o evento semanal “SepulQuarta”.
O grupo brasileiro fez da “SepulQuarta” um meio de recontar a sua história, além de entrevistar músicos e personalidades ilustres, interagir com os fãs abrindo espaço para perguntas e respostas, e revisitar seu catálogo fazendo jam sessions com vários dos músicos entrevistados – tudo isso, claro, sempre respeitando o distanciamento social. Pela “SepulQuarta” passaram integrantes de bandas como Testament, Sacred Reich, Megadeth, Overkill, Anthrax, Epica, Trivium, System of a Down, Torture Squad, Crypta, Hatefulmurder, Paralamas do Sucesso, Titãs e outros.
Agora, algo bacana relacionado a “SepulQuarta” é a confirmação de que o Sepultura lançará um álbum completo do evento, contendo algumas dessas colaborações. Andreas Kisser comentou: “É ótimo que a “SepulQuarta” nos permitiu fazer isso. (Tínhamos) 57 convidados (no total). É um número incrível!”, comemorou.
“Começamos em 22 de abril e fizemos (o evento) todas as semanas, por muitos meses, e, então, a cada 15 dias, e depois mudamos (de quarta para sábado). E foi uma experiência incrível. Tocamos 28 músicas. Foi mais do que um show de três horas (no total). Foi maravilhoso, realmente”, recordou.
Kisser explicou o novo lançamento do Sepultura: “Acho que é realmente emocionante, porque é muito único”, disse ele. “Claro, vamos remixar o som e tudo mais, torná-lo o melhor que pudermos, mas as versões estão lá. Isso é algo (que se tornou) possível simplesmente por causa da situação de quarentena, do bloqueio. Imagine fazermos um álbum assim em circunstâncias normais, seria impossível. E a melhor coisa sobre isso (é que) todos estavam muito animados em fazer parte disso e muito felizes em tocar coisas do Sepultura”, acrescentou.
“Tivemos bandas que foram influenciadas pelo Sepultura, artistas brasileiros, artistas pop, artistas do metal; A versão de Ratamahatta foi tão única, tão diferente. E não vimos quaisquer limitações. Usamos duas baterias (em algumas músicas), usamos dois baixos, três guitarras e dois vocais – sem nenhuma limitação – e conseguimos (fazer) funcionar”, completou.
O Sepultura ainda não informou a data de lançamento do álbum extraído da “SepulQuarta”, porém já havia divulgado anteriormente que em 2021 deverá excursionar para recuperar o tempo perdido e promover o sucessor de Machine Messiah (2017), o também aclamado Quadra.
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