Pouco mais de um ano após sua primeira passagem pelo Brasil, o grupo norueguês Sirenia retornou ao país após passar pelo México, Peru, Chile e Argentina. Com dois shows seguidos marcados no Blackmore Rock Bar, em São Paulo (SP), fomos conferir a apresentação extra, ocorrida no domingo, 30.
Pouco antes das 20h, os paulistas da Ravenland abriram a noite. Divulgando seu mais recente lançamento, o EP Memories, a banda conta agora com uma nova vocalista, Juliana Rossi, que mostrou boa presença em palco e uma voz potente ao lado do vocalista e líder Dewindson Wolfheart. “Eu particularmente já conhecia todo o potencial e profissionalismo de Juliana. Dividimos o palco por diversas vezes com sua antiga banda Hevorah e, inclusive, quando ela me convidou para cantar na abertura para o Nightwish, em 2008”, declarou o Dewindson. “Estamos realmente satisfeitos com sua performance vocal, sua atitude profissional no palco, interatividade com o restante da equipe da banda e com os fãs”, acrescentou.
A apresentação serviu como aquecimento aos poucos presentes na casa, mas sem teclado, o Gothic Metal do Ravenland perdeu um pouco de sua ambiência e a banda ainda estuda seguir com ou sem o som do instrumento.
Já beirava às 21h deste domingo chuvoso quando o Sirenia deu as caras. Mesmo ainda em início da turnê de promoção de seu mais recente álbum, The Enigma Of Life, era notável certo cansaço e desânimo na banda. Talvez o baixo público tenha abatido os músicos, mas ainda assim eles fizeram seu show completo.
Mesmo com ênfase nas músicas novas, o Sirenia não ignorou seu velho material, brindando os fãs com clássicos dos primeiros álbuns, como Meridian (a que mais agitou banda e público) e Star-Crossed. Além destas, hits mais recentes como The Other Side e Downfall também foram bem recebidos. Um dos destaques foi a entrada com The End Of It All, Fading Star e a versão em espanhol da faixa-título do novo álbum, aqui intitulada El Enigma De La Vida – lembrando que a bela vocalista Ailyn é espanhola.
Apesar de notar o contentamento dos fãs, foi impossível não se prender a detalhes: a banda segue sem baixista e com o som do instrumento via samplers, o excesso de playbacks e desta feita não apenas para os corais, a total falta de pegada do baterista Jonathan A. Perez e a falta de entusiasmo do novo guitarrista Jan Erik. Morten, apesar da simpatia, também estava apático. Com isso, tivemos um show musicalmente perfeito, mas performaticamente bem morno.
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www.sirenia.no
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