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SKID ROW & THE WINERY DOGS – Curitiba (PR)

Por Marcelo Gomes
Fotos: Isabela Lopes

Se na noite anterior a cidade de Curitiba (PR) teve a invasão alemã nos shows que fazem parte Summer Tours, no dia seguinte, 28 de abril, foi a vez dos americanos do Skid Row e The Winery Dogs mostrando o melhor do hard rock no Tork N Roll.

Com a casa cheia, o The Winery Dogs abriu os trabalhos da noite. Com um verdadeiro dream team composto por Richie Kotzen (vocal e guitarra), Billy Sheehan (baixo) e Mike Portnoy (bateria), o trio deu início ao show com duas faixas do recém-lançado álbum, “III” (2023), as empolgantes “Gaslight” e “Xanadu”. Sem perder tempo, seguiram com “Captain of Love” e “Hot Streak”, que destacou toda a virtuose dos músicos em suas performances individuais. Destaque para o solo de baixo, com um timbre poderoso, que levou o público à loucura. A empolgação seguiu quando Portnoy levantou da bateria e, num momento inusitado, coça o sovaco com a baqueta enquanto Kotzen simula um scratch na guitarra.


A apresentação segue quente com “Time Machine” e mais uma aula com os instrumentistas demonstrando que o grupo está super entrosado mesmo nas partes mais complexas. Sheehan e Kotzen saem do palco rapidamente e dão espaço para Portnoy fazer um pequeno solo de bateria. Voltam em seguida para a execução de “The Other Side” que ganha uma longa parte instrumental cheia de improvisos. A nova “Stars” deu prosseguimento a apresentação antes da bela balada “I’m No Angel” que arranca gritos histéricos especialmente do público feminino.


Em “The Red Wine” mais uma vez a virtuose e o bom gosto imperam na eletrizante apresentação do trio. Ao final da música, Billy Sheehan surge com uma garrafa de vinho fazendo referência ao título da canção e aproveita para utilizá-la junto ao seu baixo dando um efeito de slide que arrancou entusiasmados aplausos dos presentes.


O bloco final do show começa com a fantástica “Oblivion”, com os fãs cantando o refrão e interagindo intensamente durante a música, assim como ocorreu em “Desire”. Kotzen diz que só tem tempo para mais uma e encerram com a incrível “Elevate” para, em seguida, se despedir com o público extasiado e querendo mais.

A expectativa estava enorme para o show do Skid Row e a cada minuto que passava a ansiedade aumentava mais. Os 40 minutos para a troca de palco pareceram uma eternidade, mas a espera acabou quando, às 22h45, os americanos subiram ao palco cheio de bandeiras dos Estados Unidos ao som de “Slave To The Grind”. Os fãs mal podiam acreditar que finalmente a banda estava de volta ao Brasil após mais de uma década. Dave “Snake” Sabo (guitarra), Scotti Hill (guitarra), Rachel Bolan (baixo) e Rob Hammersmith (bateria) já estavam à postos quando o vocalista Erik Grönwall surgiu correndo e batendo cabeça de forma alucinada num inicio apoteótico. A atenção estava toda voltada a performance do novato, que caiu como uma luva na banda. A aceitação pelo público foi imediata.


Os americanos estavam com sangue nos olhos. Não era para menos, pois a banda estava com um disco e um vocalista novos e talvez a memória do fático Monsters Of Rock em 1996 em São Paulo ainda assombre o grupo. Aliás, eu estava nesse show e pude testemunhar os ataques do público, principalmente contra o ex-vocalista Sebastian Bach, que era chamado ironicamente de Barbie. As comparações são inevitáveis, mas há de se fazer de maneira racional. O atual vocalista é excelente, mas tem 20 anos a menos que Bach. Para ser justo, teria que comparar a voz dos dois com a mesma idade. Isso a gente deixa para os fóruns de debate e especialistas no assunto…


E o hard rock veio em doses cavalares com uma sequência de clássicos que não deixaram dúvidas sobre a qualidade da performance atual. Seguiram com “The Threat”, “Big Guns” e “18 And Life”, nessa última, Erik ressalta que a canção abriu as portas e foi de extrema importância para a banda. Como era de se esperar o público fez os backing vocals mais altos da noite. Eles que vem promovendo seu mais recente trabalho, “The Gang’s All Here” (2021) executam a faixa “Not Dead Yet”, que faz jus ao título provando que o estilo que consagrou a banda, ainda está presente em suas novas composições.

Voltam com as antigas “Piece of Me” e “Livin’ on a Chain Gang” com os fãs estavam em êxtase. A energia que a banda transmite contagia a todos e o vocalista Erik vai de um lado ao outro. Como o calor já estava insuportável, Grönwall tira sua jaqueta de couro. O cantor diz que aprendeu uma palavra em português e dispara “filha da puta” no microfone, ganhando risadas dos fãs. Ele aproveita para anunciar Rachel que assume os vocais para a próxima canção. É sabido que a banda é grande fã dos Ramones, aliás a introdução do show foi “Blitzkrieg Bop” e o baixista fala que vão tocar uma música deles que há muitos anos não tocam. É a clássica “Psycho Therapy”, que ganhou uma merecida roda na pista. O legal dos shows fora de festivais é que as bandas podem tocar mais músicas e explorar um repertório diferente. E os caras não economizaram!

Para acalmar os ânimos, executam “In A Darkened Room”, que nem por isso diminui a euforia dos fãs. Nesse momento, fechei os olhos para focar minha  atenção somente na voz de Erik, e foi impressionante a semelhança com a de Bach. O gás que o cara deu para banda é notório e Scotti ganha destaque quando executa seu solo com perfeição levando todos a voltarem no tempo. A nostalgia não para por aí, pois tocam ainda “Rattlesnake Shake” antes de abordarem mais uma vez o disco novo com a pesada “Time Bomb”, que agitou bem a galera. A levada mais groovada fez o pessoal bater cabeça.


Som de chuva e trovão deram a falsa impressão que poderia rolar um cover de uma famosa banda de heavy metal, claro que estamos falando do Black Sabbath mas parou por aí. Com seu violão, Sabo dá início a balada “I Remember You” para os fãs cantarem de maneira efusiva, algo completamente justificável! Muito aplaudidos nesse momento de redenção, os fãs gritam o nome da banda pela primeira vez na noite. Visivelmente emocionado, Sabo vai ao microfone para agradecer e dizer que é inacreditável estarem de volta. O show vai chegando ao fim com fantástica “Monkey Business”.

Os devotos fãs estavam sedentos por mais, chamaram a banda até que voltaram com a inesperada “Creepshow”. Tocam também a faixa-título “The Gang’s All Here” e então o vocalista pula no pit para sentir de perto calor dos fãs. Para fechar com chave de ouro, “Youth Gone Wild” e mais uma vez a performance de Erik extrapola sua voz – o cara não contem sua empolgação e começa a subir nas laterais do palco. Foi um final eletrizante para esse retorno triunfal ao Brasil. A apresentação não deixa dúvidas de que a banda deu a volta por cima e está em sua melhor fase em anos. Com um sorriso no rosto e com os fãs satisfeitos, deixam o palco com o sentimento de missão cumprida.

The Winery Dogs – setlist:
01) Gaslight
02) Xanadu
03) Captain Love
04) Hot Streak
05) Time Machine
06) The Other Side
07) Stars
08) I’m No Angel
09) The Red Wine
10) Oblivion
11) Desire
12) Elevate


Skid Row – setlist:
01) Slave to the Grind
02) The Threat
03) Big Guns
04) 18 and Life
05) Not Dead Yet
06) Piece of Me
07) Livin’ On a Chain Gang
08) Psycho Therapy (Ramones)
09) In a Darkened Room
10) Rattlesnake Shake
11) Time Bomb
12) I Remember You
13) Monkey Business
14) Creepshow
15) The Gang’s All Here
16) Youth Gone Wild

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