O Steel Panther lançou o disco On the Prowl que é tudo menos politicamente correto. A ROADIE CREW conversou com o baterista Stix Zadinia sobre as influências por trás desse registro e também sobre o lado empresarial da banda, a participação do guitarrista Dweezil Zappa e a cena do hard rock.
Por Gustavo Maiato
Existe algum tema principal por trás do novo álbum On the Prowl, algum assunto que vocês decidiram enfatizar?
Stix Zadinia: Na verdade, não! Pelo menos não intencionalmente. Aqui no Steel Panther funciona assim: fazemos muitos shows, temos experiências diversas com muitas pessoas. Depois, escrevemos sobre essas coisas. Nunca compomos nada de forma intencional, sabe? Só queremos fazer a melhor música de rock possível.
No Instagram, vi vocês se referindo a si mesmos como ‘do it yourself Hollywood band’ (algo como ‘banda faça você mesmo de Hollywood’). O que você quis dizer com isso?
Stix: Nós não temos gravadora, nem empresa de merchandising. Somos nossa própria gravadora e empresa de merchandising. Tudo o que fazemos é pela gente e por nós. Bem, temos uma equipe de pessoas que ajuda, mas nós que somos a empresa. É algo bem ‘faça você mesmo’. É como se você começasse uma banda na sua garagem, depois coloca um disco nas lojas e contrata pessoas para ajudar a colocar no mundo. Nós só dependemos da gente.
O Steel Panther tem muitas músicas que se valem da comédia. Vocês já perderam muitas oportunidades por isso?
Stix: Sim! Absolutamente! Deixamos de ir a muitos programas de televisão por isso. Só conseguimos ir no American’s Got Talent. Já que cantamos sobre coisas obscenas e profanações, tem uma parte do negócio da música de que não podemos tirar vantagem; mas estamos numa boa com isso, porque no final das contas, precisamos nos sentir bem com o que fazemos. Nós compomos e gravamos o que queremos e ninguém nos diz o que fazer. Isso não tem preço! Não temos uma gravadora no nosso ouvido. É uma satisfação pessoal.
Certa vez, você disse que os fãs não precisam de uma etiqueta de comportamento nos shows do Steel Panther…
Stix: Sim! Quando visitamos a América do Sul, por exemplo, a ideia é levar a atmosfera comum das nossas apresentações. Tem muita gente que é politicamente correta no mundo, dizendo o que se pode ou não fazer. Nós vamos contra isso. Se quiser ficar bêbado no show, não tem problema. É só não machucar ninguém. Estamos aqui nesse mundo por pouco tempo, é melhor festejar enquanto dá. Queremos que os fãs venham ao show e tenham ótimos momentos.
Como você avalia a participação do Dweezil Zappa na música Is My Dick Enough?
Stix: Ele foi ótimo! Gravou um solo maravilhoso que encaixou super bem na música. Foi uma performance muito boa. É ótimo ter um Zappa no disco, especialmente o Dweezil! Foi uma honra para nós!
Quais bandas de hard rock dos anos 80 que envelheceram bem e quais não?
Stix: O Poison envelheceu muito bem! Não era muito fã, gostava mais de Judas Priest. Mas agora eles estão fazendo shows e soando exatamente como quando começaram. Eles são os melhores exemplos de uma banda que envelheceu bem. Pensando sobre bandas que não envelheceram bem, não sei dizer. Queria conseguir responder, mas não sei bem.
Você consegue listar os bateristas de hard rock que mais te influenciaram?
Stix: Com certeza Rod Morgenstein, do Winger e Dixie Dregs. Ele é uma das minhas maiores influências e um cara maravilhoso. Também curto John Bonham do Led Zeppelin e Stewart Copeland do The Police. Vinny Appice também é uma grande influência. Esses quatro me ajudaram a estabelecer a forma que toco. E Terry Bozzio também!
Siga o canal “Roadie Crew” no WhatsApp: