SUICIDAL ANGELS

Desde que foi anunciada a turnê da banda grega Suicidal Angels bateu a ansiedade e a expectativa pela chegada dessa celebração Thrash que ocorreria em São Paulo. E tudo começou bem, pela escolha de um cast de primeira para acompanhar os gregos nesse primeiro show em solo paulistano: Bywar, Guillotine e Leviaethan – este último entrou em substituição ao Genocidio, que tinha um compromisso agendado previamente na mesma data no interior de São Paulo.

A abertura da casa Hangar 110 estava prevista para 19h, mas quem chega cedo consegue acompanhar o clima que antecede o espetáculo e sente a vibração do público. Sendo assim, foi interessante notar que a expectativa no lado de fora não recaía somente para a atração principal, mas também para as bandas de abertura, fato que mostra o quanto o Metal nacional está bem representado.

O primeiro a subir no palco, às 20h, foi o grupo do ABC paulista Guillotine, ainda com a casa meio vazia – resultado da forte chuva que caía em São Paulo naquele momento. Apesar de nunca ter ouvido antes, tinha boas referências sobre o som da banda formada por Rene “Iron Hell” Simionato (vocal e guitarra), Luís Pizano (guitarra e backing vocals), Renan Carrenho (baixo e backing vocals) e Gilmar Oliveira (bateria). E eles não decepcionaram, apresentando um Thrash/Death Metal vigoroso e pesado, que teve início com “Metal in the Vein”, do álbum homônimo, seguida somente de músicas novas, como “Conflict In Another Dimension”, “The Fourth Kind” e “Pagan’s Altar”, que contou com vocais limpos de Pizano e os raivosos de Rene. Após aproximadamente 30 minutos, encerraram com outra nova, “Terminator”. Destaque também para a boa presença de palco dos músicos.

Após o cancelamento do show do Suicidal Angels em Porto Alegre, a veterana banda gaúcha Leviaethan, que seria uma das bandas de abertura, não quis ficar de fora da festa e embarcou para São Paulo mesmo o vocalista Flávio Soares estando com o braço engessado. Mostrando ser um convidado “sacana”, tratou logo de colocar fogo na festa, iniciando o set com a incendiária “The Last Supper”. O público, que começava a chegar ao Hangar, foi recebido com um ‘coquetel molotov’, “Echoes From The Past”, seguida de outra do álbum “Smile!”, “A.I.D.S.”, ambas executadas com a mesma energia contida nesse clássico do Thrash Metal nacional. O show seguiu com “Disturbed Mind” e as inéditas “The Time Has Come (Yours!)” e “Hell Is Here”, que irão compor o novo disco a ser lançado no segundo semestre. Pelo que ouvimos, promessa de mais um ótimo disco dessa grande banda gaúcha.

O próximo a entrar no palco foi o paulista Bywar. Com pouco mais de uma década na ativa, o grupo se tornou um dos mais tradicionais do Thrash nacional e esse show marcou a estreia como power trio. Por sinal, a apresentação mostrou que a banda não sentiu o baque após a saída do guitarrista Renan. E provando que isso está superado, começaram com a excelente “Poltergeist Time”, do último disco, “Abduction”. E começar o show dessa forma só aumentou a expectativa de um belo set, comprovada na sequência com “The Twin of Icon”, uma das preferidas. O show seguiu com “Broken Witchcraft”, “The Hole Grail”, “Stranded in Dark Zone”, “Heretic Signs” e “Thrashers Return”, todas mostrando o alto nível da banda que, apesar do set list curto, inflamou ainda mais o público presente.

Após três shows insanos, finalmente, chegou a hora dos gregos do Suicidal Angelssubirem ao palco. Já sabíamos que a cada disco a banda faz o pescoço parecer ter vida própria e é impossível ficar inquieto durante a audição, mas restava conferir ao vivo. Alguns segundos de introdução separaram os fãs de presenciar um verdadeiro banho de sangue e violência sonora no Hangar 110. “Bloodbath” abrir o show e a adrenalina começou a sair pelos poros com aqueles riffs velozes e furiosos desse clássico do Thrash Metal. Mostrando que vieram ao Brasil para destruir tudo, na sequência vieram “Bleeding Holocaust” e “Reborn In Violence”. Simplesmente devastador e os bangers que se digladiavam na tradicional roda de pogo mal tiveram tempo para respirar.

A banda tirou o pé do acelerador em “Chaos (The Curse Is Burning Inside)”, para depois descer a ladeira como um trator sem freio com “Morbid Intention To Kill”. Era porrada em cima de porrada – “Pestilence of Saints”, “Bleeding Cries”, “The Torment Payback”, “Final Dawn”, “Beggar Of Scorn”, “Apokathilosis” –, o que serviu de combustível para que os bangers continuassem desenfreados pogando e escalando o palco e os retornos nos primeiros moshes.

Um fato legal no momento dos moshes foi que o baixista Angelos organizou o pessoal que ia segurar quem estava se jogando. Isto sem falar que a banda dava uma “enroladinha” até que o sujeito pulasse, para que ninguém se machucasse. Uma atitude sensacional, mostrando enorme respeito pelo público. Vendo a alegria e satisfação da banda no palco e, após trocar umas rápidas palavras com o Angelos, a boa notícia foi: “Certamente estaremos de volta”. Grandioso show dos gregos, em mais uma celebração ao Thrash Metal!

Compartilhe:
Follow by Email
Facebook
Twitter
Youtube
Youtube
Instagram
Whatsapp
LinkedIn
Telegram

MATÉRIAS RELACIONADAS

DESTAQUES

ROADIE CREW #284
Janeiro/Fevereiro

SIGA-NOS

50,2k

57k

17,2k

980

23,5k

Escute todos os PodCats no

PODCAST

Cadastre-se em nossa NewsLetter

Receba nossas novidades e promoções no seu e-mail

Copyright 2025 © All rights Reserved. Design by Diego Lopes

plugins premium WordPress