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SUNROAD: EM PLENA ATIVIDADE

Por Antonio Carlos Monteiro

São mais de vinte anos de estrada e doze lançamentos entre álbuns completos, EP, trabalhos ao vivo e coletâneas. E a pandemia acabou inspirando o até então mais recente trabalho do Sunroad, Walking the Hemispheres (2021). Contando com um vocalista francês, Steph Honde (Hollywood Monsters), e com outras mudanças na formação, o grupo goiano já voltou aos palcos e agora mira shows no exterior. O baterista e fundador Fred Mika explicou em detalhes o momento atual da banda, que já soltará em novembro o novo trabalho, Sunesthesia.

O novo vocalista, Steph Honde, estreou em Walking the Hemispheres. Por que fizeram essa troca e por que a escolha foi por um estrangeiro?
Fred Mika:
Na verdade, não foi uma coisa tão planejada, mas temos que voltar no tempo para entender isso. Conheço o Steph desde o final de 2016, quando estava montando meu selo por incentivo do saudoso amigo, produtor de eventos e dono do selo AWO Records, Milton Arthur. Na ocasião, Milton havia me apresentando o Steph dizendo que ele tinha um álbum solo e queria que fosse lançado no Brasil. Milton faleceu semanas depois e na sequência abri meu selo, MusiK Records, e lancei o álbum solo do Steph. Depois, já conhecendo seu trabalho no Hollywood Monsters, convidei Steph para participar de uma das faixas do meu CD solo (que foi lançado em 2018 com participações de vários outros vocalistas brasileiros e de vários outros países) e no ano seguinte ele retribuiu me chamando para gravar bateria em uma das faixas do mais recente álbum do Holllywood Monsters até então. Daí, eu e Steph, começamos a trabalhar em algumas composições para um próximo trabalho solo meu quando veio a pandemia. Tivemos tours com Mark Boals (Yngwie Malmsteen, Ring of Fire) e a banda alemã Mad Max canceladas, e foi quando resolvi investir em composições para o Sunroad, já que tours e shows estavam todos cancelados. Steph e eu já havíamos gravado um cover do UFO, Try Me, e composto algumas outras músicas. Gostamos muito do resultado e, aliado ao fato de que o antigo vocalista do Sunroad estava desanimado devido à pandemia, efetivamos Steph na banda e com isso houve uma renovada mais do que necessária em tempos sombrios e incertos.


Além da entrada dele, vocês agora contam com um segundo vocalista, JP Costa, com um novo baixista, Gui N Silva, e Van Alexandre ficou como único guitarrista. Por que ocorreram essas mudanças?
Fred:
Em relação aos vocais, por conta da logística dividimos os conceitos de gravações, shows e tours, ou seja, nas tours e gravações de álbuns e DVDs, passaremos a contar com ambos e em shows locais ou aleatórios apenas com JP Costa. Lembro que algo parecido aconteceu entre Dr. Sin e Mike Vescera. E após a gravação e o lançamento de Walking the Hemispheres, o baixista Akacio Angels entrou na banda, mas não se adaptou à nova sonoridade do Sunroad, que estava mais sofisticada, e foi substituído por Gui N Silva. Van Alexandre, que antes assumia as funções de baixista/guitarrista, ficou somente como guitarrista no lugar de Netto Mello e de Mayck Vieira. Ou seja, da formação do álbum ficamos eu, Steph Honde e Van Alexandre e adicionamos Gui N Silva e JP Costa.


Segundo a própria banda, o estilo do Sunroad transita entre o AOR e o hard rock. Mas não dá pra dizer que também tem um pé no rock progressivo?
Fred:
Creio que sim. Isso vem naturalmente devido às influências. Não pensamos em rótulos na hora de compor, mas minhas influências vêm basicamente de bateristas que transitam entre as duas áreas, hard rock e rock progressivo, como Cozy Powell, Ted McKenna etc., além de bandas como UFO, MSG, Triumph, Rush e Uriah Heep. E, isso, claro, reflete nas composições e na performance.

Walking the Hemispheres é mais um trabalho que surgiu por conta da pandemia, que impediu as bandas de irem para os palcos? Por que o disco recebeu esse título?
Fred:
Sim, o álbum foi totalmente concebido, gravado e lançado durante a pandemia e saiu em agosto de 2021. Sobre o título, é um conceito que desenvolvemos baseado nesse novo mundo da pandemia, algo novo, inusitado e limitador. Andando pelos hemisférios pode significar várias coisas… Pode ser o trabalho desenvolvido entre mim aqui no Brasil (Hemisfério Sul) e o Steph na França (Hemisfério Norte), pode significar também a ruptura, devido ao isolamento das viagens, e a interação entre os ambientes urbano e selvagem, além da ideia de nos reinventarmos, talvez uma analogia de usar mais os hemisférios do cérebro. Essas ideias ‘subliminares’ estão presentes na faixa-título, mas, como disse, de modo bem subjetivo, através de composições inconscientemente dirigidas ao momento, e outras mais objetivas, mais incisivas mesmo em relação a isso.

Steph Honde participa como coautor de todas as faixas. Você vê alguma mudança mais profunda na sonoridade da banda por conta dessa participação dele?
Fred:
Sim, a gente aprofundou mais na sofisticação e ampliação melódica, mas para um lado ligeiramente mais soturno, adicionando novos elementos. Até então, tínhamos uma sonoridade hard’n’heavy com AOR e agora adicionamos um aspecto um pouco mais midiático e encorpado, uma vez que o timbre de Steph é na linha de David Coverdale e com isso demos ainda mais ênfase à parte estrutural, de interação entre vocais e suas camadas (terças, quintas, harmonizações etc.). A voz do Steph, por ser bem encorpada, preenche bem essa nova ideia. Resumindo, creio que é o nosso álbum mais bem elaborado em relação às estruturas vocais. E, claro, a comparação com Coverdale será ainda mais reforçada, já que o cover de Only My Soul, do álbum Northwinds (1978), será a última do repertório de Sunesthesia, que será lançado no dia 22 de novembro.


Falando nisso, para finalizar, o que pode adiantar sobre o novo álbum,
Sunesthesia?
Fred:
Sunesthesia vai ser um trabalho com muitas participações especiais, como Ronnie Romero (MSG, Rainbow), Carl Dixon (Coney Hatch, Guess Who), Ronnie Robson (Hollywood Monsters) e Michael T Ross (Lita Ford, Hardline), além de nosso ex-guitarrista, Rafael Milhomem, no solo de Speed Warning #1, uma das faixas que sairá em lyric video, assim como Scanning Skies. Também lançaremos o videoclipe de Long Ago. Sunesthesia foi masterizado por Michael Voss e a arte de capa desta vez foi feita por Tristan Greatrex (Vinnie Moore, MSG, Lionheart, UFO). Espero que curtam!

Contato: https://linktr.ee/Sunroad

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