O Symphony X retorna ao Brasil para mais uma grande turnê. Com o lançamento do mais recente álbum, Underworld, um trabalho fenomenal, a banda está em evidencia e promete fazer shows memoráveis por aqui. Conversamos com o baixista Michael LePond para falar mais sobre a turnê.
O álbum “Underworld” recebeu críticas muito positivas em todo o mundo, mas a verdade vem quando você pegar a estrada e enfrentar os fãs. Como está indo para você?
Michael LePond: Os fãs têm curtido demais essas novas músicas. Na nossa última turnê europeiatocamos todo o álbum. A banda estavase sentindo muito confortável e o show teve um desenrolar sensacional. Além disso, estamos tocando melhor agora do que em muitas outras oportunidades em nossa carreira. Estamos muito contentes que estamos levando essa turnê para o Brasil.
Como manter suas habilidades em forma com todas essas viagens? Há algum ritual pré show ou rotinas diárias?
Michael: A coisa mais importante a fazer quando você está em turnê é também obter um bom sono. Se você está cansado demais, a habilidade na hora de tocar vai sofrer muito. Turnês pela América do Sul podem ser muito cansativas com voos em um curto espaço de tempo, mas o poder que o público tem em manter a nossa adrenalina forte compensa tudo.
É claro que a música tem que ser o ponto alto do show, mas, às vezes, as pessoas querem também a presença de palco, tela grande, pirotecnia, toneladas de efeitos visuais e luzes etc. Como é planejar um show que vai além da música?
Michael: Quando o Symphony X planeja uma turnê, nós queremos dar aos nossos fãs o melhor show possível. Infelizmente não temos um orçamento de turnê tão grande como um Iron Maiden, por isso, tentar fazer o melhor que podemos com o que podemos pagar. Um cenário agradável, algumas luzes frias, mas é claro que a música é o que vende tudo.
Em sua mais recente turnê europeia o show começou com a música “Nevermore”, seguida de “Underworld” e “Kiss Of Fire”. É um início intenso. Isso é o que funciona melhor em uma situação ao vivo na sua opinião? Por quê?
Michael: Desde o início da nossa carreira, temos sempre gostado de capturar o público de forma intensa, já tocando as três primeiras músicas bem pesadas logo de cara e, em seguida, voltar para algo mais leve. Isso sempre funcionou tão bem para nós tanto nos álbuns como ao vivo. Você também pode esperar por isso no Brasil .
Por que quebrar toda a agressividade que você construiu desde o início com uma música calma como “Without You”? É uma faixa incrível, não me interprete mal, mas a impressão que algumas pessoas têm é que quebra o fluxo.
Michael: Eu discordo totalmente com essa impressão. Se eu for ver uma banda que não tem dinâmica ou alterações de humor, eu fico entediado e desvio a atenção. Quando você vem ver Symphony X, nós vamos levá-lo em uma viagem. Você vai bater cabeça, você vai cantar, e você vai se emocionar em alguns momentos. Nós podemos entregar isso aos fãs.
Ter o novo álbum como o foco principal do set list parecer algo óbvio, mas algumas bandas pensam de outra forma e incluem apenas uma ou duas músicas de seu novo álbum. Quais são os prós e contras de inserir uma maioria de músicas mais recentes na turnê?
Michael: O problema principal é que você não pode agradar a todos. Alguns fãs querem todo o material antigo e alguns querem todo o novo material. O Symphony X é muito confiante no novo material e não temos medo de tocar essas músicas. Dito isto, nós também queremos tocar algumas faixas clássicas para os velhos fãs ficaram animados também. Uma mescla.
E sobre o set list do show no Brasil? Será que vai ser o mesmo da turnê europeia?
Michael: Neste momento ainda estamos discutindo qualserá o setlist na América do Sul. Sabemos que os brasileiros adoram todo o nosso material de todos os nossos anos juntos, por isso vamos garantir que o conjunto seja arrasador. Eu sei que vocês vão estar cantando todas as letras de nossas músicas para tudo o que tocamos e isso nos excita demais.
Michael: Eu me lembro como se fosse ontem. Meu primeiro show com o Symphony X foi em São Paulo. Antes do show tínhamos programado um meetandgreet. Assim que nós caminhamos na porta, ouvi centenas de fãs gritando! Naquele momento, eu sabia que os brasileiros eram a nossa maior base de fãs.
Você poderia compartilhar conosco alguma experiência diferente que passou no Brasil?
Michael: Chegamos ao aeroporto em São Paulo. Só achei que iria entrar em uma van e ir para o hotel. Então o que eu vejo? Fãs do Symphony X esperando por nós! Como eles sabiam quando estávamos chegando? (risos). Então nós chegamos ao hotel e haviam muito mais fãs. Você não pode se esconder de brasileiros!O que você espera dos próximos shows no Brasil?
Michael: Temos tocado no Brasil desde 2000. Sabemos que os brasileiros são um dos maiores fãs de Heavy Metal em todo o mundo. Eles têm uma paixão pela música e pela vida que você não pode encontrar em qualquer lugar. Eles vão trazer a energia incrível para os shows e nós vamos dar-lhe de volta para eles.
O Symphony X toca hoje em Curitiba (PR), em São Paulo no próximo sábado (07) e no Rio de Janeiro no dia 08. Mais informações em www.toplinkmusic.com