TARJA fala dos desafios que enfrentou em seu início no NIGHTWISH quando não conhecia tanto o heavy metal

Atualmente divulgando a sua recém-lançada coletânea intitulada Best Of: Living the Dream (2022), a influente cantora finlandesa Tarja Turunen atendeu a Roadie Crew para falar a respeito deste trabalho na nova edição da revista, #274. E já que o título da compilação fala em viver o sonho, a sempre simpática Tarja recordou seu início na música como uma garota que sonhava em ser uma vocalista lírica, mas que acabou inserida no heavy metal quando ainda nem sabia muito sobre o estilo que acabou lhe consagrando. 

Com a simpatia que lhe é habitual, Tarja começou refletindo sobre a relação do título de sua nova coletânea com sua trajetória na música. “Acho que esse é um título que expressa muito bem a maneira como me sinto em relação ao que tenho feito por todos esses anos. Posso dizer que estou ‘vivendo o sonho’ desde o começo, pois é realmente inacreditável pensar quanto anos já passaram, quanto tempo já ficou para trás o quão ocupada estive durante todo esse tempo. Também é difícil acreditar que eu poderia estar tão feliz, que eu poderia ter aprendido tanto e crescido tanto como artista e como mulher desde o início da minha carreira solo, então, acho que ‘vivendo o sonho’ é como eu sempre vou definir a minha vida como cantora”, explicou. 

Perguntada pelo repórter Valtemir Amler se ainda consegue encontrar em sua memória aquela antiga Tarja, a que começou a viver a vida na música, a cantora respondeu que, “Sim, sempre que fecho os olhos eu ainda me encontro com ela. Lembro que quando comecei minha carreira solo, me postei diante do desconhecido como uma jovem mulher corajosa, uma mulher que queria conquistar tudo, mas que de fato não sabia o que havia para ser conquistado. Então, eu tinha coragem, mas também estava nervosa com isso”, admitiu. “Todos, incluindo eu mesma, acreditavam que eu já era uma cantora consolidada, mas de repente tudo tinha mudado, lá estava eu sozinha, tendo que encontrar minha voz, meu som, meu estilo, tudo, e de alguma maneira consegui fazer isso. Então, tem sido um lindo sonho esse que venho vivendo, e ainda gosto de fechar os olhos e agradecer àquela jovem Tarja do passado por ter tido a coragem de dar os primeiros passos para que chegássemos aqui”.

Tarja também falou dos desafios aos quais se deparou para viver seu sonho, inclusive no seu início no Nightwish, sua ex-banda. “(…) houve alguns desafios desse tipo, coisas que precisei superar nos primeiros dias. Bem no começo, quando estava no Nightwish, eu me sentia muito solitária no meio musical, pois não existiam tantas garotas fazendo isso”, recordou. Eu era uma garota de um país distante tentando começar uma carreira musical, tudo parecia um desafio enorme, mas desde o começo me senti abençoada por possuir essa voz. Sentia que, se conseguisse extrair o máximo do que minha voz poderia oferecer, isso seria o suficiente para cativar as pessoas e fazê-las notar a minha presença. E sempre fui muito honesta com os outros e comigo mesma, sempre deixava claro para as pessoas ‘não sei nada sobre metal’, e era realmente assim (risos). Meu foco era total na música clássica, meu sonho era ser uma vocalista lírica, e quando aceitei tocar numa banda de metal, fui exposta para um público que eu não conhecia, estava sendo entrevistada, analisada e julgada por repórteres de revistas que não conhecia, com critérios que também não conhecia. E todos me abraçaram”, revelou. “Eu preciso ser bem clara quanto a isso: desde o começo, o público e a mídia do metal me apoiaram muito, eles me viam como uma garota que trabalhava duro, que estava lutando para conquistar seus próprios sonhos enquanto empoderava outras garotas e guiava o metal por um novo rumo. Eu via isso e pensava: ‘Uau, essas pessoas podem mesmo ser tão legais assim?’. Eu havia encontrado um novo amor na minha vida, que era o metal. Então, focando na sua pergunta, definitivamente o fato de ser da Finlândia fez com que me vissem como uma pessoa diferente, mas nunca senti que eu precisaria mostrat algo mais, que precisaria ir além apenas por ser finlandesa ou por ser mulher. Digo isso porque sei que muitas pessoas passaram por esse tipo de situação. De certa forma, minha voz sempre abriu as portas para mim, e acho que muito disso tem a ver com ter aparecido justamente no meio metal”.

Você pode conferir a entrevista completa da Tarja na nova edição da ROADIE CREW. Para adquirir a edição #274 ou fazer a sua assinatura, acesse o site https://roadiecrew.com/roadie-shop ou entre em contato pelo telefone (11) 96380-2917 (whatsapp).

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