Escolher um nome para uma banda não é uma tarefa fácil, mas a quantidade de formações que atendem por Tempest, de diversos estilos e países, é enorme. E aí você também deve ter pensado que o logotipo é feio e que o título do álbum é o mesmo de um muito famoso que o Kansas lançou em 1977. Bem, tirando “detalhes” de falta de criatividade e preguiça em dar uma simples busca no Google, este Tempest vem da Alemanha e Philipe Piris (vocal e guitarra), Simon Humpohl (guitarra), Daniel Gerth (baixo) e Gabor Franyo (bateria) praticam um vigoroso thrash metal com toques de speed na escola Evildead e Exumer.
O sucessor do debut, When Hate Has Dominion (2018), vem bem construído, absurdamente energético e empolgante, com tudo em seu lugar, além de uma produção impecável e sem aquela ideia tétrica de querer soar como o Endless Pain do Kreator.
Além dos riffs coesos e “paradinhas” mortais (sim, é o chamado ‘breakdown’) na linha anos 80, destaque para atuação do vocalista Philipe Piris, com um timbre que lembra muito o de Phil Rind (Sacred Reich), além de algo de Joe Comeau (DuskMachine, Annihilator, Overkill e Liege Lord), Mem V. Stein (Exumer) e os momentos mais agressivos de Matt Barlow (Ashes of Ares, ex-Iced Earth).
Alguns clichês são encontrados ao longo do repertório, com alguns “já ouvi isso antes”, mas isto não atrapalha a audição. Não deixe de ouvir as faixas Unbroken, Collateral Murder, Protector, Pretender e Fire Will Judge. Um monte de porcaria assinada com gravadoras e uma banda como esta chegando ao seu segundo lançamento independente. Vai entender…