O Testament acaba de lançar o videoclipe oficial de Children of the Next Level, música de seu novo álbum Titans of Creation, que também está sendo lançado hoje, 3 de abril, via Nuclear Blast. Em formato animação, o vídeo foi produzido por Balázs Gróf. Veja abaixo.
Chuck Billy comenta: “Por estarmos tão ocupados com a turnê, não conseguimos agendar uma gravação do clipe e pensamos em tentar algo diferente, então criamos um vídeo matador em animação da música Children of the Next Level. Com a música falando sobre o culto Heavens Gate (nome de uma religião OVNI americana liderada por Marshall Applewhite e Bonnie Nettles), pensamos que seria uma boa história visual. Leva muito tempo e esforço criar vídeo animado e foi muito legal assistir como o processo ganhou vida. Acho que ficou incrível!”
Eric Peterson completa: “Assistir os clipes enquanto eles estavam sendo montados foi emocionante, mas depois de vê-los pela primeira vez do começo ao fim, é hilário pra caramba e muito engraçado de assistir. Ele se apega ao storyboard das letras enquanto continua divertido de assistir. Acho que mesmo os fãs ‘não-metal’ vão adorá-lo também”.
O tão esperado sucessor de Brotherhood of the Snake (2016), Tales of Creation, foi produzido pelo vocalista Chuck Billy e pelo guitarrista Eric Peterson, enquanto Juan Urteaga, da Trident Studios, ficou com a co-produção, gravação e engenharia de som. Andy Sneap foi responsável pela mixagem e masterização do álbum. Eliram Kantor intensificou-se mais uma vez para criar uma nova obra-prima para a arte de capa.
Em entrevista ao Heavy New York, Billy foi perguntado se o novo álbum do Testament é uma continuação musical de Brotherhood of the Snake. “Você está sempre tentando superar o seu último álbum, e eu pensei que Brotherhood…, até aquele momento, era um álbum bastante forte. Este, definitivamente, é (um álbum) autônomo – todas as músicas têm sua própria identidade. Eric, de algum modo, veio com uma maneira de fazê-lo soar Testament, mas ainda sinto um novo frescor, de modo que é bastante impressionante”, respondeu.
Billy também explicou o processo de gravação: “Foi um processo mais rápido do que da última vez, mas acho que, no final, a mixagem está incrível, as músicas saíram maravilhosas e o processo não foi tão doloroso quanto da última vez. Então, é um bom álbum. Mal posso esperar para que todos o ouçam”.
Perguntado se ele espera a música ser terminada antes de começar a trabalhar nas letras, ou se tem letras em mente antes mesmo de ouvir uma nota musical, Chuck revelou: “Tenho alguns conceitos antes de ouvir música e os aplico nos meus sentimentos quando sinto a música. Geralmente, muito disso vem do riff primeiro, não da música (inteira). Meio que sinto isso e encontro meu caminho”.
Sobre a pré-produção do álbum, Chuck explicou: “Nesse álbum, não começamos a trabalhar em nenhuma demo, então muitos riffs foram rolando com ideias no estúdio e depois foram se afinando, o que eu sinto que impressionou a nós mesmos. Às vezes, quando você está sob pressão, acho que trabalha um pouco mais e dá um pouco mais de si. Então, novamente, nós nos cobramos em estúdio: ‘Vamos lá. Vamos gravar esse álbum agora’. Valeu a pena, porque o álbum saiu ótimo. A performance de todo mundo – Steve (DiGiorgio, baixo) e Gene (Hoglan, bateria) simplesmente destruíram neste álbum. É um álbum incrível. Acho que os fãs do Testament vão curtir”.
No ano passado, Billy disse à rádio WSOU que o novo álbum do Testament “definitivamente” conteria “alguns elementos diferentes. Acho que Eric, definitivamente, voltou a subir um pouco, talvez, não sei, nos seus sapatos do Mercyful Fate”, brincou. “Há muitas coisas do Mercyful Fate. Eric faz algumas coisas de black metal. Há algum ‘beats’ explosivos, que ele meio que misturou ali, o que não é uma norma para nós. Portanto, é novamente um pouco diferente. Acho que as músicas definitivamente têm sua própria identidade”.
Sobre a maneira que está cantando no álbum, Chuck Billy disse que está usando seu “tom melódico de voz e menos voz de death metal. Foi simplesmente para onde as músicas levavam”, explicou. “Há uma música aqui que foi uma das últimas que surgiram, é uma das mais lentas, e eu meio que me esquivei disso porque o ritmo do resto do álbum era bem rápido, então, eu não tinha certeza de que era o encaixe correto, mas, no final, depois que a compusemos e a terminamos, se tornou uma ótima música. Mas estou fazendo algumas coisas diferentes ali. Eu nunca cantei uma harmonia de três partes em uma música do Testament. E nesta, houve uma situação em que eu tentei e fiz, e parece muito legal para a música. Era somente algo diferente. Desafiar as notas que eram diferentes de usar e diferentes desafios, e eu meio que curti. Foi realmente muito legal e, na verdade, fez a experiência nessas músicas, em termos de criação, ser bem divertida.
Voltando a falar de Children of the Next Level, Billy, finalizou dizendo: “Essa realmente foi a que chegou junto lirica e musicalmente”, vibrou.