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THE BLACK METAL UNHOLY CEREMONY VI – 10 de novembro de 2018, Salvador/BA

Texto por: Anton Naberius
Fotos por: Giovan Dias
Bandas: Mystical Fire, Eternal Sacrifice, Hecate e Arkhõn Tõn Daimoniõn

Mystical Fire, Foto por: Giovan Dias

Talvez essa tenha sido uma das noites mais esperadas do ano para o cenário do Metal Negro Nordestino. Com certeza, após 18 anos, Eternal Sacrifice e Hecate dividem o mesmo altar para celebrar os vinte e cinco anos de existência da horda Eternal Sacrifice. No mesmo ensejo, a Eternal Sacrifice lança seu terceiro álbum “Ad Tertivm Librvm Nigrvm”, um dos álbuns mais aclamados do ano nacionalmente e com indícios sólidos de surpresa da crítica especializada internacional.

A noite inicia sob a mística chama Thelemica da horda Sergipana Mystical Fire, uma veterana e underground entidade que sobe ao altar a fim de destilar todo seu perverso trinar maligno. Os portais umbralinos se abrem com: Pelos Ritos da Magia Thelemica assolando o espaço Benholf, uma das raras casas noturnas soteropolitanas com estrutura adequada para eventos musicais. O público ainda estava tímido e adentrando ao espaço, quando Worshipping Shadow vocifera suas blasfêmias através de Infernal Majestic… e a casa começa a ser preenchida de demônios sedentos por aquelas apresentações repletas de magia ritual, morte, sangue, fogo e fumaça. Mystical Fire abre de forma triunfante com um Metal Negro ríspido e bem adornado por seus novos e velhos integrantes, mostrou toda sua tradição em hinos como: Hibrid Host in the Abismal Empire (que titula uma de suas demos mais aclamadas), In the World of Forbidden Dreams, Mystical Fire (da demo We: the decayed angels – outro clássico underground) fechando a noite com Satanic Ritual (música originalmente composta pela banda Death Altar e reeditada na demo We: the decayed angels). Grandiosa apresentação da Mystical Fire, abrindo os trabalhos da noite com a experiência de quem sabe fazer metal negro com excelência.

Eternal Sacrifice, Foto por: Giovan Dias

A segunda horda da noite é a Eternal Sacrifice, qual executou seu terceiro álbum na íntegra, um repertório ousado e inesperado para o público presente. Vale comentar toda a produção trazida pela horda que adornou sua apresentação, um cenário profano e maléfico assinado por artistas como Marcio Menezes (Blasphemator Arts), Renata Abad (Hatred Store), Lindemberg Borges (Totem Arts) e o próprio Anton Naberius, mostrando seus traços sombrios pagãos e a caminhada árdua nas trilhas da mão esquerda.

Com a fumaça dos incensos e o entorpecer da escuridão a apresentação se inicia com uma carga negativa monstruosa sob o trinar de Introirvm seguida de uma das músicas mais perversas do álbum: CHAPTER I – The Three Mashu´s seals: The Conquest of the Ganzir and Arzir Gates (Hazred área), a música parece ecoar no espaço onde o público se transforma em verdadeiros demônios, girando no ar e debatendo entre si, num intenso frenesi aos berros, uma sensação indescritível… Os magos de mantos negros seguem seu culto às trevas com seus hynnos pagãos repletos de magia e sortilégio. Entre os hynnos mais aclamados da banda estava: CHAPTER III The Amulet, the fire and the seals of wisdom in the course of a triple life.

Eternal Sacrifice, Foto por: Giovan Dias

Um daqueles que possuem uma pegada intensa e destruidora, aclamando por intensa vociferação e riffs potentes emanados por Charles e Orias (Guitarras), por marcações ritualísticas do Frater Deo Sóror e o novo baixista da horda: Frater Nigrvm Ayangá Ilasha, e a sinfonia sinistra de Sado Baron Szandor Kastiphas (Teclados). O público se mostra insano, verdadeiramente possuídos por toda aquela atmosfera perversa. Com o hynno: CHAPTER VII – The emptiness, the guard of the sortileges and the time in which the dust takes the rites. A banda chega ao auge de sua apresentação, com um feeling soberbo e a surpreendente participação do público que cantou todas as músicas do álbum junto com a banda e nesta não poderia ser diferente. De fato o público desta noite foi um protagonista a parte. Encerrando a noite, a banda executa um hynno de uma horda soteropolitana em forma de homenagem ao seu aniversário de 25 anos, Evil Assenssion é executada, deixando todos muito surpresos por se tratar de uma música da banda Anubis (R.I.P.), que foi uma das bandas contemporâneas da Eternal Sacrifice e que ficou pelo caminho, deixando um legado muito importante na história da banda e da cena baiana, com esta a horda Eternal Sacrifice finaliza sua apresentação deixando aquela sensação indescritível e revigorante.

Hecate, Foto por: Giovan Dias

A terceira horda da noite é a Hecate, e eles chegam com o que mais era esperado por todos, toda sua sombria e perversa atmosfera pagã. E começa com a Intro – A Sombria e logo em seguida com um dos seus hynnos mais perversos: Dianus Lucifero (música que abre seu EP V.I.T.R.I.O.L.) fazendo o público mergulhar em seu reino de chamas pagãs. A performance de palco e toda a postura da horda hipnotiza a todos, com hynnos poderosos como: Entrar no Prazer Eterno, A Celebração, Anjo Caído e Leviathan (música de um dos splits LPs mais fantásticos que participou – Invocando antigos demônios).

Hecate faz uma apresentação irrepreensível e soberba que, com toda certeza, deixou todo o público muito satisfeito com o que viu e vivenciou, certamente é uma das bandas mais completas do metal negro nacional, daquelas que sabe aliar música obscura, ideologia e lirismo em perfeita harmonia, sem citar a verdade passada através de sua performance. A apresentação prossegue com hynnos do split com Mausoleum Triunfal Aliança, músicas novas e mais hynnos do Ep “V.I.T.R.I.O.L.” fechando sua longa apresentação nesta noite maldita e aclamados pelo público presente.

Arkhõn Tõn Daimoniõn, Foto por: Giovan Dias

Fechando a noite, sobe ao altar, aproximadamente as 3h da manhã de domingo a veterana Arkhõn Tõn Daimoniõn e seu power trio infernal, trazendo músicas de sua história de resistência dentro do metal negro. Renounce The Most Holy Trinity abre a apresentação soberana da Arkhõn, mostrando eficiência e bestialidade peculiar dos seus hynnos há anos. Uma boa aquisição da banda, certamente, foi o ingresso do baterista Count Mortus Infernalium que deu uma dinâmica muito boa ao som da banda, equilibrando muito bem os riffs perversos de Grim e o baixo pesado de Musifin. A apresentação da Arkhõn se mostra bem pautada em suas demos oficiais e nas participações das coletâneas como as músicas: Assembly at Honor of Evil, A Beautiful Witch Consecrate High Priestess in Black Art e Brotherhood of Sathanas. O público se manteve firme até as 4:30 da manhã, quando a Arkhõn encerra sua apresentação nesse, que foi considerado um dos festivais mais marcantes dos últimos anos em terras Soteropolitanas, especificamente para o Metal Negro e contou com um excelente público que lotou a casa e caravanas que vieram do interior do estado e de pessoas que vieram de cidades como Aracajú (SE), Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre (RS), Campina Grande (PB) etc…

Que outros eventos como esse possam acontecer, com potencial idêntico ou superior. Aproveitando para parabenizar a produção do evento pelo respeito ao público e as bandas, por uma boa aparelhagem e as instalações da casa que fizeram a diferença para que as apresentações fossem perfeitas.

Anton Naberius

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