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THE DEVIL WEARS PRADA

A nova empreitada da Liberation pós-mini festival de aniversário foi armar uma tarde para celebrar novos, mas já estabelecidos nomes do Metalcore. De volta ao Brasil depois da primeira passagem pelo mesmo Carioca Club há dois anos, o The Devil Wears Prada foi o headliner da noite que contou também com o Withechapel e The Architects. O TDWP era principal não só no set e no número de fãs presentes, mas também no merch que chegou a ser o dobro das outras bandas no início do show, com preços reduzidos a pedido dos próprios ao longo da noite. Fora dos palcos, no meet & greet realizado antes das apresentações e depois dos shows, os integrantes das bandas, especialmente as estreantes em terras brasileiras, desacreditavam do bom retorno e do reconhecimento e quantidade de fãs que tem por aqui.

The Architects, quarteto do Reino Unido, deu início à festa chegando de mansinho com uma ‘intro’ incidental e somente com o batera sem camisa. Tocando agora com Josh Middleton no lugar do recém-saído Tim Hillier-Brook, abriram com “Devil’s Island”, do recém-lançado “Daybreaker”, quinto álbum de estúdio, seguida por “Early Grave”. O ‘circle pit’ começou a ser ‘pegado’ no som seguinte, “Follow The Water”, até então o mais cantado pelo público. Com um set mais curto e um público que encheu a pista, mas esperava pelas bandas seguintes, ainda tocaram “Learn To Live” e “Delete Rewind”. O vocal Sam Carter disse que era uma alegria poder estar aqui, agradeceu as outras bandas e mencionou a surpresa já que não esperava encontrar tanta gente e tantos fãs da banda. Ainda deu tempo para mais três sons, entre eles “Dethroned” e mais uma das novas, “Thes Colours Don’t Run”, que encerrou o show.

Cortinas fechadas e palco sendo montado para a banda que dividiu o público entre antes e depois do show principal. Destoando do restante, o Whitechapel foi a única Deathcore do cast. E deixou isso muito claro na apresentação que incluiu muitos fãs deles, mas deixou de stand by outros tantos que curtiram o show de abertura e ou só chegaram para ver a banda mais esperada. Com muita oscilação de som estabelecida durante o show, a banda entra um a um com destaque para o batera Kevin Lane. O vocal Phil Bozeman parece ter um dispositivo acoplado quando solta a voz, parece impossível um gutural tão grave sair de um corpo tão magrelo. Mas dá e bem conta do recado. Pelo estilo é a banda que mais se aproxima, sem comparações, mais com um tipo de som mais voltado para o Down Metal e pegada mais trabalhada do que a porradaria desenfreada ou cheio de agudos. Outra diferença marcante é o bumbo duplo e a presença de palco do vocal, mais teatral, subindo nos retornos e chamando a galera para agitar.

O circle pit foi praticamente permanente no show com um set mais baseado no “A New Era Of Corruption” (2010). Só dele tocaram “Breeding Violence” (que abriu o show), “The Darkest Day Of A Man”, “End Of Flesh”, “Unnerving”, “Reprogrammed To Hate” e “Murder Sermon”, uma das mais aguardadas. Antes de encerrar, Phil falou do novo disco que estão preparando e com previsão de ser lançado em julho. Disse também que espera que o ele saia aqui e que voltem para divulgá-lo para os fãs brasileiros. Fecharam com a trinca barulhenta composta pelos hits “Vicer Exciser”, “Eternal Refuge” e “This Is Exile”.

Quando o batera do Whitechapel voltou para entregar baquetas para os fãs, as cortinas já estavam fechadas e desta vez o palco inteiro sendo desmontado. Quando deveria ser o contrário, houve uma debandada numerosa do público, o que nem assim deixou a pista menos vazia para o que viria na sequência.

Sem muito atraso, também com ‘intro’ incidental e muita gritaria, enfim o mais aguardado e o que prometia ter fãs mais exaltados e um circle que foi o mais intenso de todas as apresentações da noite. Até o set de luz coloridas favoreceu mais o The Devil Wears Prada, mas méritos das equipes de cada um e não por privilegiar mais um do que outro. Embalados pelo recente e badalado “Dead Throne”, abriram o show com a faixa título deste álbum para delírio geral da galera presente. Depois, vieram “Untidaled” e “Escape”.

Antes de “Born To Loose”, o vocalista Mike Hranica declarou que era espetacular tocar novamente aqui durante essa tour pela América do Sul e agradeceu a todos que vieram vê-los. Com um set contemplando todos os discos da carreira, “Mammouth” e “‘Hey John, What’s Your Name Again?” foram as seguintes. Falando pouco durante os sons, Mike ainda citou as outras bandas e comentou sobre a tour que fizeram o ano passado pela Europa com o Whitechapel, deixando claro que apesar de estilos diferentes são todos parceiros de estrada e levando o novo do Metalcore para todos os cantos do planeta. A ‘intro’ de “Outnumbered” foi acompanhada na íntegra pelo público e seguida por “Assistant To The Regional Manager”.

Depois de “Dez Moines” e antes de “Dogs Can Grow Beards All Over”, Mike disse que defendem a ideia do cristianismo, que as pessoas acreditem em Jesus e sigam um bom caminho. Então, os músicos saíram do palco e retornaram em seguida para mais três sons – “Chicago”, “Constance” e “Danger: Wildman”, que encerrou a noite.

As pessoas fazem uma ideia de que bandas que optam por seguir determinadas doutrinas como o ‘straight edge’ ou cristãs como o TDWP tendem a ter shows mais calmos e focados. Ideologicamente sim, mas nada centrados na calmaria. Por isso, é quase impossível não parafrasear o fato de que, sendo uma banda religiosa, o show foi acima do divino. Matou a vontade de quem não os viu aqui em 2010, fez novos e antigos fãs curtirem como “Death Throne” anda soando ao vivo e mais: trouxe outras tão esperadas como eles tocando pela primeira vez. Abençoado seja o barulho!

 

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