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THE SISTERS OF MERCY

A primeira visita do grupo liderado pelo vocalista e único membro original Andrew Eldritch ao Brasil foi no saudoso Projeto SP em 1990. Na época, a banda havia acabado de lançar seu terceiro ‘full-length’, “Vision Thing”, que trazia mais peso e guitarras Rock’n’Roll ao já característico clima dark e soturno das antigas composições. A segunda apresentação do Sisters no país só foi ocorrer em 2006, quando São Paulo viu uma Via Funchal completamente abarrotada para presenciar um show empolgante, já com a formação atual, e que desagradou aos menos fanáticos por não conter sequer uma música do aclamado “First And Last And Always” (1985). O mais curioso é que Eldritch & Cia não lançam absolutamente nada desde aqueles longínquos 1990. Pelo menos oficialmente, já que há uma série de canções que eles costumam apresentar ao vivo há mais de década e que já são pra lá de conhecidas do público que acompanha o grupo.

Mesmo assim, continua a ser impressionante o poder de manter seus fãs e ainda angariar novos – pessoas que sequer era nascidas quando a banda lançou “Vision Thing”. O que vimos na sexta-feira, 16 de setembro, foi mais uma casa de shows totalmente lotada e absorvida por fãs que aguardavam ansiosamente pelas mesmas músicas que curtem e dançam há 26 anos. Ainda que o Sisters tenha apresentado uma ou outra canção diferente das tocadas em outras apresentações por aqui, os fãs querem mesmo é poder presenciar aquela atmosfera dark, as luzes fortes, a fumaça, a penumbra, a bateria e o baixo infalíveis (pré-gravados), as guitarras ora pesadas e ora climáticas e, claro, a voz soturna e poderosa de Eldritch. E, mais uma vez, o êxtase se fez presente.

O grupo adentrou o palco e, sem cerimônias, emendou “More”, “Ribbons” e um pequeno medley de “Dr. Jeep” e “Detonation Boulevard”, todas presentes em “Vision Thing”. Os novos arranjos que a banda adota ao vivo para suas músicas, aliás, privilegiam as faixas desse disco, já mais distorcidas por natureza. A maioria das canções são apresentadas ao vivo em versões editadas, o que dá uma ar mais punk ao show. Nessa adaptação de arranjos, também, o Sisters consegue deixar todas suas músicas mais similares e homogêneas, como se todas fossem do mesmo álbum. Assim, sem dizer uma palavra (e dessa vez Eldritch não disse mesmo uma única palavra entre as músicas), detonaram versões de “Logic”, “Body Electric” e “Alice”, uma das mais celebradas. Um pouco diferente da forma como foram apresentadas em 2006 e nos shows subsequentes que fizeram por aqui, dessa vez havia ainda um pouco mais de proximidade com os arranjos originais das faixas mais antigas, ainda que o peso das guitarras e os riffs mais distorcidos de Ben Christo e Chris Catalyst continuem dando o tom.

O show continuou com uma das “novas”, “Crash And Burn”, e em seguida a casa veio abaixo com uma bela versão de “No Time To Cry” e outra de “Marian”. Desde 2006, aliás, essa deve ter sido a apresentação do grupo no Brasil que mais contou com músicas de seu primeiro disco. Porém, ainda havia espaço para mais algumas novas, incluindo “Arms”. De todas, essa talvez tenha sido a mais desnecessária na apresentação, já que é uma música menor na carreira do grupo e ainda conta com um refrão bem parecido a de “Flood II”, que eles também tocaram. Logo após, entretanto, veio uma das que mais contou com a presença do público: “Dominion / Mother Russia”, do aclamado “Floodland” (1987). Um clássico que colocou o Tom Brasil abaixo e fez a alegria dos mais saudosos.

O show continuou com outras das mais recentes, a boa “Summer”, tendo na sequência a instrumental “Jihad”, herança do projeto The Sisterhood, cujas músicas de seu único álbum, “Gift” (1986), costumam aparecer com frequência nos shows da banda. A clássica Valentine veio em seguida e emocionou os fãs mais fervorosos. Para fechar essa primeira parte, a já citada “Flood II”.

Em pouco tempo a banda retornava para o primeiro bis, emendando a balada “Something Fast” (que tal “I Was Wrong” em uma próxima oportunidade?) e duas das que mais agitaram o público: “Lucretia My Reflection” e “Vision Thing”. Mais uma rápida pausa e voltam para encerrar de vez com a maravilhosa trinca “First And Last And Always”, “Temple Of Love” e “This Corrosion”. Fica a esperança que retornem sempre para mais um espetacular show “mais do mesmo”. Os fãs agradecem.

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