TYGERS OF PAN TANG relança o álbum “Animal Instinct” em versão remixada e remasterizada

Leandro Coppi
25/11/2024

Robb Weir, fundador do Tygers of Pan Tang e guardião da chama, estava em uma encruzilhada. Ele tentou manter os Tygers vivos com formações diferentes, mas agora ele estava na posição de ver suas esperanças se dissolverem completamente, já que a banda não conseguiu encontrar o vocalista certo. Ele estava determinado a dar mais uma chance e a banda procurou um novo frontman. Ele sabia que esta era possivelmente sua última chance. Entra em cena Jack Meille, residente de Florença e dono de uma voz capaz não apenas de fazer justiça ao catálogo passado dos Tygers, mas, crucialmente, de criar as melodias de hard rock essenciais para o som futuro da banda.

Robb se lembra bem da audição de Jack. “Eu sabia, desde o momento em que levantei minha mão para parar a audição de Jack 40 segundos depois e ofereci a ele o emprego… Eu só sabia que ele seria a ‘Voz’ dos Tygers“. Ele se juntou à formação existente de Robb Weir, Craig Ellis, Dean Robertson e Brian West e logo eles estavam no estúdio juntos gravando o que se tornaria Animal Instinct.

Jack tem fortes lembranças de sua primeira sessão de gravação com a banda. “Eu estava tão nervoso no primeiro dia de gravação no estúdio. Eu tinha escrito algumas melodias e letras, mas foi a primeira vez que gravei longe de Florença, em um estúdio em que nunca estive. Tudo era tão novo, emocionante e exigente ao mesmo tempo! Lembro-me de ter dormido melhor da minha vida, pois estava tão exausta depois de cada sessão“.

Sempre houve algo na versão original que incomodava a banda: a capa. Sentiam que ela não fazia jus ao grupo. Foi aí que entrou Andy Pilkington, responsável pelas capas dos dois últimos álbuns dos Tygers. Ele foi convidado a criar uma capa que estivesse à altura da qualidade vista em outros álbuns da banda. Além disso, eles sentiram que o som precisava de uma nova mixagem e recorreram aos serviços do amigo de confiança e produtor Marco Angioni para adicionar o brilho necessário a um álbum que já soava excelente. Uma faixa bônus, Don’t Say Rock’n’Roll is Gonna Die, também foi incluída na reedição.

Mas vamos deixar a palavra final para Geoff Barton (o homem que cunhou o termo NWOBHM) que, quando revisou Animal Instinct para a revista Classic Rock, considerou que não era apenas um álbum merecedor de 8 de 10, mas confessou que era “preferível às ofertas atuais do Whitesnake e do Def Leppard“.