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UDO DIRKSCHNEIDER e TIM “RIPPER” OWENS – São Paulo (SP)

Por Nelson Souza Lima

Fotos: Belmilson dos Santos

Em mais um final de semana com muitos shows e ainda num feriadão, São Paulo recebeu inúmeros eventos do rock pesado. Entre eles, a apresentação que reuniu os lendários vocalistas Udo Dirkschneider e Tim “Ripper” Owens. Em turnê conjunta, o ex-Accept e o ex-Judas Priest chegaram à capital paulista após shows em Santiago (CHI), Buenos Aires (ARG) e Limeira, interior de São Paulo. O rápido giro pela América do Sul passa ainda por Curitiba em 26 de abril, se encerrando em Porto Alegre no dia seguinte.

Em São Paulo, Udo e Owens mostraram por que estão entre os maiores representantes do heavy metal ao lotar o Manifesto Bar com bangers de várias gerações, gritando muitos “hey, hey, hey” e esgoleando as músicas de Accept e Judas Priest. A casa recebeu um público tão grande que dificultava o deslocamento até o bar. Compreensível, uma vez que Ripper incentivava a todo instante o consumo de cerveja gelada. Apesar da noite fria, o Manifesto estava infernalmente quente.

Antes da apresentação do ex-Judas Priest, que abriu a noite, clássicos do metal de várias épocas fizeram o “esquenta”. Nas pick-ups, o DJ Edy Machine, famoso por suas discotecagens no melhor esquema old school com discos de vinil, mandou Kiss, Triumph, Twisted Sister, Quiet Riot, Airbourne, AC/DC, Pantera, entre outras.

Por volta das 19h40, a banda formada por Fábio Carito (baixo), Johnny Moraes e Wagner Rodrigues (guitarras) e Marcus Dotta (bateria) desceu as escadas que dão acesso ao palco, saudada pelo público. Na sequência vem Owens, trajando jaquetão de couro, boné e óculos escuros, ovacionado aos gritos de “Ripper” (estripador), adjetivo incorporado ao seu nome e que também é uma das canções mais marcantes do JP, lançada em 1976, no álbum Sad Wings of Destiny.

O set de Ripper Owens trouxe logo de cara Metal Gods, de Bristish Steel (1980), um dos melhores álbuns do Judas, para dar início ao bate-cabeça com todo gás. Em seguida, o vocalista grita ao público perguntando seu nome. Numa catarse coletiva todos respondem “Ripper”. Essa interação com os fãs deu lugar a já mencionada The Ripper, que levou o Manifesto à loucura.

A introdução porrada de batera de Marcus Dotta para Painkiller elevou ainda mais a temperatura e o caos instalado com Owens mandando timbres e agudos de alto nível. Antes de Burn In Hell, o vocalista disse que se sente muito bem em São Paulo e voltar ao Manifesto é como estar em casa. Importante ressaltar os instrumentistas. Rodrigues e Moraes alternaram riffs e solos de maneira coesa e Fábio Carito no baixão de cinco cordas deixa claro que é um dos maiores baixistas do Brasil. Para encerrar o set de Owens as porradas One On One, de Demolition (2001), segundo gravado por ele quando integrou o Judas, e Electric Eye, de Screaming For Vengeance (1982).

Antes de passar o mic para Udo Dirkschneider, Ripper disse que agora era a vez do mestre tomar o palco, que é uma honra estar em turnê com o lendário cantor alemão e brincou que Udo teria uma experiência única ao descer as escadas do camarim ao palco. Quem conhece o Manifesto sabe que os camarins ficam num nível acima e que é preciso descer uma escada íngreme para chegar ao palco. Mas nada que intimidasse o icônico vocalista que levou os fãs ao caos. É… O que dizer quando se está diante de uma lenda do heavy metal? Um cara que gravou alguns dos maiores hits do metal oitentista e que é a voz de Balls to the Wall, disco que faz parte da formação metaleira de muitos, inclusive da minha. É se jogar e ovacionar o cara. Aos 71 anos, completados em 6 de abril, o baixinho vira um gigante no palco, agitando o público, chamando pra cantar junto com uma voz que pouco ou, quase nada, mudou ao longo das décadas.

Starlight, de Breaker (1981), deu início ao show. Em entrevistas passadas, o alemão disse que a “era de ouro do Accept” rolou entre 1981 e 1985, quando lançaram, além de Breaker, Restless and Wild (1982), Balls to the Wall (1983) e Metal Heart (1985). Desses álbuns vieram todas as músicas do show e que provavelmente é o mesmo de toda a tour. De Breaker tocaram, além da mencionada Starlight, a faixa-título. De Restless and Wild, mandaram Princess of the Dawn e Fast as a Shark. Metal Heart foi o que mais cedeu músicas: Living for Tonite, Midnight Mover e a icônica faixa-título.

Do meu disco favorito do Accept, Balls to the Wall, detonaram somente a faixa-título, mas que é um verdadeiro hino do metal com solos, riff insano e o famoso “oh, oh, oh” a plenos pulmões do público. Ela encerrou o set de Udo com participação de Owens, que voltou para num dueto insano ao lado do alemão, mandando duas clássicas do Judas Priest: Breaking The Law e Living After Midnight. Final apoteótico, fãs sem voz, mãos chifradas ao alto, banda afiada e a certeza de que Udo e Owens fizeram mais um show memorável. Segundo o baixista Fábio Carito, a tour está incrível, mas lamenta só ter mais dois shows em Curitiba e Porto Alegre. Para ele dividir o palco com Udo é sensacional por tratar-se de um ícone da música pesada.

Setlist – Ripper Owens:

Intro

Metal Gods

Ripper

Burn In Hell

Painkiller

Hell Is Home

One On One

Electric Eye

Setlist – Udo Dirkschneider:

Starlight

Living for Tonight

Midnight Mover

Breaker

Princess of the Dawn

Fast as a Shark

Metal Heart

Balls to the Wall

Breaking the Law (c/ Ripper)

Living after Midnight (c/ Ripper)

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