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VENOM INC. cancela participação no festival Psycho Las Vegas

O VENOM INC., banda formada pelos membros originais do VENOM Jeff “Mantas” Dunn (guitarra) e Anthony “Abaddon” Bray (bateria) ao lado do ex-baixista/vocalista do VENOM, Tony “Demolition Man” Dolan, foi forçada a cancelar sua aparição nesta edição do festival Psycho Las Vegas, que será realizado entre os dias 17 e 19 de agosto no Hard Rock Hotel & Casino em Las Vegas, Nevada.

Mantas disse em um comunicado: “É com pesar que devo informar a todos vocês que eu e o VENOM INC. não estaremos participando neste ano no Psycho fest em 17 de agosto. Isto se deve a circunstâncias completamente fora do meu controle, quando eu mesmo sofri um grande ataque cardíaco em 30 de abril, que de fato tirou minha vida, embora, felizmente, eu tenha sido ressuscitado e passado o mês seguinte em três hospitais diferentes, antes de passar por uma cirurgia de by-pass duplo. O outro fator, claro, é a do visto, já o calendário não poderia ter sido pior.

“Eu não cancelo shows, e mesmo agora estando apenas 10 semanas no meu período de recuperação, eu estou fazendo o meu melhor para me apresentar e tocar. No entanto, devido ao momento infeliz deste período da minha vida, eu tenho que me desculpar, e espero que todos vocês entendam.

“Por favor, aproveitem o que tenho certeza que será um grande festival com grandes bandas, e espero sinceramente ver todos vocês em breve”.

A ROADIE CREW comunicou o ocorrido com o vocalista em 30 de maio, logo após Mantas ter postado sua declaração. Em um comunicado postado na página do Facebook do VENOM INC, o músico, que mora em Portugal, revelou que sentiu uma dor “insuportável” em 30 de abril, enquanto fazia uma visita a uma farmácia local para adquirir um novo inalador para sua esposa.

“Um dia como outro qualquer, o sol estava brilhando, e eu e Anita saímos de casa para nos dirigir à uma aldeia próxima de nós”, escreveu ele. “Anita precisava de um novo inalador, então fomos até a farmácia para conseguir um. Foi quando tudo mudou. Eu comecei a sentir o que julguei ser apenas uma indigestão, mas depois a dor piorou. Eu decidi voltar para o carro e esperar, mas a essa hora a dor era insuportável, o pessoal da farmácia me ajudou a sair do carro e me levaram de volta para dentro, uma ambulância foi chamada e, na chegada, sou levado para a ambulância para ser monitorado e avaliado. A dor não está diminuindo de forma alguma, e assim os paramédicos chamam um médico. Quando o médico chega com uma enfermeira, sou imediatamente ligado a um eletrocardiograma e me é dada a notícia de que parece que duas válvulas no meu coração estão bloqueadas.

“O que aconteceu a seguir classifica-se facilmente como a experiência mais aterrorizante da minha vida. Lembro-me de chamar o nome de Anita e ouvir minha própria voz dizendo: ‘Foda-se, lute! Não ouse desistir! LUTE!’ E então, nada.

“Disseram-me que os paramédicos e o médico lutaram por mais de cinco minutos para me trazer de volta… Essencialmente, eu tinha morrido na ambulância.

“Quando estabilizei o suficiente para ser transferido, fui levado para a unidade coronária de Leiria, onde tentaram introduzir um stent para desbloquear as artérias. No entanto, isso não foi bem-sucedido e, portanto, o próximo passo seria um bypass duplo.

“Depois de alguns dias em observação e de todos os tipos de medicação para manter tudo em equilíbrio, fui transferido para a unidade cardiotorácica de Abrantes para aguardar a transferência para Lisboa para o bypass duplo.

“Agora estou em casa descansando e me recuperando, caminhando e construindo lentamente minha força.

“A partir deste dia, passar pela segurança do aeroporto será interessante, pois o meu peito é preso com aço cirúrgico.

“Tem havido coisas que aconteceram durante as últimas semanas, as quais achei muito difíceis de aceitar, mas está melhorando.

Eu simplesmente não sei por onde ou como começar a agradecer a cada médico, enfermeiro ou profissional de saúde que tenha desempenhado algum papel, por menor que seja, para me ajudar a me recuperar disso. Ainda há um caminho a percorrer, mas permaneço positivo.

“Meus agradecimentos e amor duradouro vão para Anita, que esteve comigo a cada passo do caminho. Meu irmão Tony Dolan, que ao ouvir a notícia, pegou o primeiro voo disponível para estar ao meu lado. Meus vizinhos e amigos em nossa maravilhosa vila, que, apesar das barreiras da linguagem, demonstraram tanta preocupação e compaixão.

“Espero ver vocês em um palco em algum lugar do mundo em breve, meus amigos. Total respeito, Jeff.”

O álbum de estreia da banda, Avé, foi lançado em agosto passado pela Nuclear Blast.

 

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