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VIRUS – 14 de março de 2020, São Paulo/SP

Interessante reflexão. Por mais que os shows de metal underground não lotem como há 15 ou 20 anos, não deixa de ser louvável a atitude de muitos camisas pretas, em meio a essa crise do COVID-19 (Coronavírus), driblaram essa triste notícia e foram apreciar a música que gostam. O mais legal disso tudo foi para assistir uma das bandas mais históricas e relevantes do metal nacional: Virus. Porém, vale ressaltar que esta foi a última data que o SESC Belenzinho abriu suas portas para conter o avanço do Coronavírus. É, parece bizarro, mas foi justamente no dia em que o pioneiro do metal brasileiro faria a divulgação de seu álbum Contágio.

Surgida na década de 1980, período romântico do metal nacional, foi uma das integrantes da clássica coletânea SP Metal 1 (1984), lançada pela Baratos Afins, além de ser reconhecida pela qualidade dos seus shows, seja pela técnica ou pela parte cênica. Após uma pausa nas atividades, a banda voltou em 2015, inicialmente para um show comemorativo da citada coletânea, o que foi a fagulha que faltava para o retorno, que foi fisicamente muito bem representado pelo álbum Contágio, lançado em 2019.

Com um ótimo disco no bolso, Flavio Ferb (vocal), Fernando Piu e Renato RT (guitarra), Guilherme Boschi (baixo) e Lucio del Ciello (bateria) seguem a saga também nos palcos, com poucas, mas marcantes apresentações, como a presenciada nesse sábado digno de verão no SESC Belenzinho, palco que já recebeu grandes nomes do metal nacional como Sepultura, Funeratus, Andralls, Headhunter DC, entre muitos outros.

Pontualmente às 21h30, ao som da ‘intro’ Ignis, o quinteto adentrou ao palco com a clássica Matthew Hopkins (o famoso caçador de bruxas do Século XVII), seguida da contagiante Povo do Céu e Sacrifício (presente no documentário Brasil Heavy Metal). Qual a impressão sentida/recebida? A de uma banda apaixonada, que sabe, com maestria e experiência, unir paixão e virtuosismo – aquela ‘vibe’ tão em falta em algumas bandas atuais.

Essa energia alto astral continuou representada com a épica O Eremita e a “para tudo” Metal Pesado, que seria a trilha perfeita pra todos os jovens que descobrem a música pesada, graças a sua letra: “Agora nossa lei é uma só… / Agora nosso som é um só…”. Até aí já teria sido memorável a apresentação, mas a banda chamou ao palco Marcello Pompeu (Korzus) para mandar Guerreiros do Metal, uma analogia perfeita a todos nós que vivemos esse universo por anos e décadas sem cessar ou retroceder. Mais que isso, uma união perfeita dos dois volumes de SP Metal.

Junto ao material autoral, o grupo mandou versões para Angel Witch (Angel Witch), lançada quarenta anos atrás, e Stargazer (Rainbow), cuja interpretação de Flavio Ferb foi de arrepiar, num verdadeiro tributo ao imortal Ronnie James Dio. A saideira veio com a clássica Batalha no Setor Antares, dando números finais a essa bela apresentação que, sem entrar no lance do saudosismo, mostrou que a molecada tem muito que aprender com a galera mais experiente.

Uma bela noite, que apesar do clima de caos e apreensão que tomou conta do mundo, provou que o heavy metal sempre teve seu público fiel. Agora, com o cancelamento/adiamento dos eventos, vamos nos cuidar, torcendo para que esse panorama mude e que o único vírus que queira nos infectar seja o da boa música. Principalmente o da banda homônima.

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