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O Vodu realizou no último sábado, 10 de dezembro, um ensaio aberto no Espaço Som (SP) para alguns convidados que compareceram para prestigiar a esse lendário grupo paulistano que está retomando suas atividades 30 anos após lançar o debut. Na ocasião, os integrantes originais André Góis (vocal), J. Luis “Xinho” Gemignani (guitarra), André “Pomba” Cagni (baixo) e Sergio Facci (bateria), que gravaram o disco de estreia, “The Final Conflict” (1986), mais o guitarrista Paulo Lanfranchi, que entrou na banda a partir do sucessor, “Seeds Of Destruction” (1987), proporcionaram um clima descontraído e amistoso e aproveitaram para apresentar algumas músicas que farão parte do novo álbum, que já está sendo preparado.

A ROADIE CREW esteve presente e Facci nos contou o motivo de terem organizado o evento: “Como nós não tocamos este ano, ficamos arrumando as músicas. Queríamos mostrar algo para nossos amigos e fãs. Pensei em fazermos um ‘pocket show’ no Gillan’s Inn English Rock Bar, mas não tinha data e teríamos que nos preparar para essa apresentação”, revelou. “Então, consegui o Estúdio Espaço Som e agendamos um ensaio mesmo, sem muito compromisso com as músicas antigas, para mostrarmos as novas. Deu tudo certo, claro que algumas ‘bolas na trave’ aconteceram, pois essas músicas ficaram definidas no final de novembro, mas valeu para nos aproximarmos da galera e mostrar de uma forma diferente o nosso novo material”, explicou.

Sobre a ideia de a banda voltar a se reunir após tanto tempo, André Góis contou: “Em 2007 voltamos, mas o Pomba não estava. Acabou não dando muito certo e paramos de novo”, disse. “Ano passado o Viper comemorou 30 anos e fez uma festa no Manifesto Bar, no dia 8 de abril, que foi a data da estreia deles em 1985. Fomos convidados separadamente para participar da jam e nos encontramos lá no camarim”, acrescentou. Segundo o vocalista, a atmosfera nostálgica entre amigos proporcionou o estalo. “Quando nos olhamos e falamos: ‘Pô, o Vodu está praticamente inteiro aqui!’. Partiu do Pomba a iniciativa de dizer: ‘Vamos nos reunir e fazer um som?’, e assim foi”, detalhou.

Quanto à apresentação, o bacana foi que ela não tinha cara de show, propriamente dito. Já que era ensaio, tudo bem se houvesse alguns erros na execução de uma música ou outra. No intervalo entre elas, os integrantes interagiam com os convidados, contando fatos curiosos sobre a banda e explicando a história por trás de algumas composições. No repertório apresentado, o Vodu trouxe as antigas “Let Me Live”, “Seeds Of Destruction”, “Keep On Fighting”, “What’s The Reason?” e “The Final Conflict”, e também as novas “The Enemy Inside”, “Walking With Fire”, “Unblessed”, “Say My Name”, “Empire Of Demise”, “Go To Be Free” e “Voodoo Doll”. Era para ter sido apenas uma hora de apresentação, mas a banda passou vinte minutos do horário, já que, a pedido do público presente, os integrantes ficaram para repetir algumas músicas e encerrar com “Ace Of Spades” (Motörhead). Ao final, os cinco permaneceram no local e em clima de descontração atenderam os presentes.

O que deu para perceber é que a banda se mantém fiel ao Heavy Tradicional que sempre praticou e pelo qual até hoje é cultuada. Entre as novas, “Empire Of Demise” foi um dos destaques. Essa em particular tem um riff muito legal e segundo André contou ao apresentá-la, ela foi composta pelo multi-instrumentista e amigo do grupo, Val Santos (Toy Shop, ex-Viper).

Após o show, André nos contou o motivo de terem decidido compor um novo álbum: “Quando sentimos que a nossa química ainda funcionava muito bem, que sentimos que tava muito legal o som, decidimos que só valeria a pena mesmo se nós gravássemos um disco novo, se tivéssemos músicas novas pra tocar. Não por não gostarmos do material antigo, mas por sentirmos que ainda podemos ser relevantes como banda”, enfatizou. André “Pomba” Cagni complementou: “O que moveu a volta do Vodu em 2015 não foi o saudosismo. Entramos num acordo de que só se justificaria se fizéssemos um novo disco com material inédito.” O material deverá se chamar “Keep On Fighting” e além de músicas inéditas, trará algumas regravações. “Gravar um disco novo é uma ótima oportunidade de regravar algumas das músicas antigas que nunca foram registradas com uma boa qualidade, sem dizer que todos nós evoluímos muito como músicos no decorrer dos anos”, analisou o vocalista. Segundo ele, a intenção é que o novo álbum seja lançado em 2017.

André também falou a respeito do que os fãs ouvirão no álbum: “Hoje o nosso som é mais simples e melódico, um Heavy Metal mais tradicional mesmo. Estamos muito satisfeitos com o novo material que apresentamos nesse ensaio/show. Ainda temos muitas músicas novas, minhas e dos outros músicos – voltei bem inspirado para compor para o Vodu. Temos também músicas antigas que não eram do Vodu, mas de alguém da banda em outro projeto. Essas músicas foram rearranjadas para compor esse nosso novo material porque são músicas ainda inéditas e muito legais, como o caso da “Got To Be Free”, que é do Xinho, na época do Spitfire. Ainda estamos trabalhando bastante nessas músicas novas e temos mais algumas para começar a tocar e definir o repertório do disco novo”, concluiu. Cagni também deu seu parecer: “Podemos definir que estamos fazendo Heavy Metal puro, sem rótulos, mantendo a tradição do nosso som, mesclando rapidez, quebradas com uma pegada atual, mas sem nenhum tipo de modismos.”

Para Facci, o resultado desse Ensaio Aberto foi satistafório: “Acredito que atingimos nosso objetivo, que era de estarmos bem perto do pessoal”, comemorou. “Penso que no ano que vem o Vodu virá com tudo, com o relançamento dos LPs em formato CD e o novo álbum”, finalizou.

Todos os LPs do Vodu, incluindo “No Way” (1988) e “Endless Trip” (1989), serão relançados em 2017 via Classic Metal Records. “The Final Conflict”, que saiu originalmente pela Rock Brigade Records, chegará ao mercado em janeiro. Tudo isso vem para consagrar uma carreira respeitável, dessa que foi uma das bandas que mais tocou pelo Brasil e que também realizou shows na Argentina e dividiu palco com nomes lendários como Venom, Exciter, Motörhead e Nasty Savage. Keep On Fighting, Vodu!

 

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