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VOODOOPRIEST

Apesar de surpreendente, a saída do vocalista Vitor Rodrigues do Torture Squad também gerou expectativas para um futuro e novo trabalho dele. Não demorou para que a novidade chegasse aos olhos e ouvidos dos fãs. Ele se juntou com um time experiente e de peso para dar vida ao Voodoopriest. As músicas liberadas dias antes do show e o vídeo convocação surtiram efeito. E na companhia de duas nacionais convidadas, Command 6 e Hatematter, a banda lançou no último dia 22 seu primeiro EP em São Paulo. Foi um cala a boca para quem diz que shows de Metal só com line up nacional não dão público ainda mais numa casa que mais tradicionalmente abriga shows de Hardcore e Punk. Com pista cheia, é que o público foi “voodoozado” e pode ser testemunha desta estreia no Hangar 110.

Quem abriu a festa foi o Hatematter. O quinteto baseou o set em músicas do seu mais recente trabalho, “Doctrines” de 2012, disponibilizado na rede e sem previsão de lançamento físico. O som faz uma mistura competente entre Thrash e Death vista em músicas como “Genesis”, que abriu o show, e a faixa título do álbum citado. A banda agitou o público mesmo na mais lenta do set, “Set Apart”. Tocaram ainda “No conscience”, única das executadas a ter videoclipe.

Em seguida veio o Command6. A banda que foi um dos bons destaques de 2012 continua na divulgação do elogiado disco “Black Flag”. Num show curto e com destaque para a presença de palco do vocalista Wash, a banda tocou alguns dos sons deste álbum como “So Cold”, “Crush the world”, “Black Flag” e “Jesus Cry”.

Chegava então a hora mais aguardada da noite. Com a ‘intro’ rolando e debaixo de gritaria geral, César Covero (atual Endrah, ex-Nervochaos) e Renato DeLuccas (Exhortation) nas guitarras, Bruno Pompeo (Aggression Tales) no baixo e Edu Nicolini (ex-Nitrominds e Musica Diablo) na bateria entraram e já começaram a tocar “Aftermath”. A gritaria maior rolou quando Vitor finalmente entrou e saudou a galera. Na sequência veio “Kamakans”, outra do EP apresentado e distribuído aos presentes neste show.

O que chamou a atenção da maioria foi o entrosamento do Voodoopriest, que mostra características dessa mistura de experiências atuais e anteriores de todos, mas querendo criar uma identidade própria. E conseguindo. Vitor comentou que foi uma surpresa ver como a banda conseguiu a atenção e repercussão de tanta gente num período curto de tempo e que são mais uma a entrar na cena Metal do Brasil. Apesar de os sons novos serem o foco, não faltaram alguns covers, entre eles, “Pandemonium”, um dos grandes hits do Torture Squad que quase colocou a casa a baixo e foi cantada pelo público. Um dos pontos altos do show.

O discurso sempre enfático e de protesto de Vitor não faltou. Antes de tocar “The one I feed” ele falou sobre a deprimente desocupação do Museu do Índio no Rio de Janeiro. Comparou os índios com os headbangers que, segundo ele (com toda razão), são alguns dos marginalizados pela sociedade brasileira.

Além de outros sons novos como “Mandu” e “Reborn”, tocaram a cover de “Heartwork” do Carcass e “Aces High” do Iron Maiden. Esta última encerrou a apresentação e foi dedicada ao falecido baterista Clive Burr. Como a gente sempre reforça e repete aqui na ROADIE CREW, se você acha mesmo que a cena nacional anda caída, sem novidades e não tem nada de bom pra ver, precisa rever seu ponto de vista e prestar a atenção no que está acontecendo. E se depender desta estreia, 2013 promete ainda mais surpresas como o Voodoopriest que possivelmente será uma das grandes novidades do ano.

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