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‘Workaholic’, DIRK VERBEUREN (MEGADETH) tem lançado muitos trabalhos de metal extremo na quarentena

Baterista belga está sempre envolvido com projetos de música brutal

Um dos músicos que mais tem trabalhado nesse período de quarentena é o incansável baterista Dirk Verbeuren. Mesmo os trabalhos sobre o tão aguardado próximo álbum do Megadeth – que marcará a estreia de Dirk em estúdio na banda – estando atualmente sob os cuidados do líder Dave Mustaine, Verbeuren tem aproveitado a pausa em sua banda principal para lançar novos materiais com alguns de seus inúmeros projetos de metal extremo em 2020.

No dia 2 de abril, Verbeuren lançou uma nova música, chamada Partners in Grind, com seu projeto de industrial/death metal de longa data Bent Sea, no qual toca bateria e também guitarra. A formação do Bent Sea é completada pelo vocalista do Aborted, Sven de Caluwé, e também pelo lendário baixista Shane Embury, um dos grandes nomes do grindcore, renomado por seus trabalhos com Napalm Death, Brujeria, Lock Up, Venomous Concept, Tronos (também com Dirk), entre muitos outros. No último dia 1° de maio, o Bent Sea lançou outra música: Grind to a Halt. Essa é a primeira de outras que virão, para uma série que foi apelidada por Verbeuren de Instragrind. A nova música do Bent Sea foi feita em duo, uma colaboração entre Verbeuren, que tocou guitarra, baixo e bateria, e o convidado Athenar, da banda Midnight, nos vocais. Ouça:

Aos 45 anos, o belga Dirk Verbeuren, hoje residente em Los Angeles (EUA), e conhecido não só por integrar o Megadeth, mas também por seus anos atrás dos tambores do Soilwork, falou das próximas novidades do Bent Sea: “Muitas músicas novas estão a caminho, com alguns convidados fodões”.

Bent Sea: Sven de Caluwé, Shane Embury e Dirk Verbeuren | Foto: divulgação

Em entrevista ao All About the Rock em 2016, Dirk resumiu o que é o Bent Sea: “O Bent Sea é uma coisa do tipo ‘instante’, sem nenhum plano de negócios. A ideia desde o início foi basicamente (fazer tudo) ‘sem pressão’, e pretendo mantê-lo assim”. Alguns anos antes, Dirk explicou ao PureGrainAudio como surgiu a ideia de montar o projeto: “Simplesmente aconteceu. Eu costumava tocar violão, mas nos últimos anos meu foco era exclusivamente na bateria. Minha esposa (Hannah Verbeuren) estava me incentivando a compor minha própria música, então, decidi tentar. O resultado acabou sendo o Bent Sea”. Sobre o nome do projeto formado em 2011, Dirk revelou: “Foi retirado de uma música da dupla experimental britânica Endvra, que, acidentalmente, encontrei nos meus dias de ‘tape-trader’ (N.R.: prática que havia no heavy metal nos anos 80 e início dos 90, de trocar fitas cassete com outras pessoas). A música deles não tem absolutamente nada a ver com grindcore, mas, de alguma forma, o Bent Sea surgiu em minha mente. Gosto que seja atípico e que evoque imagens apocalípticas ecoando a intensidade da minha música”.

No dia 03 de abril, foi lançado o álbum Purgatory, do projeto sueco, também de industrial/death metal, The Project Hate MCMXCIX, no qual Dirk Verbeuren toca desde 2014. O álbum foi lançado via Mouth of Belial Productions e é o 13° do The Project Hate MCMXCIX, porém o quarto desde que Verbeuren entrou na banda.

Capa do álbum “Purgatory”, do The Project Hate MCMXCIX

Outro projeto que Verbeuren tem dado bastante atenção é o Cadaver, com quem faz duo com o experiente líder Anders “Neddo” Odden (vocal, guitarra e baixo – Satyricon, Order). Dirk entrou no Cadaver também em 2014. O grupo norueguês é um dos nomes mais fortes do gore/death metal desde os anos 90, década em que lançou os impactantes álbuns Hallucinating Anxiety (1990) e In Pains (1992). Após a estreia de Verbeuren em estúdio no Cadaver em 2019 com o single Circle of Morbidity, a banda lançou no último dia 17 de abril o EP digital D.G.A.F. (sigla para Don’t Give a Fuck – Não dê a mínima), via Nuclear Blast. O novo EP do Cadaver é o primeiro lançamento completo desde o terceiro álbum, Necrosis, de 2004. D.G.A.F. contou com as participações especiais de Jeff Walker (Carcass) e de Destructor (Myrskog).

Cadaver: Anders “Neddo” Odden e Dirk Verbeuren | Foto: Hannah Verbeuren

Sobre seu primeiro EP com o Cadaver, Verbeuren comenta: “Como uma banda lendária disse uma vez, condições extremas exigem respostas extremas (referindo-se a Extreme Conditions Demand Extreme Responses, álbum de estreia do Brutal Truth, lançado em 1992). Nós lançaríamos um EP de três músicas algum tempo após o lançamento do nosso novo álbum, mas uma pandemia global aconteceu. Embora o álbum completo chegue em uma data posterior, aqui está D.G.A.F. em toda a sua glória brutal, e na Nuclear Blast, da qual não poderíamos estar mais entusiasmados. Considere esses hinos misantrópicos do death metal nossa trilha sonora até o fim dos dias”.

Assista abaixo o lyric video da faixa título D.G.A.F. do novo EP do Cadaver:

E antes mesmo de o mundo entrar em colapso com a pandemia do Coronavírus, Dirk Verbeuren já havia lançado no dia 20 de fevereiro o álbum Vist, com seu projeto islandês de black metal Vetur, onde é conhecido pelo pseudônimo de Myrkvi. O Vetur é mais uma banda que Dirk “Myrkvi” Verbeuren entrou em 2014 e sua estreia fonográfica se deu com o álbum anterior da banda, Nætur, de 2018.

Capa do álbum “Vist” do Vetur

Para o grande público de metal, a expectativa em relação ao nome de Dirk Verbeuren é para conferir o próximo álbum do Megadeth, onde o baterista finalmente deixará sua marca em estúdio. Em entrevista à estação de rádio KATT Rock 100.5 FM, Dave Mustaine descreveu Verbeuren como “um dos caras mais agradáveis e fáceis de se conviver que eu já conheci em minha vida. Vou até ele e ele sorri, inclina-se para a frente e me dá um tapinha nas costas. Ele diz (adotando um sotaque fino): ‘Como vai, amigo?’. Eu poderia dizer: ‘Oh, cara…’, qualquer coisa. ‘Oh, tudo bem, amigo’. (Ele) sorri e me dá um tapinha, porque ele é só um cara feliz. Eu nunca, nunca, nunca o vi sem sorrir”.

David Ellefson, Dirk Verbeuren, Dave Mustaine e Kiko Loureiro: Primeira foto do Megadeth com Dirk, tirada em 2016, na Polônia. O baterista entrou no lugar de Chris Adler (ex-Lamb of God), que gravou o último álbum de estúdio da banda, o premiado “Dystopia” | Foto: divulgação.

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