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WOSLOM / DIVIDE

Para os thrashers paulistanos do Woslom e os ‘death metallers’ alemães do Divide, que já haviam tocado juntos na Europa em 2016, o pontapé inicial da “Brazilian and German United Tour 2017” começou em São Paulo, marcando o reencontro das duas bandas. Ambas ainda tinham shows marcados em mais quinze cidades da região sul/sudeste do Brasil. Nesse primeiro da turnê, um número razoável de headbangers compareceu ao tradicional Espaço Som para conferir de perto essa união metálica germano-brasileira.

Com cerca de meia hora de atraso, o evento foi iniciado por volta das 21hs, quando o Divide se apresentou ao público paulistano, mostrando o seu death metal “old school”, forjado em Kiel, capital do estado de Schleswig-Holstein. Embora ainda seja desconhecido em nossas terras, o Divide está na ativa desde 2009 e no momento segue divulgando o EP “Lazarus Pit”, que foi lançado em março de 2016, sucedendo o ‘debut’ “Messiah of Mutilation”, que saiu três anos antes, também de forma independente. E apesar das cansativas dezenove horas que os fundadores Daniel Stelling (vocal e guitarra) e Mortiz Paulsen (bateria), e também o estreante Nils Köhnken (baixo), enfrentaram de viagem da Europa ao Brasil, a banda transmitiu muita energia e fúria enquanto esteve no palco.

Infelizmente, o Divide enfrentou problemas com os monitores de palco durante quase todo o set. Logo na abertura com a agressiva “Warhead”, que também abre “Lazarus Pit”, em boa parte o som da guitarra e do microfone de Stelling simplesmente sumiu. Antes da própria “Lazarus Pit”, houve um intervalo para que tentassem resolver o problema. Nesse momento, alguém da plateia arrancou gargalhadas gerais ao gritar “sete a um”, em referência à maior catástrofe das Copas do Mundo de Futebol, que foi a eliminação da Seleção Brasileira para a campeã Alemanha, em 2014. Antes de “Phalanx”, de “Messiah of Mutilation”, o comunicativo Stelling comemorou estar em São Paulo, mas chamou a atenção para os problemas técnicos que a banda estava enfrentando com o equipamento de palco.

No decorrer de “The Abyssal Malice”, a banda se viu obrigada a parar de tocar quando o som novamente sumiu, mas assim que voltou, concluiu a música. Foi constrangedor ver o descontentamento do trio com tais intermitências. Mas apesar desse problema absurdo que acontecia em algumas músicas, o Divide agradava com seu som que não é lá muito técnico, mas tem sua agressividade muito calcada no Death Metal norte-americano do início dos anos 90. Além disso, Stelling, Köhnken e Paulsen mostravam total entrosamento. Um dos pontos altos do show foi quando o guitarrista Rafael Iak do Woslom foi convidado para se juntar à banda no palco para tocar o cover do Death para “Evil Dead”, do primeiro álbum dessa saudosa e lendária instituição norte-americana do Death Metal, “Scream Bloody Gore” (1987). O Divide ainda revisitou a sua homônima primeira demo, de 2010, ao tocar “Angeldust”, e após mais algumas músicas de seus outros dois materiais, encerrou sua apresentação, pontualmente às 22hs. Ao final, os integrantes desceram para a pista para confraternizar com as pessoas e também para prestigiar o show da atração seguinte.

Quinze minutos depois, lá estava o Woslom no palco, dando continuidade a turnê de divulgação de seu mais recente material, o aclamado terceiro álbum, “A Near Life Experience”, petardo que foi lançado no primeiro semestre de 2016. Foi impecável a abertura com “Underworld of Aggression” e a sequência com a própria “A Near Life Experience”. Silvano Aguilera (vocal e guitarra), Rafael Iak (guitarra), André Mellado (baixo) e Fernando Oster (bateria) nem deram tempo para as pessoas presentes tomarem fôlego, pois logo mandaram outra porrada do novo álbum: “Unleash your Violence”.

Ao contrário do Divide, o Woslom não foi prejudicado pelo equipamento de palco, já que em nenhum momento de sua apresentação houve falhas técnicas evidentes – embora a caixa de Oster estivesse ricocheteando bastante “pim”, de tão aguda que estava a sua afinação. A única coisa que castigava um pouco – tanto a banda, quanto o público -, era o calor que fazia dentro do local. Antes de o Woslom dar sequência à sua apresentação, o baixista André Mellado tomou o microfone e disse que aquele estava sendo um momento muito especial para ele, que se sentia honrado, já que a próxima música do set seria o cover do Bywar para “Thrasher’s Retturn”, que o Woslom gravou em “A Near Life…”. Para tal, ele convocou ao palco o vocalista e guitarrista, Adriano Perfetto, que integrava a extinta banda paulistana de Thrash Metal e hoje faz parte do Timor Trail e do recém formado Deathgeist.

Depois de o Woslom mandar essa sequência matadora, formada por essas quatro músicas que estão presentes em “A Near Life Experience”, o que veio depois representava apenas os dois álbuns anteriores, “Time to Rise” (2010) e “Evolustruction” (2013). “Purgatory” foi o destaque, pois ficou muito legal a emenda com a introdução que a antecede e que foi usada mecanicamente. Um detalhe que, particularmente, me chamou bastante atenção nesse show do Woslom, foi o quanto Aguilera está cantando ainda melhor, rasgando mais o vocal. Sobre o “sete a um”, o ‘frontman’ brincou em relação aos músicos alemães: “a gente vai foder como eles nessa turnê!”. Com esse clima descontraído, o Woslom fechou com “Time to Rise” e se despediu.

Antes de o Divide partir com o Woslom para Curitiba, os integrantes alemães bateram um papo com a ROADIE CREW. Entre outras coisas, o vocalista/guitarrista Daniel Stelling nos disse que apesar dos problemas técnicos que a banda teve nessa primeira noite, os três integrantes se divertiram bastante e acharam incrível a receptividade que tiveram por parte do público paulistano. Como dito no início dessa cobertura, Woslom e Divide já haviam tocado juntos e isso facilitou o reencontro: “Nós conhecemos o Woslom no ano passado, quando tocamos juntos na Rússia. Por lá, combinamos de fazer algo juntos novamente no ano seguinte. Então, dessa vez eles falaram, ‘venham para o Brasil’, e aqui estamos.”, esclareceu Stelling, que ainda fez questão de nos dizer que, apesar do pouco tempo no país, amaram estar por aqui. Sobre os próximos dias de turnê no Brasil, o músico comentou: “estamos positivos em relação ao que ainda está por vir”. E profetizou: “Os próximos dias serão loucos, porém incríveis!”.

WOSLOM – Setlist:
Underworld Of Aggression
A Near Life Experience
Unleash Your Violence
Thrasher’s Retturn (Cover do Bywar)
Beyond Inferno
Purgatory
Pray To Kill
Time To Rise

DIVIDE – Setlist:
Warhead
Lazarus Pit
The Abyssal Malice
Phalanx
Angeldust
Mortification of the Flesh
Numinous Stillbirth
Evil Dead (Cover do Death)
Messiah of Mutilation
 

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