Mais uma triste notícia em meio a este castigado ano de 2020: aos 75 anos de idade, morreu ontem (4) Ken Hensley, que sempre será lembrado por sua passagem pelo Uriah Heep. A causa da morte do vocalista, compositor e multi-instrumentista ainda não foi revelada e a notícia do falecimento foi dada por seu irmão, Trevor Hensley, que disse hoje cedo no Facebook:
“Estou escrevendo isto com o coração pesado para informá-los que meu irmão Ken Hensley faleceu pacificamente na noite desta quarta-feira.
Sua linda esposa Monica estava ao seu lado e confortou Ken em seu últimos minutos conosco.
Estamos todos devastados pela trágica e incrivelmente inesperada perda e pedimos que vocês, por favor, nos dê algum espaço e tempo para lidar com isto.
Ken será cremado emu ma cerimônia particular na Espanha, então, por favor, não peça informações sobre o funeral.
Ken se foi mas ele nunca será esquecido e estará sempre em nossos corações.
Fiquem seguros por aí”.
Hensley foi um muito importante para a música feita no último século. Seu trabalho com o Uriah Heep nos anos 1970 ajudou a consolidar a banda como uma das mais influentes. Ele também colaborou com grupos como Blackfoot, W.A.S.P., e Cinderella, além de construir uma carreira solo de muito sucesso. Como compositor, foi responsável por clássicos como Lady in Black, Easy Livin’, July Morning e Look at Yourself.
Mick Box, guitarrista do Uriah Heep, disse: “Estou em choque profundo com a notícia do falecimento do Ken Hensley, e minhas sinceras condolências vão para sua família e esposa Monica.
Ken compôs algumas canções incríveis em sua gestão com a banda, e elas permanecerão como um legado musical que estará no coração das pessoas para sempre. Descanse em paz, Ken”.
Recentemente, Ken terminou o trabalho em um novo projeto, My Book of Answers, que deve ser lançado no final de fevereiro de 2021.
Além de Monica e de Trevor, Ken deixa outro irmão e uma irmã.
No início do ano, Ken disse ao Eonmusic que não tinha interesse em voltar para o Uriah Heep: “Eu fiz a reunião em Moscou com Mick cerca de cinco ou seis anos atrás (em 15 de outubro de 2015, no Moscow Crocus), e estava fazendo isso apenas por dinheiro”, revelou. “Não foi uma experiência agradável, porque eu esperava que fosse como em 1975 ou 1973 ou 74, então, sendo totalmente honesto, fui esmagado por minhas próprias expectativas”, afirmou. “Estou perfeitamente feliz onde estou. Posso ter feito meu último show, porque o vírus matou todos os shows que planejei para este ano e é improvável que possamos tocar no próximo ano. Mas isso também não me incomoda, porque tive uma vida tão maravilhosa e muito da minha vida está muito além de qualquer coisa que sempre sonhei que poderia alcançar, então, posso sentar e dizer que foi ótimo, foi fantástico, e continuo com outras coisas. Estou muito tranquilo porque aconteceu de onde estou, e sei que se eu subisse no palco com o Heep novamente, seria apenas um ‘fac-símile’, e nunca quero ser parte disso”, completou.
Em relação a sua saída do Uriah Heep, Ken contou: “Tivemos quase uma competição na banda sobre quem substituiria (o vocalista anterior) John Lawton, e a banda assumiu a posição majoritária e contratou John Sloman, contra minhas objeções. E eu sabia que ele era erra – em algum lugar entre Gino Vannelli e Stevie Wonder, que queria desesperadamente ser Robert Plant, nunca seria o vocalista certo para a banda. E no estúdio, quando gravamos Conquest, não pude acreditar nos vocais; era impossível fazê-lo cantar direito. Então, eu reclamava regularmente sobre isso, na cadeira do produtor, mas não fazia diferença. Naquela época, todo mundo estava tão encantado com esse novo vocalista, e com o fato de eles terem me vencido em uma competição. Quando saímos do estúdio depois de fazermos aquele álbum, eu estava decidido. Fiz a obrigatória digressão europeia, que não foi nada divertida, e depois terminamos em, acho que Portugal, que foi o último show que fizemos. Acordei no meu quarto de hotel e disse: ‘Bem, é isso; deu pra mim’. Voltei para Londres, convoquei uma reunião e apenas disse: ‘Desculpe, mas já chega’, não sabia o que ia fazer, mas sabia que não queria fazer (mais) aquilo”.
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