Na data de ontem, 3 de março, um dos principais álbuns da história não só do thrash metal como do heavy metal em geral, completou 35 anos: Master of Puppets, do Metallica. Sabendo que uma data tão importante quanto essa não poderia passar batida, o grupo celebrou seu consagrado terceiro álbum de estúdio tocando a imponente Battery ao vivo no programa The Late Show with Stephen Colbert.
Assista:
A menos de um mês, James Hetfield, Lars Ulrich, Kirk Hammett e Rob Trujillo já haviam se apresentado no talk show de Colbert, no episódio pós-Super Bowl do programa noturno, executando Enter Sandman, grande hit do bem sucedido álbum Metallica – o famoso “Black Album”.
Junto a Raining Blood do Slayer, que coincidentemente também foi lançado em 1986, Master of Puppets é considerado por muita gente como o ápice do thrash metal.
Gravado entre setembro e dezembro de 1985 no estúdio Sweet Silence, na Dinamarca – país de origem de Ulrich -, Master of Puppets foi produzido por Flemming Rasmussen, mixado por Michael Wagener e masterizado por George Marino. Com uma aura mais obscura e uma sonoridade mais pesada e tecnicamente mais refinada do que dos dois álbuns anteriores do Metallica (Kill ‘Em All, de 1983, e Ride the Lightning, de 1984), …Puppets caiu na graça dos headbangers sem nem ao menos precisar contar com o reforço de um videoclipe, ideia que até aquele momento era incabível para Hetfield, Ulrich, Hammett e o lendário Cliff Burton. A consagração foi alcançada justamente pela qualidade das músicas, que, diga-se, eram (e sempre serão) estonteantes: os torpedos Battery, Master of Puppets, Disposable Heroes, Damage Inc., Lepper Messiah, a emocionante instrumental Orion e as climáticas Welcome Home (Sanitarium) e The Thing That Should Not Be.
Master of Puppets até hoje é sucesso mundial. Certificações surpreendentes como 6 x Disco de Platina nos Estados Unidos e no Canadá, Disco de Platina na Argentina, Austrália, Finlândia, Alemanha, Polônia, Inglaterra e Nova Zelândia, Ouro na Bélgica e Itália, e um total de mais de 10 milhões de cópias vendidas (6 milhões só nos Estados Unidos!) justificam o álbum ter sido o primeiro de metal a ser selecionado em 2015 pela Biblioteca do Congresso para preservação no Registro Nacional de Gravações por ser considerado “culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo”.
Apesar de todas as honrarias, o lado triste é que Master of Puppets ficou marcado também por ter sido o último com Cliff Burton, que apenas seis meses depois do lançamento faleceu em um trágico acidente automobilístico. O baixista foi atirado para fora do tour bus da banda, que ainda o esmagou após derrapar para fora da estrada E4 na Suécia (localizada a 19 km ao norte da cidade de Ljungby), capotando na grama do condado de Kronoberg.
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