Em entrevista ao podcast italiano Metalitalia.com, o fundador do Kreator, o vocalista e guitarrista Mille Petrozza, antecipou detalhes sobre o aguardado próximo álbum do Kreator, que está praticamente pronto e só será lançado quando a banda puder sair em turnê após o fim da pandemia.
Petrozza começou explicando que pelo fato de a pandemia estar durando mais do que eles imaginavam, tanto a banda quanto os fãs terão que ter paciência e aguardar o melhor momento para que o sucessor de Gods of Violence (2017) seja lançado. “No verão passado, em agosto, sentimos que tínhamos terminado (o álbum) e estávamos bastante entusiasmados, tipo, ‘Ok, isso (já) é quase um álbum. Temos 12 músicas. E pegamos as 10 melhores, ou qualquer coisa que trouxermos’. E já tínhamos planejado entrar em estúdio em fevereiro. Agora é fevereiro, e o mundo ainda está meio que fodido com o COVID. Então, temos que esperar e ser pacientes”, lamentou.
“Quero que o álbum seja lançado e sair em turnê mundial na sequência”, explicou. “Não nos vejo lançando um álbum durante a COVID ou algo assim, e simplesmente desaparecer”, completou.
Petrozza também afirmou não abrir mão de continuar lançando materiais físicos: “Sei que o mundo está mudando – os álbuns não têm mais a importância que tinham há 10 anos -, mas recuso-me a acreditar nisso. Principalmente no metal, ainda há muitas pessoas que celebram um álbum do início ao fim. E acho que o último gênero de música em que a coisa vai morrer será o metal, porque as pessoas realmente amam discos”.
O veterano do thrash metal também explicou sobre o direcionamento do novo álbum do Kreator, que marcará a estreia do baixista Frédéric Leclercq – na banda desde 2019. “Definitivamente, é diferente. É difícil para eu descrevê-lo, mas acho que é definitivamente mais thrash novamente. Tem muita melodia e muitas partes tradicionais, e tem muitos ingredientes dos últimos quatro ou cinco álbuns. Mas também tem alguns momentos bastante old school”.
Quanto a produção, apesar de Petrozza não parecer muito preciso em sua resposta, aparentemente dessa vez o Kreator não deverá contar com os serviços de Jens Bogren (Sepultura, Angra), que trabalhou nos dois álbuns anteriores, o mencionado Gods of Violence e Phantom Antichrist (2012). “Neste ponto, parece que estamos trabalhando com Arthur Rizk (Cavalera Conspiracy, Power Trip). Isso é o que planejamos neste momento. Estou meio que trocando fitas demo e discutindo técnicas de gravação (com ele). Então, sim, parece que estamos trabalhando com Arthur”.
Enquanto aguardamos pelo novo álbum de estúdio do Kreator – décimo quinto da carreira -, o gigante alemão do chamado Big Four of Teutonic Thrash (completado por Sodom, Destruction e Tankard), lançou no último dia 26 de fevereiro o boxed set Under the Guillotine – The Noise Records Anthology. O material ‘deluxe’ aborda a primeira fase da banda, quando era contratada pela gravadora Noise Records. O pacote dispõe dos clássicos álbuns Endless Pain, Pleasure to Kill, Terrible Certainty, Extreme Aggression, Coma of Souls e Renewal. O material inclui o DVD Some Pain Will Last, encarte de 40 páginas, fotos raras, fita cassete com a primeira demo e as primeiras 250 unidades da caixa vêm com um card autografado por Mille Petrozza.
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