Rotting Christ, Septicflesch e Firewind são, provavelmente, os nomes da música pesada feita na Grécia mais conhecidos no Brasil. É hora de conhecer mais um: Puta Volcano. Ao contrário dos conterrâneos, este quarteto navega por linhas sonoras mais calmas. Amma, seu terceiro trabalho, está bem distante do peso brutal ou da velocidade.
O grupo transita com desembaraço em uma trilha onde stoner e grunge andam de mãos dadas. Nas doze faixas, Anna Papathanasiou (vocal), Alex Pi (guitarra), Steve Stefanidis (bateria) e Bookies (baixo) trazem boas influências de Alice In Chains, mas não hesitam em agregar elementos que agradariam aos fãs de The Smashing Pumpkins ou de A Perfect Circle.
Entropica é a primeira faixa que levanta a poeira e mostra que o potencial de alcançar o mainstream é alto, enquanto o peso de First Light e a levada de Apnea empolgam. O clima psicodélico de Kassandra’s Gift é outro destaque. Com esse novo estágio da carreira, o Puta Volcano deixa claro que não entrou no jogo para ser apenas mais um nome. A vibração é daqueles artistas que têm um objetivo traçado e estrutura para despontar entre a grande quantidade de lugares comuns que proliferam na música atual.
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