O icônico Rob Halford falou recentemente ao canal ucraniano Metal Pilgrim do YouTube sobre o tão aguardado próximo álbum do Judas Priest, que sucederá o aclamado Firepower (2018), porém ainda sem previsão de lançamento e nem título definido. Conforme transcrito pelo Blabbermouth, Halford recordou o início do processo do novo álbum. “Lembro-me daquele mês (das sessões de composição) que tivemos (em fevereiro de 2020) no estúdio de Glenn (Tipton, guitarrista). Foi incrível. Amo o início do processo de fazer um álbum, porque tudo pode acontecer. Sempre dissemos, com o Priest, que nós nunca temos uma agenda ou uma ideia. O mais próximo que chegamos dessa filosofia foi o álbum Firepower”, afirmou. “Realmente, queríamos focar nos elementos clássicos do Priest, e acho que concluímos o trabalho. Assim sendo, este próximo terá suas próprias pernas – como todos eles têm -, seu próprio caráter”, completou.
Halford se mostrou empolgado com o que tem percebido sobre o novo trabalho da banda. “Posso ouvir as músicas em minha cabeça, e elas são ótimas”, vibrou. “Você pensa que só pode ir até um determinado ponto, porém isso prova que essa é uma ideia contestada. Você pode ir tão longe quanto quiser, contanto que esteja canalizando todos os ingredientes adequados, e os do Priest sempre foram a energia do metal, o poder do metal, as oportunidades infinitas. E tudo isso está embutido no fato de que eu, Richie (Faulkner, guitarra) e Glenn ainda estamos famintos para compor novo material do Priest, como sempre estivemos. Particularente, Glenn e eu fazemos isso desde sempre, mas mais ainda desde que Richie está conosco. Richie é um poço sem fim de riffs e ideias”.
O “Metal God” não deixou claro se falta muito ou pouco para os fãs saborearem o novo álbum do Judas Priest. “Provavelmente, teremos mais duas ou três sessões de composição. Sentimos que temos um álbum basicamente (composto), porém somos muito autocríticos e auto-analíticos quanto ao trabalho que fazemos, porque sabemos que temos um tesouro de metal atrás de nós, e não queremos abandonar o mundo do heavy metal; queremos ter certeza de que ele tem a mesma essência, as mesmas características, a mesma classe e qualidade que todos os álbuns do Priest tiveram. E, então, ele estará pronto quando estiver pronto – e eu digo isso o tempo todo. Mas acho que estamos perto. Vai ser mais cedo ou mais tarde – essa é a melhor coisa a dizer”.
O vocalista confirmou que mesmo tendo sido diagnosticado há sete anos como portador de doença de Parkinson Glenn Tipton está totalmente envolvido no processo de composição do futuro álbum do Judas Priest. “Ele ainda é um guitarrista. Obviamente, ele toca guitarra de forma diferente agora porque ele tem essa coisa em sua vida – Parkinson –, que ele luta diariamente. Mas ele nunca deixou que isso o diminuísse. Ele é capaz de compor músicas de uma maneira que torna sua contribuição mais valiosa do que nunca. E eu sei disso porque mantemos contato, ele está construindo suas próprias ideias e Richie está em Nashville fazendo o mesmo. Então, vamos nos reunir em breve – obviamente, porque temos o (festival inglês) “Bloodstock (Open Air”) chegando. Porém, antes do “Bloodstock” estaremos nos vendo no estúdio e ouviremos todas as coisas novas que todos nós compilamos, bem como o que já temos. E vai ser um ótimo dia. Vai demorar alguns dias para repassarmos tudo”, explicou.
No entanto, apesar de Tipton estar atuando no processo de composição do álbum que o Judas Priest está lapidando, ele segue sem condições de tocar ao vivo com o grupo. Assim sendo, Tipton novamente dará suas bênçãos a Andy Sneap (Hell, Sabbat), produtor de Firepower e seu substituto nas seis cordas nos shows do Priest. Halford relembrou o dia em que Tipton passou o bastão à Sneap. “Não poderia ter acontecido de um jeito melhor. Foi um dia muito importante quando Glenn disse, ‘Acho que, provavelmente, é melhor se eu der um passo para o lado e talvez devêssemos deixar Andy entrar’. Aquilo foi um belo ato de abnegação. Esse é Glenn, valorizando o Priest e a reputação do Priest, particularmente em shows, mais do que qualquer outra coisa. Então, bênçãos ao Glenn por isso. E como resultado, Andy entrou e fez um trabalho incrível na turnê de Firepower, e estamos ansiosos para fazermos a mesma coisa com ele nesta (turnê) de 50 anos”.
De todo modo, ainda que Tipton não esteja mais tocando ao vivo, Halford não negou a possibilidade de o músico marcar presença na turnê de 50 anos do Priest. “Não descarte o fato de que Glenn pode aparecer. Ele toca guitarra de forma diferente, mas não há razão para que Glenn não possa aparecer e fazer algo. Ou seja, eu disse a Glenn, ‘Basta subir no palco e fazer isso (N.R.: sinal de ‘horns up’) para todo mundo, as pessoas ficarão loucas, porque você é muito amado’. Mas tenho a sensação de que Glenn fará uma aparição ocasional nesta (turnê) de 50 anos”. Confira a entrevista completa de Rob Halford abaixo.
Recentemente, o Judas Priest anunciou as datas remarcadas para a perna norte-americana de sua turnê comemorativa “50 Heavy Metal Years”, que será produzida pela Live Nation e contará com o Sabaton como banda de abertura. Os shows terão início no próximo dia 8 de setembro na Pensilvânia e vão até o dia 5 de novembro, em Hamilton, Ontário. Leia mais AQUI.
Já a turnê europeia que estava programada para começar no final do último mês de maio, foi outra vez adiada devido aos “problemas em andamento com a vacina contra a COVID-19. A jornada desta vez será realizada de 27 de maio de 2022 na capital russa, Moscou, até o dia 31 de julho, em Oberhausen, Alemanha.
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