Os franceses Jean-Luc Rumebe (vocal), Christophe Mouynet (guitarra), Jim Reddick (baixo) e Thomas Feuga (bateria) começaram com algumas versões de clássicos do pop em formato “sleaze”. A receptividade de Billie Jean (Michael Jackson) e Devil Inside (INXS) lhes deu ânimo para criar músicas autorais e, assim, saiu o single/clipe de Wake Me When It’s Done. Agora, ainda mais animados, soltaram o primeiro álbum. E First Spell consegue reunir clichês e ganchos do sleaze com elementos diversos, até alternativos, resultando em (pasmen!) em algo realmente diferente do lugar comum. Como alguns, erroneamente, acusam músicos de sleaze de não serem bons instrumentistas já escute a faixa Sadomasochrist, que vem com muito groove.
O quarteto começa com tudo na energética Wake me When it’s Done, seguida por Break It Out, que tem a façanha de unir elementos mais ligados a um The Clash e colocarem, de forma coesa, no sleaze. O lado mais experimental entra em cena com Your Reflexion, com uma linha vocal de Rumebe quase sussurrada no começo e que depois cresce e toma contornos até com guitarras na escola The Edge (U2). Sim, eu sei que você está desconfiado com estas referências, mas elas são coerentes, talvez exceto pelas dispensáveis Home Sweet Home e Licence To Kill.
Destaques ainda para o single/clipe The Exit Day, a “modernosa” Crazy, a ótima e vigorosa A Stick In The Back e Somebody To Thrill Me, que encerra o repertório.