Metal e rap não combinam, bradam velhos puristas. Pelo contrário. Estilos marginalizados pela mídia mainstream e estereotipados por uma sociedade de baixo nível cultural, ambos têm muito em comum. De Brusque (SC), vem a prova disso. O peso e a energia do metal se unem às contundentes letras de rap criadas pela banda As Palavras Queimam, que tem Pavilhão 9, Sepultura, Crowbar, Stuck Mojo e Racionais como influências claras.
Versos que denunciam a sujeira da corrupção estatal, atos maquiavélicos da política, violência policial, miséria da maioria do povo brasileiro, entre outras verdades, dão a letra, tá ligado? Heliton Fidelis da Silva e Marcos “Zé” Vasselai (vocais), Carlos Civinski (guitarra), Vitor Zen (baixo) e Edinho Júnior (bateria) viabilizaram a obra por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc e do EP homônimo (2016) regravaram Fuga, Enquadro, Aí Não e a música que nomeia o grupo.
Estado Paralelo e Jovem da Periferia, com suas mensagens impactantes, Evolução da Corrupção, cujo riff é uma aula de peso, a ótima País Sangrento e o groove de Povo Largado afirmam que os palcos brasileiros precisam receber o quinteto com urgência.
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