O Monstrenga nasceu das cinzas de um dos nomes mais interessantes da cena independente, o Freak Company – de lá vieram o guitarrista Jehan Gabriel, agora também vocalista, e o batera Atus Filigoi, enquanto o baixista Victor Coutinho completa o time. Como comparação é algo inevitável nessa vida, de cara fica evidente uma diferenças entre as duas bandas: se o Freak Company era mais pra cima, até festeiro, o Monstrenga se mostra menos divertido, mais introspectivo, mas nem por isso menos rockeiro.
Chama a atenção também a pegada setentista do trabalho, já que o produtor Victor Marcellus (ex-baterista do Rei Lagarto) optou por uma gravação totalmente analógica, valendo-se do bom e velho rolo de fita. Essa produção, que a própria banda define como “retrô”, ajuda a destacar a essência do trabalho do trio, que é movido a riffs de guitarra e cozinha reta e pesada. Wrong Way, que vai em diversas direções, a instrumental Intro (que não é a primeira do disco…) e Song for the Dead, com seu riff quase hipnótico e que caberia muito bem na trilha em algum filme de Tarantino, destacam-se num trabalho uniforme e que mostra o surgimento de mais um belo nome do rock alternativo.
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