Capa da nova edição da Cigar Aficionado, revista especializada em charutos e no bem estar dos homens, James Hetfield comentou em entrevista à mesma a sua percepção sobre a questão da técnica individual dos músicos do Metallica, e ressaltou que o melhor da banda é o resultado do trabalho em conjunto. “Eu sei que individualmente somos todos músicos realmente medianos”, opinou o vocalista e guitarrista.
Ao longo dos anos, tornou-se lugar comum notar nas redes sociais ou em rodas de amigos headbangers muitas críticas sobre as habilidades principalmente de Lars Ulrich e de Kirk Hammett. Para muitos, Ulrich nunca foi um primor como baterista de thrash metal, apesar de do debut Kill ‘Em All ao controverso “Black Album” ele ter influenciado muitos colegas de instrumento; no caso de Hammett, o núcleo das galhofas parte do fato de ele ser um guitarrista tido como repetitivo, isso no sentido de ele se limitar ao uso eterno do pedal wah-wah na hora de solar.
Mas apesar do que disse sobre a questão técnica individual dos membros de sua banda, Hetfield ressaltou o resultado alcançado quando trabalham como uma unidade. “(…) quando você nos põe juntos, algo acontece”, diz James, referindo-se à química musical da banda. “Algo realmente acontece… Se levantar e tocar com as pessoas é como um pesadelo para mim”, admitiu.
E ao falar em ter pesadelo, Hetfield abriu o leque para comentar sobre o medo que tinha do palco nos primórdios do Metallica: “Os primeiros shows foram realmente difíceis – eu era muito tímido”, lembrou. “(Eu) não queria falar. Eu gostaria que os outros caras da banda apresentassem as músicas. (Agora) Eu me sinto muito confortável lá em cima, é muito estranho. Sentar-se frente a frente com alguém é muito mais repleto de ansiedade do que ficar de pé na frente de 10 mil pessoas, 20 mil pessoas…”.