Atualmente comemorando 40 anos de Sodom, através do lançamento de 40 Years at War – The Greatest Hell of Sodom, álbum em que a atual formação – completada pelos guitarristas Frank Blackfire e Yorck Segatz, mais o baterista Toni Merkel -, revisitaram músicas de todos os discos desse grupo que é um dos pilares do thrash metal teutônico, o vocalista, baixista e fundador Tom Angelripper bateu um papo com a ROADIE CREW, e o resultado você pode conferir na nova edição (#273), que já está disponível. Além de falar do novo material e dos 40 anos do Sodom, Angelripper falou ao repórter Valtemir Amler sobre como foi aquele início de cena metálica na Alemanha entre o final da década de 1970 e o início dos anos 80.
“Acho que podemos dizer que havia algumas cenas alemãs naquela época”, recordou Angelripper. “Eu não tinha muito interesse naquilo que as bandas de rock estavam fazendo, o progressivo e essas coisas, nada daquilo me interessava”, revelou. “Existia a cena metal, que estava dando seus primeiros passos com Accept e outros e que ia ganhando força, conforme o tempo passava, parecia que todos os dias surgiam novas bandas”.
Tendo mencionado que seu país dispunha de “algumas cenas”, Angelripper destacou o início do punk por lá: “(…) também começava a ganhar forma na Alemanha naqueles dias. Mas, claro, consumíamos muita música que vinha dos outros países, EUA e Inglaterra, principalmente”. Perguntado sobre se naqueles tempos o punk era mais pesado do que o heavy metal, Angelripper afirmou que o punk foi primordial para que o metal fosse algo empolgante: “A verdade é que o metal era algo totalmente sem graça antes do punk. As bandas de metal tinham aquelas letras mais fortes, nomes chamativos, capas incríveis, mas aí você ia ver eles no palco e estavam usando calça de oncinha e a música soava quase como hard rock. Eu odiava aquilo, eu queria algo extremo, inacessível! Foi com a influência do punk que o metal se tornou algo realmente brutal e perigoso, foi só quando Venom e Slayer surgiram que eu realmente comecei a me interessar por metal. Sem eles, provavelmente teria sido um um garoto punk para sempre”.
Para concluir, Tom falou de sua coleção sobre música pesada na época: “Eu curtia Accept e todas essas coisas, mas quando fui exposto a bandas como The Exploited e Discharge, o restanto começou a soar meio fraco, caricato. O punk acabou ganhando espaço na minha vida por conta dessa corrida pelo ‘mais brutal’ de que falei antes. Então, apareceu o Venom, e aí o metal ganhou uma proporção que nunca antes teve na minha vida, tudo mudou. De repente, eu não queria mais ser apenas fã de música, eu queria ter minha própria banda, e essa banda teria que ser como o Venom, só que ainda mais pesada (risos)”.
Você pode conferir a entrevista completa do Sodom na nova edição da ROADIE CREW. Para adquirir a edição #273 ou para fazer a sua assinatura, acesse o site https://roadiecrew.com/roadie-shop ou entre em contato pelo telefone (11) 96380-2917 (whatsapp).
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