Nesta última quinta-feira (06), o guitarrista Mick Mars entrou com um processo contra os outros integrantes do Mötley Crüe, alegando manipulação e danos financeiros e emocionais. Segundo a Revolver Magazine, o processo aponta que Mars não vinha sendo notificado de modo transparente por Vince Neil, Tommy Lee e Nick Sixx sobre os negócios da banda – supostamente, Mars teria direito a 25% em sua participação acionária e um acordo de rescisão exigido pela outra parte reduziria seu lucro à apenas 5% em cima dos lucros da turnê de 2023 do Mötley Crüe e nada mais futuramente (leia todos os detalhes aqui). Posteriormente, o baixista Nikki Sixx lamentou a atitude do guitarrista que em 2022 anunciou a aposentadoria das turnês, sendo substituído por John 5:
“Dia triste para nós e não merecemos isso, considerando quanto anos o apoiamos – ainda desejamos a ele o melhor e esperamos que ele encontre advogados e agentes que não estejam lhe prejudicando. Nós te amamos, Mick.
Sad day for us and we don’t deserve this considering how many years we’ve been propping him up-We still wish him the best and hope he find’s lawyers and managers who aren’t damaging him. We love you Mick –https://t.co/dhpu7ejxSi
— ? (@NikkiSixx) April 7, 2023
Nesta sexta-feira (07), através de seu advogado, Sasha Frid, o Mötley Crüe rebateu as alegações de Mick, dizendo que ele “renunciou publicamente” o grupo. A respeito dos proventos destinados a cada unidade da banda, explicaram: “Em 2008, Mick votou a favor e assinou um acordo no qual ele e todos os outros membros da banda concordaram que, ‘em nenhum caso qualquer acionista demissionário terá direito a receber qualquer dinheiro atribuível a performances ao vivo (ou seja: turnês)'”.
Completaram, dizendo: “Aposentar-se da turnê é renunciar à banda”, pontuou Sasha. “A principal função da banda é fazer turnês e fazer shows. E como você viu na emenda, se um acionista renuncia, ele não pode receber nenhuma compensação de turnê – que é o que Mick está tentando obter. É claro que Mick não tem direito a mais dinheiro”.
No processo, Mars acusa Nikki Sixx de o manipular a acreditar que sua forma de tocar estava abaixo da média e inconsistente. Segundo o guitarrista, Sixx vinha lhe menosprezando há anos, o acusando de sofrer problemas cognitivos e ofendendo-o por suas performances – vale lembrar que há anos Mick Mars sofre de uma séria condição degenerativa chamada espondilite anquilosante, doença que atrofia e inflama articulações e ligamentos da coluna vertebral. A banda refutou tais acusações, fornecendo declarações assinadas por sete membros da equipe de turnê de 2022, que sustentam que Mars lutou com suas performances ao longo da turnê “The Stadium Tour”. No documento processual, Mars admite que cometeu alguns erros de execução em alguns shows, porém alega que a culpa disso foi dos monitores auriculares (‘in ear’) que utilizava.
Segundo a Variety, Mars ainda receberá royalties de publicações e gravações que fez com o Mötley Crüe, porém não será acionista de nenhum negócio futuro. Além disso, não existe ainda uma data para a arbitragem entre as partes.
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