Na próxima sexta-feira, 14 de abril, o Metallica lançará o seu tão aguardado novo álbum de estúdio, 72 Seasons, 11° de estúdio na carreira da banda de São Francisco (EUA). E o álbum ainda nem saiu e seus singles já têm dado o que falar. É o caso de Lux Æterna, primeira música divulgada do disco, a qual muitos fãs reclamaram do solo do guitarrista Kirk Hammett.
Em entrevista à Total Guitar, Hammett falou das críticas que têm recebido a respeito, admitiu que outros guitarristas poderiam compor algo mais técnico e afirmou que não liga à mínima para o que tem sido dito:
“Aquele solo gerou tanta repercussão na Internet, ao ponto de as pessoas criarem suas próprias versões. Fiquei rindo o tempo todo. Qualquer pessoa pode fazer um solo tecnicamente melhor que qualquer um em qualquer música, mas onde se quer chegar?”, indagou. “Meus malditos amigos que moram no final da rua provavelmente tocariam um solo melhor do que o de Lux Æterna“, brincou.
Enquanto muitos valorizam o lado da técnica, Hammett prefere jogar a favor do que, em sua opinião, a música pede. Ele comentou o solo composto para a mencionada composição: “O solo dela faz parte da experiência. Para mim, o importante é tocar a favor da música e valorizar aquele momento”. E deu alguns bons exemplos: “Allan Holdsworth, Eddie Van Halen, Joe Satriani, Yngwie Malmsteen… – todos eles tocam com o coração. Porém para muitos caras é tipo esportes, olimpíadas.”, alfinetou. “Música precisa refletir beleza, criatividade, sentimentos, vida… Tem um lugar, uma plateia para tudo isso, mas acho que chega uma hora em que as pessoas cansam disso”, opinou o guitarrista que em 2022 lançou o EP Portals, seu interessante primeiro material solo.
Antes de encerrar, Hammett ainda fez uma confissão surpreendente sobre seu aclamado solo de Master of Puppets, faixa-título da obra prima lançada em 1986 pelo Metallica. “O que falarei alguns podem odiar, mas fico entediado de ter que tocar aquele maldito solo em Master of Puppets a cada show”, revelou. “Pessoas amam aquele solo de guitarra e vêm para vê-lo. Ok. Durante aquela parte da nossa carreira, todos os solos eram fechados. Eu nem os encaro mais como solos. São partes. Fico entediado com isso, porém as pessoas ficam empolgadas ao ouvir”.
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