Por Tony Monteiro
De cara, esta banda chama a atenção por ser uma mistura de músicos do Brasil e do México: o vocalista Lean Van Ranna nasceu por aqui, enquanto Erick Estrada (guitarra), Daniel Ornelas (guitarra), Bruno Escobar (baixo) e Samuel Estrada (bateria) são mexicanos.
E a mistura de tequila com cachaça deu certo! Desde os primeiros acordes você nota que, ao contrário da maioria das bandas de prog metal que insistem em rechear sua música de teclados, este quinteto aposta numa dupla de guitarristas afiada para comandar seu som, o que confere um peso muito bem-vindo ao trabalho – claro que passagens de teclados surgem aqui e ali, mas apenas para dar um “apoio” aos demais instrumentistas.
A cozinha completa a parte instrumental com muita competência, enquanto o vocalista Lean Van Ranna também mostra grande desenvoltura, apesar de abusar um pouco dos drives – recurso que é sensacional para o rock pesado, mas que deve ser usado com parcimônia. Assim, o que se tem aqui é praticamente uma mescla de prog com power metal, solução que ajuda a fazer o disco fluir.
Os destaques vão para Redemption, em que guitarras e vocais comandam as ações, e Death Debt, tema bastante pesado e que ganha até uma passagem com vocal gutural. Porém, Sovereign é um álbum uniforme e que se deixar ouvir da primeira à última música sem maiores problemas.