PASTORE – Santo André/SP, 16/03/2018

É muito bacana quando se tem a oportunidade de cobrir um show de uma banda/artista que você acompanha desde os tempos da adolescência. Para se ter uma ideia, o vocalista Mario Pastore tem uma história que começa lá no início da década de 1990, com o álbum “Biotronic Genesis” (Acid Storm), cujo som é o embrião do que conhecemos hoje como prog metal. O tempo passou, o cantor figurou por várias bandas como Opera’s Noise, Delpht, Soulspell, Heaviest, além de estampar seu sobrenome num grupo autoral, cujo mais recente trabalho, “Phoenix Rising”, lançado no fim de 2017, é seguramente o melhor lançado pelo vocalista. Para comemorar o feito, nada mais justo do que fazer o lançamento em casa, num dos espaços mais legais daqui do ABC paulista, o SESC Santo André, que fora palco de apresentações memoráveis de formações como Krisiun, Korzus, MX, Shaman, Almah, Hangar, só para citar alguns.

Prevista para 21h, a apresentação teve início dez minutos depois, com a super banda que acompanha o músico adentrando o palco. Um verdadeiro ‘dream team’ formado por Marcio Eidt (guitarra, ex-Heaviest), Ricardo Baptista (guitarra, Timor Trail), Johnny Moraes (guitarra, Hevilan, Warrel Dane), Fabio Carito (baixo, Instincted, Warrel Dane) e os bateristas Marcelo De Paiva Berno e Murillo Vurdroph se alternando entre as canções.

Com todo mundo em seus lugares, fomos brindados com uma trinca do novo trabalho, “Phoenix Rising”, “Damn Proud” e “Time Goes By”. Todas mesclam, de forma voraz, o metal tradicional e thrash, porém num nível mais elevado se comparado aos trabalhos anteriores, com todos tocando de forma animada e prazerosa, em especial Marcio Eidt, que parecia o Taz-Mania, e Fabio Carito, no melhor estilo thrash.

O vocalista, em todos os instantes possíveis, não deixou de agradecer e brincar com o público presente. Assim, o clima se manteve em alta com “The Price of Human Sins”, faixa-título do seu primeiro CD com o Pastore, lançado em 2010, cujo som executado por esses monstros elevou a canção. E como estávamos lá para agitar, eles não perderam tempo e mandaram “I Need More”, dona de riffs gordos, pesados e harmoniosos. O disco novo voltou com força total em “Symphony of Fear” e “Get Outta My Way” que chamaram a atenção (mais uma vez) para as seis cordas, de encher de orgulho caras como Jeff Waters (Annihilator) e Alex Skolnick (Testament).

Antes de No More Lies, Mario fez uma espécie de desabafo, falando de todas as dificuldades que teve nos últimos anos, mas agradeceu a Deus e aos presentes por estar firme e forte para mostrar sua música, e aí mandou “No More Lies” e a alto astral “Salvation Paradise”.

O show chegava ao final com o refrão bem sacado e inteligente de “Holy War”, quando o cantor fez uma pausa e saiu do palco. Suspense logo sanado quando trouxe consigo Darth Vader e Stormtrooper, de Star Wars, com todo mundo no palco executando Far Away, do debut, que contou além da execução primorosa, um clima alegre e descontraído. Com todos os presentes ovacionando Mario Pastore e sua banda.

Uma bela noite regada a 90 minutos do mais puro metal, que contou com músicos com sangue nos olhos e vontade de vencer, um público animado (que poderia ser maior, embora em bom número), estrutura top, mostrando o nível elevado dos grupos tupiniquins. Que fazem por merecer um maior apoio dos headbangers. Afinal, não precisa estourar fora do pais primeiro para ser curtido pelos fãs, concorda?

Fotos: Danillo Facchini

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