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SCULPTURE

Foto por: Claudio Higa

O Sculpture acaba de lançar seu Debut chamado “To Another Place”, um trabalho ousado e muito original que está tendo uma aceitação muito boa no underground. Nesta entrevista o Victor Prospero nos fala mais à respeito deste projeto e do trabalho recém lançado. “E até agora tudo está dando tão certo que até assusta um pouco (risos)”.

Ao ouvir o CD To Another Place, me deparei com um som que pra mim até então é inédito. Como surgiu a ideia para formar o Sculpture?
Victor Prospero – O projeto foi idealizado pelo Willian, o cara é uma fábrica de riffs. Um dia ele me falou que tinha a ideia de fazer um futuro projeto de black metal instrumental e já tinha até algum material separado. Eu achei a ideia sensacional pois sempre achei que pra uma banda se destacar, ela precisa ter uma identidade forte e eu não conhecia nenhuma banda de metal extremo instrumental. Além disso, nós somos amigos muito próximos e todas as ideias, sejam musicais ou não, sempre bateram. Assim começou o Sculpture.

Notei muitas influências musicais neste trabalho, uma mistura primorosa de vários estilos dentro do Metal. Qual foi o conceito na criação deste trabalho?
Victor Prospero – Acredito que o Sculpture é uma banda que trabalha focada na transição de climas. Tentamos transitar de um clima sereno para um clima agressivo, depois do agressivo para um clima triste e assim por diante. Daí usamos de nossas influencias, que são bastante variadas, para criar o clima que nós imaginamos. Nós nunca pensamos em um estilo bem definido para rotular o Sculpture. O resultado final soa mais black metal por ser o estilo que a gente mais ouve, mas não temos medo de, por exemplo, ter uma musica que soe mais heavy, mais thrash ou mais prog. Como costumamos dizer, o sentimento deve estar acima de tudo.

Pelo que sei, este projeto não pretende fazer apresentações ao vivo…
Victor Prospero – Quando nós começamos o Sculpture, nossa única intenção era ter um processo tranquilo e sem nenhuma ‘pressão’ externa. Costumo dizer que o Sculpture era a nossa cervejinha de domingo. A gente se reunia, dava umas risadas, tomava uma e escrevia uns riffs, tudo realmente sem nenhuma pretensão. No entanto, quando a nossa gravadora ofereceu o convite de lançamento, eles sugeriram que fizéssemos uma apresentação ao vivo para uma festa de lançamento. Daí eu chamei o pessoal da minha outra banda para tocar com a gente e deu tão certo que  fomos convidados para fazer a abertura para o show do Master´s Hammer. Nós topamos por a banda já estar ‘afiada’, mas a ideia é realmente o Sculpture voltar a ser como era até mesmo para manter a espontaneidade nas nossas próximas músicas.

Foto por: Claudio Higa

Você e o Willian são membros de respeitadas bandas extremas. Como está sendo a receptividade do público?
Victor Prospero – A recepção tem sido muito boa. Na verdade, tudo está sendo bem maior do que nós imaginávamos. Como eu falei anteriormente, o Sculpture era um projeto realmente despretensioso. Nós nunca pensamos em coisas do tipo ‘como será que isso soaria ao vivo?’ ou ‘o que será que vão dizer?’. E até agora tudo está dando tão certo que até assusta um pouco (risos).

O CD foi lançado em um formato não muito usual, mas que vocês fizeram uma produção belíssima. De quem partiu a ideia de realizar esse lançamento no formato Digifile?
Victor Prospero – Quando terminamos de gravar as músicas, começamos a pensar em como deveria ser o formato físico. Como achamos a música bastante diferente das coisas que nós ouvimos, imaginamos que a arte também deveria ser diferente e deveria transmitir de alguma forma as sensações passadas pelas músicas. Daí, o Willian que trabalha profissionalmente com projetos gráficos idealizou a coisa toda. Participei apenas da idealização do logotipo, que foi desenhado pelo Felipe Oliveira.

Vocês são ótimos músicos… quais são suas principais influências? Quais bandas/músicos que te inspiram?
Victor Prospero – Poxa, muito obrigado pelo elogio. Vou citar algumas bandas que ouvimos bastante durante o processo de criação e outras que tínhamos como bagagem que eu acredito que acabaram influenciando o nosso som: Dawn, Woods of Desolation, Sühnopfer, Harakiri for the Sky, Mare Cognitum, Mgła, Sivyj Yar, Rush, Thy Light, Iron Maiden e Desaster.

No CD a bateria programada soa tão natural que se eu não tivesse lido as informações no encarte jamais perceberia. Por que a idéia de usar este recurso já que você é também é baterista?
Victor Prospero – Quando começamos o Sculpture, meu homestudio ainda era bem pequeno e eu não tinha recursos suficientes para captar o som de uma bateria. Além disso, apesar de meu primeiro instrumento realmente ter sido a bateria quando eu tinha 9 anos de idade, eu parei de tocar a muitos e muitos anos. Então para ter um bom resultado, teríamos que chamar um bom baterista para tirar as músicas e alugar um bom estúdio para captar a bateria. Tudo isso demandaria muito tempo, muito dinheiro e talvez o que nós sempre combatemos radicalmente dentro do Sculpture: o stress.

O fato de ser baterista foi um fator determinante para que execução ficasse tão realista?
Victor Prospero – Com certeza. Hoje em dia os softwares de programação de bateria são incrivelmente realistas. O que costuma fazer com que ela não soe natural é a falta de atenção a dois fatores: A escrita e a mixagem, mas costumo ver mais problemas na escrita. Na hora de escrever, é importante saber escolher o kit de bateria e deve-se sempre pensar em como o baterista toca, mas não nas notas em que ele bate. Deve-se respeitar a dinâmica. Por exemplo, se o baterista for destro, nas viradas o braço direito bate um pouco mais forte que o esquerdo. Além disso tem a pulsação do chimbau e do ride. Também é interessante deslocar um pouco as notas, afinal nenhum baterista toca tão perfeito quanto um robô.

Foto por: Claudio Higa

O que podemos esperar para o futuro do Sculpture? Vão vir mais trabalhos incríveis como To Another Place?
Victor Prospero – Nós já anunciamos que iremos divulgar uma nova música em breve e além disso temos um novo lançamento internacional e outros planos que fecham a nossa agenda para 2018. Nós levamos um bom tempo até amadurecer a nossa identidade e por isso o Another Place demorou quatro anos para sair. Nosso plano é lançar sim um novo disco completo e temos certeza que ele será mais maduro e sairá em menos tempo.

Este trabalho por ser instrumental causou alguma reação estranha por parte do público?, Pra mim foi uma surpresa e muito boa, no meu ponto de vista – Original.
Victor Prospero – Quando começamos a mostrar algumas músicas para os amigos mais próximos não me lembro de nenhum deles apoiar a ideia da banda ser instrumental (risos). Quase sempre diziam “isso com um vocal de tal jeito ficaria animal…” ou “isso pede um vocal…”. Mas surpreendentemente, após o lançamento oficial no último dia 5, muita gente têm curtido a banda justamente por ela ser instrumental. Isso é tão inesperado quanto gratificante além de ser um belo incentivo para nos mantermos assim.

Este trabalho será distribuído internacionalmente?
Victor Prospero – O álbum foi lançado e distribuído exclusivamente pela Hammer of Damnation. Eles têm uma filial nos Estados Unidos e já fazem uma distribuição mundial bastante robusta em seus lançamentos. Além disso, nós disponibilizamos o álbum completo em todas as plataformas digitais.

Muito Obrigado por toda sua atenção e espero poder ouvir em breve outros trabalhos do Sculpture…
Victor Prospero – Eu é que agradeço a oportunidade de conceder essa entrevista. Agradeço também o interesse e apoio de todos. Para quem se interessar, podem entrar em contato conosco através de nossa página no facebook/SculptureInstrumentalBr ou através do site de nossa gravadora www.hodrecs.com.

Um grande abraço!

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