BRUJERIA – BELO HORIZONTE (MG)
Os ‘mexicanos’ radicados em Los Angeles (Estados Unidos) do Brujeria recentemente embarcaram numa nova turnê que celebra os 30 anos de seu aclamado álbum de estreia, o polêmico (por conta de sua capa) e violento “Matando Güeros”, lançado dia 6 de julho, de 1993, pela gravadora Roadrunner Records.
O Brujeria (Bruxaria, em espanhol), foi formado em 1989, na cidade de Tijuana, a maior cidade da Baixa Califórnia, que faz fronteira ao norte com o estado da Califórnia, Los Angeles, EUA, por integrantes – na época – todos músicos estadunidenses de origem latina.
Desde sua fundação, a banda esteve envolvida em muitas polêmicas, sempre abordando uma sonoridade extremamente agressiva e violenta numa espécie híbrida e pungente de Death Metal com Grindcore, tudo envolta a letras letras cantadas inteiramente em um espanhol cheio de ódio, gírias e expressões tipicamente hispânicas.
Seus temas preferidos giram sempre em torno de satanismo, anticristianismo, sexo, imigração (geralmente ilegal), tráfico de drogas, maconha, temáticas gore, assassinatos, política, etc.
Por muito tempo, os verdadeiros nomes de seus integrantes ficaram envoltos em mistério, sendo usados apelidos que os retratavam como se fossem chefes do narcotráfico mexicano, mas, depois de alguns anos, alguns desses nomes foram ‘descobertos’ não oficialmente, mantendo-se até hoje quase como um ‘segredo cult’.
Por trás desses pseudônimos sabe-se que grandes nomes do metal extremo mundial já passaram pela formação do Brujeria, como, por exemplo, Dino Cazares (Fear Factory), Billy Gould (Faith No More), Shane Embury (Napalm Death), Jeff Walker (Carcass), dentre outros.
Sua discografia conta com 4 álbuns de estúdio, 3 EP’s, vários singles e coletâneas, acumulando verdadeiros clássicos da desgraceira extrema, como, “Matando Guëros”, “Molestando Niños Muertos”, “Machetazos”, “Castigo Del Brujo”, “Raza Odiada (Pito Wilson)”, “Colas De Rata”, “El Patrón” (dedicada a Pablo Escobar, traficante e narcoterrorista colombiano que foi o fundador e único líder do Cartel de Medellín), “La Migra”, “Revolución”, “La Ley De Plomo”, “Brujerizmo”, “Marcha De Ódio”, “Plata O Plomo”, dentro outros tesouros.
Atualmente, a banda hoje conta com Juan Brujo (vocal) – único membro original -, Fantasma (segundo vocal), Pinche Peach (terceiro vocal), El Sangrón (quarto vocal), Hongo (baixo), El Criminal (guitarra) e Podrido (bateria).
A banda tem uma relação muito próxima com o Brasil, pois nas últimas duas décadas vieram tocar oito vezes no país, sendo a última em 2022, quando participaram de um show matador no tradicional festival Setembro Negro.